Quem vai, vai. Quem está, está,
A boa forma de viver.
Depressa bem chegará,
quem se apressar, a correr.
O Outono, serenamente,
a anunciar o Inverno
é pronúncio que não mente
num ciclo sempre eterno.
O bom vagar faz colheres.
Se para isso tens jeito
quantas mais elas fizeres,
melhor, o teu proveito.
Por dá cá aquela palha
se mata um inocente.
Já a mãe quando nos ralha,
sabe Deus, o mal que sente.
É bom viver na aldeia
nesmo sem comodidade.
Disso não fazem ideia
os senhores da cidade.
Como vendedor da praça
que engana o comprador
um político nem disfarça
o que impinge, sem valor.
A pobre que estende a mão
a solicitar ajuda,
basta um naco de pão
como Deus que lhe acuda.
Liberto das confusões
só em casa me sinto bem.
No evitar multidões,
a prática que me convém.
A estúpidez contagia
e dá más consequências.
Mais vale, vida vazia
do que vaidades imensas.
Falar alto, até falou,
prometer muito, prometeu,
a plareia o ovacionou
e descrente, apenas eu?
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