quarta-feira, 17 de novembro de 2021

NATAL DOS POBRES

O pobre menino, tão carente,

ouviu falar do Natal

e na cama, pouco quente,

sentiu um divino sinal


Sonhou, cheio de fé

numa dúvida sem mal:

Se não tinha chaminé,

como entraria, o Pai Natal?


Limpara bem o sapato,

cambado pela duração

Na lareira, o caseiro gato,

era dele, seu gurdião.


Na manhã do Dia Santo,

mal dormiu pela ansiedade,

aspirando o encanto 

da prenda feita verdade.


Modesta, à sua medida.

Aos pobres, o pouco basta.

É tanta a alegria sentida

e isso, ninguém afasta.


Assim, o encanto do Natal.

O dar, pouco que seja.

Se esquece e perdoa o mal.

Como manda, a Santa Igreja.

1 comentário:

  1. Simples, mas bonito, o seu poema!
    Que continue sempre inspirado e, Feliz Natal, na companhia dos que lhe são queridos.

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