Às vezes me pergunto, ao certo,
Quantos foram, os milhares de milhões
Que entraram neste país-deserto,
Vindos dos oásis, d'outras nações.
Produto dos acordos firmados
Porque aderimos aos ricos
E nos torná-mos uns felizardos,
Já sem recurso a penicos.
Passámos a "Reino das Arábias"!
Gastar, à tripa-forra, que bom!
Geridos por cabeças erráticas,
Despesismo, era o mote e o dom.
Kilómetros de tapete asfáltico,
Construções do melhor da Europa...
Qualquer país do Báltico,
Ainda hoje nos evoca.
O pior, veio logo depois,
Com a chegada da factura.
Tivémos de vender os bois
Para pagar, à credora criatura.
Privatizar, saldos em massa,
Contratos de, faz na hora
Para pagar no tempo que passa,
E, entrámos lisos, na penhora!
Onde estamos, hoje nesta hora!
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