sábado, 1 de junho de 2013

LENGALENGA

Lengalenga com pés e cabeça
Para que ninguém se esqueça:
O Mundo é uma bola
Que rebola.
Neste lado, é noite escura,
No outro, mora a fartura.
Por aqui, estamos com azia,
Fartos de tanta heresia.
Leis tortas, de mau efeito,
No predicado e no sujeito.
Sujeitos sim, à desgraça,
Adivinhada pela trapaça,
Dos mesmos sempre iguais,
Cheios de pecados mortais
Que o Bom Deus julgará,
Lá no Céu, se é que o há,
Porque na Terra, os tribunais
Se mantêem, ao tempo iguais.
Só atam aos molhos os processos.
De resto, julgamentos em retrocessos.
Também não se desatam novas leis
Que reduzam o tesouro dos reis:
Banca, Eléctrica e do Comércio!
Os que tratam o povo como néscio,
A carregar na albarda, os custos.
De tudo e do nada! Muitos sustos!
Carências de toda a ordem e tamanho.
As terras ao abandono, sem amanho,
Férias, em jazigos do esquecimento,
Não haverá, tal como o alimento.
Se continuar-mos nesta direção,
Outra virá para melhor. Ou não?
Já nem acredito! Isto é o fim!
E quem terá pena de nós? De mim?
Que não faço mal a ninguém
Mas sinto ser tratado com o desdém
De não pertencer ao mesmo time?
Tenho côr diferente da que oprime
E daí, porque não sou filiado,
Não pago quotas, mas fico "lixado"!
Longe da têta do bom mamar,
Limito-me, tristemente, a versejar.

Porém, nem tanto assim!
Não tenham pena de mim!

Em verdade, isto por cá, vai mal.
Mas falando de todos no plural.
No singular, cada um de vós,
Procure desatar os muitos nós,
Da autêntica, "sangria desatada".
Muito nos tiram. Dão pouco ou nada!
Para não voltar ao ponto de partida,
Termino agora. Aceitem a despedida.
Ah! Não me levem tanto a sério,
Nestes devaneios, do Silvério.

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