Se por preguiça tamanha,
A minha voz não apregoa,
O querer que te tenha.
Dizer mais vezes, "te amo"
E alimentar muitos sonhos,
Contrariando o desengano
Dos meus silêncios tristonhos.
Beijar-te com frequência,
Em momentos de ternura,
Pois me dás tua anuência
E eu, em desértica secura!...
Ter conversas carinhosas,
De consenso partilhado
E não, teorias caprichosas,
De cada um para seu lado!...
Meu amor, me perdoa
Para que redima a culpa.
Nossa vida assim, destoa.
Por alguma razão oculta?
A velhice não justifica
O cansaço do nosso amor.
A velha árvore, frutifica,
Dando frutos de bom sabor!
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