quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A CARTA

Já é pertença do passado.
Serviu para mandar recado,
Declarar, ou pedir namoro.
De tarja preta, o prenúncio
D' algum triste anúncio
E aí, provocar o choro.

Tantas cartas eu escrevi!...
Porque estando longe de ti,
Elas eram a "nossa corrente".
Nos uniam no dar notícias,
Matar saudades, dizer malícias...
Receber carta, era ficar contente!

Letra esmerada p'ra se entender,
Tive sempre gosto em escrever.

Ainda hoje, tal mantenho cativo.
Um pedaço de papel me basta
Para aumentar prosa já vasta
E sentir-me ... bem vivo!


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