sábado, 25 de abril de 2015

CRAVOS DE ABRIL

Murcharam os cravos de Abril
Ao calor do sol primaveril.
Antes, as promessas expectantes,
Após prolongada ditadura.
Teríamos, cânticos de ventura,
Orientadas as vidas errantes!...

Sem rumo ainda continuamos,
Há mais de quarenta anos.
Que melhoras, em democracia?
Imaginámos um melhor fado.
Sim, teve voz o amordaçado!
Mas só falar, não é total valia!

Fala-se, em verdade, de mais
Agora que mudaram os "maiorais".
Os interesses lhes são comuns.
Nas promessas repetidas, não poucas,
Germinadas em cabeças loucas
De quem vive,...à custa d'alguns!

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