"Por morrer uma andorinha
não acaba a Primavera".
Mas essa singela avezinha
nos alegra após longa espera.
É ela quem a transporta
de tão longe onde emigrou
quando o frio "bateu à porta"
e de nós, ao tempo se apartou.
Ave tão fiel ao seu ninho,
aquele que lhe deu nascença...
Metendo "asas ao caminho"
aqui vem reclamar pertença.
O homem, "bicho malvado"
movido pela sua insensatez,
deu-lhe o ninho por acabado
e sem piedade o desfez!
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Decorria em Sarnadinha
o "Dia Mundial da Poesia"
quando uma andorinha
quis fazer-nos companhia.
Irrompeu sala adentro
esvoaçando ágil e caprichosa...
Sossegamos por um momento
a decorrente sessão de prosa.
Teria ouvido os nossos versos,
gostando assim da companhia?
Os comentários mais diversos
continuaram durante o dia.
Tarde poética por terminada,
continuou a boa cavaqueira
e aquela gracinha alada
manteve-se sempre ali à beira!...
Disse alguém e o garantiu,
"essa mesma andorinha
de há anos sempre surgiu,
dizendo que a Primavera vinha..."
Indicou os cantos exactos
onde ela fez ninho e procriou
nos últimos anos transactos
e sempre ao "lar" voltou!
Guardo no "cofre da memória"
para um dia saber da estória,
onde é que a tal andorinha,
reconstruiu a "sua casinha"?!
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