quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DA MINHA JANELA ALTA

Desta janela tão alta
da minha casa na aldeia,
modesta mas nada lhe falta,
para me dar uma ideia,
do que a vida tem de beleza.
Dela, vejo nascer o Sol,
num novo dia, da certeza,
de continuar a viver.
Não só isso, mas também
tudo o que a vista alcança:
Montes, aqui e mais além,
imagem que nunca cansa!
Em dias de boa claridade,
posso descortinar a "Estrela",
nas alturas de Covilhã, cidade.
Se Inverno, até neve consigo vê-la!
Respirando o ar, profundamente
no alvorecer da manhã,
ficou-me outra imagem presente,
retida depois, em mente sã:
Acontece todos os anos,
frente à minha janela alta.
No cabo eléctrico, existente,
quando é chegada a hora,
juntam-se andorinhas, de repente,
chilreando entre si, "vamos embora"!
É uma fiada impressionante!
Todas bem alinhadas, ordeiras,
preparando a saída das Beiras! ...

Por tão belo fim, agradeço ao Senhor
ser eu tão bom observador,
nesta aldeia, bem minha,
de seu nome, Sarnadinha|

Manhã de Setembro, 2016

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