SÃO AGORA, NATUREZAS MORTAS.
Poesia em terra queimada
a que trago para vos dar,
sentindo a voz embargada
com tanto mal a lamentar.
Conheço os locais e as gentes
qua as notícias divulgaram.
Partilhei com eles, contentes
quando boas novas festejaram.
Agora, uma tristeza enlutada.
A verde esperança está morta,
no tanto esforço, para nada!...
Defunta, aquela singela horta.
E os vinhedos e os pinhais ...
o tão pouco mas bem nosso,
também alguns simples animais.
Tento compreender, não posso!
Não posso sobretudo admitir
que alheamento, imperdoável
fosse só por si, permitir,
a destruição de algo notável.
Falo das nossas "Portas de Ródão".
Nossas pois delas nos orgulhamos
como um símbolo, a que acórdão,
as valoriza, perante humanos.
"Poesia das Portas Queimadas".
Como possível um tal desleixo,
tendo o Tejo a elas arrimadas?!
É com muita raiva que me queixo!
Bastaria que ao alerta, a prontidão
actuasse em número e em força.
Chegaram tarde, o héli e o avião.
O que arde, não há Diabo que torça.
Agora, que futuro iremos ter,
nos gigantescos grifos em existência?
Será que ali irão permanecer
ou debandaram, na maledicência?
E a flora daquelas encostas,
e os turistas que afluíam?
Às perguntas, assim postas
quaisquer respostas me agoniam ...
NÂO ACEITO!
VER AS "PORTAS" QUEIMADAS"
COM O TEJO A SERVIR-LHE DE LEITO!
As consequências
São responsabilidades vossas, Excelências!
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