QUADRA DO DIA

Não sou um especialista
Mas tenho olhos p'ra ver
E no meu ponto de vista
Esquecem o que devem fazer.

AO TEMPO ...

LEITURAS NO RIO .

... e disse, sublime e altivo:
"vieram de Lisboa, Porto e Braga ..."
Ao poetas, por tal motivo.
Bons ventos a todos traga,
Mas porque esqueceu o "nativo"?

Será ele, tão fútil assim?
Para não se lembrar, de mim?!

OPORTUNISMOS

País de ilustres senhores,
Doutores da "mula ruça"
Degustam os bons sabores
Até que ... "a vaca tussa"!

Depois, o infernal escarcéu

Descoberta a tosca marosca

Ficam com os créditos ao léu.

Cenas de que o Zé, tanto gosta! ...

Isto agora é já a miúdo ...

Tantos, os sem canudo!

O ARRAIAL ELEITORAL

O acentuado apelo à votação
Tem consigo uma intenção:
Assegurar, ao tal Partido,

O número mais que suficiente

Que o deixe bem contente.

É o aproveitar do motivo!

Cada voto tem um valor

Em euros, pagos ao portador.

Daí a enorme propaganda

Feita de arruadas e procissões,

Com políticos a expor razões,

Do enganoso, "faz que anda"!

Terminou a semana da festa.

Agora se irá ver o que resta,

No fecho das urnas eleitorais.

Uma coisa vos posso garantir:

Nem metade irão cumprir.

Pois todos mentem, por demais!

SEGREDOS ...

Secretas não têm acesso
À troca de informações?
Meu Deus! Fico possesso!
E dão, tais indicações?

Quem disso tira proveito,
Sabendo de tal verdade?
Só aquele mau sujeito
Que avilta a Humanidade.

Senhora de Fátima, olha por nós,
Como pediam os nossos avós!

IRONIAS

Doutores sem canudos
Ganham bons ordenados.
Por denúncia, ficam mudos
Mas com bolsos recheados.

É só nomear a eito

Sem avaliar os estudos

E um qualquer sujeito

Diz ter vários canudos.

República da boa vai ela

Esta, em que vivemos

Há quem esteja à janela

E nos tira o que comemos.

AUTÁRQUICAS

Lá vai uma, lá vão duas
Três pombinhas a voar
Estão vazias a ruas
Pouca gente vai votar.

Porque um sol brilhante

Nos convida, ida à praia.

Lá irei, por breve instante

Ando fora dessa gandaia!

PRÉ ELEIÇÃO

Não me apoquentem
Estou numa de reflexão.
Quais os que mais mentem?
Esta, a verdadeira questão.

QUADRA DO DIA

Sabem vocês o que acho?
Propaganda a favor do povo,
É apenas para defesa do tacho.
Não me dizem nada de novo.

"POESIA, UM DIA"

POESIA NA BIBLIOTECA

Ainda há homens assim

Como o Senhor Joaquim

Que conheci, recentemente.

Utente da nossa Misericórdia,

Vive em paz e na concórdia

Entre os seus, de boa mente.

Quis ouvir-me, em Poesia,

A que li, naquele belo dia,

Mas fui eu o contemplado

Com os relatos da sua vida,

Iluminada, apesar de sofrida,

Sempre com Deus, a seu lado!

Ao voltar à minha aldeia

Um novo e agradável motivo,

Guardo já na ideia:

Visitar um novo amigo!

Caro Senhor Joaquim.

Espere sempre, por mim!

QUADRA DO DIA

Gosto de viver em concórdia
Com o meu semelhante.
Tento evitar a discórdia
Mas detesto um petulante.

"POESIA, UM DIA"

MISERICÓRDIA DE RÓDÃO

Ser velho não é pecado.

O digo, em jeito de recado

E dirijo-me, a quem de direito.

Qualquer que seja a idade,

Vivam com esta acuidade:

Haja muito respeito,

Tratem dos idosos, a preceito!

É o que aqui acontece

E tal verdade se reconhece

Porque o gesto de fazer bem,

Será gostoso recebe-lo

E não olhar a quem.

Provas de Caridade e Zelo!

Parabéns pois, às senhoras

Que em todas as horas

Vos dedicam a sua atenção.

Nas Misericórdias, é bom saber,

O que nos dá tanto prazer:

Há Carinho, Amor e Dedicação!

QUADRA DO DIA

Não paro de pensar.
Porque penso tanto assim?
Mas se um dia parar,
Tenham pena de mim.

"POESIA, UM DIA"

FOZ - ALDEIA PRESÉPIO

Já foste aldeia de xisto

Mas tiraram-te o registo.

És agora, presépio em aldeia

Com o Menino Jesus ausente.

A sua falta, mal se sente.

Basta tê-lo na nossa ideia.

Admiração, tanta nos cresce,

Nas tuas quelhas, sobe e desce

Com recantos tão floridos.

Fica extasiada a nossa alma,

Saboreando a doce calma

Dos teus tesouros escondidos.

Além, grande roda de madeira,

Símbolo da industria pioneira

De passado já bem distante.

É agora, emblema carismático

Do querer, obtido e democrático,

Deste Povo, louvado no instante.

A novidade reside na tua praia

Que o Cobrão banha na raia

Do limite da zona urbana.

Tenho para mim a previsão

De que no calor deste Verão,

Ouviremos, voz que chama:

Ao "Penedo dos Cágados",

Sejam bem-vindos e desejados!|

Eu, por tão desejoso,

Lá irei, pleno de gozo!

Prémio Gafoz de Poesia - 2017

QUADRA DO DIA

A ganância
Tornou o mundo insustentável.
A substância,
Está no dinheiro, miserável.

"POESIA, UM DIA"

ALMOÇO CONVÍVIO NOS B.V.RÓDÃO

A sirene identifica: "Há fogo"!

Num ápice tudo se esquece.

Tem de se eliminar o logro,

Do mal, quando ele aparece.

Então tu, nobre voluntário,

Às pressas do chamamento,

Corres para o calvário

Onde campeia o mau momento.

E vais, de encontro ao mal,

Tão comum, hoje no país.

Por repetido, já trivial.

Dele se fala, tanto se diz ...

Ir, podendo não voltar,

Guia de marcha sem regresso.

Quantos temos a lamentar?
Tantos! Não cabem no verso.

Vejo-te, como ser indefeso
Tentando com força inaudita,
Apagar o maldito "lume" aceso,
No provocar, tanta desdita.

É quando penso, tanto penso...
Não teres o quanto mereces.
Simples peão no vasto consenso
A quem se dirigem as preces,

De tua mãe, esposa e filhos,
Sabedores de que lá estás
Cercado por mil cadilhos
Lutando contra o Satanás!

Vencidas as altas chamas,
Dominadas pela tua mangueira,
Quem dorme em boas camas,
Dos sacrifícios, tecem asneiras.

Saberão, os felizes nababos,
Em escaldantes dias de Verão,
Comodamente, bem instalados,
Compreender a tua missão?

Como pesa o teu equipamento,-
Capacete, gorro, botas antifogo?
E qual a temperatura do momento,
Eles, que só pensam no seu jogo?

Finalizo, como "Irmão da Beira".
És um orgulho nacional!
Tu, homem ou mulher bombeira,
Sois, os melhores de Portugal!

QUADRA DO DIA

Até poderíamos ser amigos,
Não fora, as muitas vaidades
Que impõem tantos castigos
E criam, as animosidades.

A PROPÓSITO

Partidos? Não, obrigado!
Os partia, se pudesse.
Por todos sou enganado,
Nenhum deles me merece.

"POESIA, UM DIA"

Sem sombra de vaidade,
Na minha simplicidade,
Lá estive, uma vez mais,
Debitando, modesta poesia.
A que faço, no dia-a-dia, 
Em moldes bem naturais:

"PELA TARDE, PELA FRESCA"
Pela tarde e pela fresca.
O mote foi lançado,
desta forma pitoresca.
Achei o modo engraçado.

E aqui estou, satisfeito
a conviver com boa gente,
tentando, a meu jeito,
dizer o que a alma sente.

Para já, imensa satisfação,
nesta aldeia de recordações.
A conheci, em remota ocasião,
quando se contavam ... tostões!

Com meu pai aqui vinha
nas suas compras habituais,
como vizinhos de Sarnadinha,
em preferências normais.

Nessa altura, o anfitrião,
já tinha fama e proveito,
pois nem só aqui em Tostão
o seu queijo era um eleito,

Como da melhor qualidade.
Devo dizer e até insisto:
Havia um, na verdade ...
Ainda hoje não lhe resisto!

Tão "precioso", era guardado
em casa com porta de ferro,
não fosse o cheiro, indesejado,
pedir, "pernas p'ra que te quero!

"Cholé"! Quem não o conhece?
Mudou de nome mas mantém
um sabor que me enlouquece!
Tão guloso ... A saber bem! ...

Agora "queimoso" ou "picante",
seja qual for o seu nome,
por mim terá sempre o garante
de agradar, a quem o come.

Da minha parte o elejo,
De todos, o melhor queijo!

Aldeia de Tostão, 17 de Setembro, 2017

QUADRA DO DIA

Esta "Poesia, um dia"

Tem momentos p'ra reviver

Com natural e sã alegria

No lugar que me viu nascer.

TRAGÉDIA EM CASTELO BRANCO

Atropela, mata e foge.
Identificado, detenção imediata.
Sentença há que tal enoje,
A punição mais barata:

Apresentação bissemanal,
Decreta, o meretissimo,
Deixando à solta um animal.
Brado a Deus, no altíssimo!

Pelo que ouvi dizer,
O criminoso sem carta,
Fugiu após mal-fazer.
Disto, a sociedade está farta.

Se há por cá tal justiça,
Lanço um impropério:
Chiça!
Desabafo, "à Silvério"!

QUADRA DO DIA

Palavras leva-as o vento
E para longe elas irão
Se vazias, sem cabimento,
Não tiverem boa razão!

FÉRIAS

Ir de férias para fora
Com tudo bom cá dentro?
Depois, até a alma chora
Quando levados pelo vento!...

MISERICÓRDIA DE RÓDÃO

Ser velho não é pecado.
O digo, em jeito de recado
E me dirijo a quem de direito.
Qualquer que seja a idade
Vivam com esta acuidade:

Haja muito respeito

Tratem dos velhos a preceito.

É o que aqui acontece

E tal verdade se reconhece.

Porque o gesto de fazer bem

Será gostoso recebe-lo
E não olhar a quem.
Prova, Caridade e desvelo!

Parabéns pois às senhoras

Que aqui em todas as horas

Vos dedicam a melhor atenção.

Nas Misericódias é bom saber

O que nos dá tanto prazer:

Há carinho, amor e dedicação!

UMA PEQUENA HISTÓRIA

Aqui há gato!
E foge o rato
Com ligeireza.
Histórias d'encantar
Que ouvia no meu ninar.
Hoje, há nova certeza!

MENINOS À ESCOLA

O novo ano escolar
Já voltou a revelar
"Misérias" do costume.
Será assim noutros países
Com os jovens e petizes
A ver que ninguém assume?

A mesma prática de sempre

Mantém a classe dormente

E só acorda, fora d'horas?

Isto em país secular

Facto que nos faz suspirar,

Neste Ensino sem melhoras?

SOMA E SEGUE

Mais um na duvidosa calha.
Agora, o senhor doutor Medina.
Afinal tanto se ralha
Mas continua, a triste sina!

TOCA A REBENTAR !

Continua o grande regabofe
dos assaltos a multibancos.
Até merecem uma estrofe,
a causar grandes espantos.

Será para continuar

ou há medidas a tomar?
Haja juízo!
Ganhem o dente do siso.

NÃO SOMOS NADA

A Europa dimensionada
desde Vigo a Varna? 
A tese assim apresentada,
algum mal-estar, encarna.

Partiu do senhor Juncker,
a tão brilhante profecia.
Cada um, dirá o que quer
mas isto, provoca azia!

Assim, Portugal nem existe
no conceito do "paspalho"
que fez uma figura triste,
no alto do seu galho!

Parvoíce, idiotice ...
por aquilo que disse!

QUADRA DO DIA

Ainda agora cá cheguei
E já me mandam calar?
Tão triste eu fiquei
Por não poder cantar!

FOZ - "ALDEIA PRESÉPIO"

Já foste aldeia de xisto
Mas tiraram-te o registo.
És agora, presépio em aldeia
Com o Menino Jesus ausente.
A sua falta, mal se sente. 
Basta tê-lo na nossa ideia.

Admiração, tanta nos cresce,

Nas tuas quelhas, sobe e desce

Com recantos tão floridos.

Fica extasiada a nossa alma,

Saboreando a doce calma

Dos teus tesouros escondidos.

Além, grande roda de madeira,

Símbolo da industria pioneira

Dum passado já bem distante.

É agora, emblema carismático,

Do querer, obtido e democrático,

Deste Povo, louvado no instante.

A novidade, reside na tua praia

Que o Cobrão banha na raia

Do limite da zona urbana.

Tenho para mim a previsão

De que no calor deste Verão,

Ouviremos, voz que chama:

Ao "Penedo dos Cágados,

Sejam bem-vindos e desejados"!

Eu, por tão desejoso,

Lá irei, pleno de gozo! ...

Prémio GAFOZ da Poesia - 2017

QUADRA DO DIA

Paleio, o tem com fartura
Aquela "Santa Criatura".
Não tratou da Agricultura
E só nos deixou amargura.

AS GALAS

Eles  e elas
"engalanados",
alguns fatelas,
mal encarados,
numa eleição qualquer.
Se homem, de fato novo,
brilhante, como deve ser,
cheio que nem ovo
e a seu lado a mulher.
Apresentadores imprescindíveis.
Poucos os seus valores
mas fazem os possíveis.
Chamam os indicados
à conquista do prémio.
Aos vencedores declarados,
O registo, do Grémio!...

QUADRA DO DIA

Milhões gastos nos incêndios
Por falta de programação?
Deveria constar dos compêndios,
A quem coubesse, governação!

DOR DE ... COTOVELO.

Quem o ouve a falar ...
Parece pessoa exemplar!
Mas não tem mesmo juizo.
Sabendo o mal que causou
E ainda não se calou,
Desde que lhe deram sumiço!

Como "chefe da coelheira"
Podia agir de melhor maneira!

INCÊNDIOS EM PORTUGAL

Suas causas e consequências
Em observação pontual,
Feita pelas excelências,
Que avaliam todo o mal.

Fazem-no, mesmo a preceito,
Ou não ouvem, quem de direito?

REACÇÃO DOS "PEQUENINOS"

É tamanha a baixeza
Em torno da desgraça ...
Mesquinha na vileza 
Que se vê, nesta praça!

Espíritos de baixo calibre,
Tantos de modo geral.
Autêntico, Deus nos Livre.
Tão pequenino és Portugal!

Incêndios?
Culpados?
São tantos!
E julgados?
Sois tansos?!

É PESO A MAIS

Sobrecarregada a albarda
O jumento vai suportando
Desde que a comida regrada
Nunca lhe vá faltando.

Mas burro passando fome
Todo o cuidado se tome!

CUIDADO !

Entendam-se, por quem sois!
Não "matem" a Autoeuropa.
Os males, esses virão depois.
Com o lume, junto da estopa ...

AS TEREMOS EM OUTUBRO

Adoro as pré-eleições!...
Período em que figurões
Nos enchem de promessas.
Como nelas fosse acreditar ! ...
Já me cansei desse enganar.
À credibilidade, peço meças.


Assim, aos seus, blá, blá
Respondo, "não estou cá"!

BRILHANTE

Bombeiros a limpar matas?
Eureka!
Será uma ideia brilhante.
É vê-los nas camaratas,
Inactivos, fora da seca.
Logo, em muito instante!

Espero que a ideia vingue.
A exigência não extingue
O trabalho a realizar.
Que se pague o justo valor
A quem, com seu suor,
Fizer trabalho de louvar!

Ficará resolvido o problema 
De quem, por margem pequena
Não consegue limpar o espaço.
Por vezes há falta de gente
E mesmo pagando se consente
Eliminar um grave embaraço.

Eu próprio sinto o problema
Em propriedade, pequena!

PAROLICE

A gasolina aumenta
e o consumidor lamenta
mas com sorriso rasgado.
É, ao posar para a Televisão
que tenho a insólita visão.
Parece giro, ser lesado!

ASSISTIR SEM ESTAR

"Estive" em Castelo Branco
Na "Corrida da Felicidade".
Em casa, sentado num banco,
Com toda a tranquiçlidade.

Neste novo mundo virtual,
Podemos assistir sem estar.
Instalados, fora do local,
Vendo o que está a passar!

QUADRA DO DIA

Espera um pouco por mim
Não tenhas tantas pressas.
A correr, doida assim,
Cuidado, ainda tropeças!

8 DE SETEMBRO

Se ainda me lembro,
O dia 8 de Setembro
É o da Alfabetização.
Hoje há poucos analfabetos.
Somos todos mais espertos,
O digo eu, com razão!

QUADRAS AO SÁBADO

De pequeno se torce o pepino
E com duas palmadas no rabo
Se educa o rapazote rabino
Quando se mostra mal educado.

Nossa Senhora da Piedade
Sede piedosa comigo.
Não fiz nenhuma maldade
Porquê, este meu castigo?

A tal senhora Ministra,
A que exige certa demissão ...
A cena, a ser bem vista
Deveria ter ... continuação.

Gosto imenso de cantar
Não me levem a mal
É melhor do que chorar
Por motivo ocasional.

Enfeitada no seu andor
Nossa Senhora da Luz
Em Carnide e com amor
Por seu Filho, o Jesus!

QUADRA DO DIA

Quando muda a governação
Os seus novos inquilinos
Julgando-se senhores da razão
Criam logo, hábitos finos!

MAIS UM BARBUDO

De boa aparência
não apresentava excesso
mas a nova evidência
é prova de retrocesso.

Falo de apresentador SIC,
relator das notícias,
para dizer, "mal lhe fique"
a barba preta das relíquias.

Uso que era do passado

mas agora virou moda.

Assim, anda disfarçado,

como elemento da horda!

REPAROS

"Apanha-me se puderes"
um sucesso de audiências?
Mas gritos de mulheres
Ralam-nos a paciência!

Somos todos de desconfiar

mas parece haver razão

quando há dinheiro a fartar.

Aparece logo um ladrão!

Onde para o tanto dinheiro?

A pergunta é pertinente

Pois o recheado mealheiro

Foi dado por muita gente!

QUADRA DO DIA

Nasci assim, "pequenino"
Que mais poderei fazer?
Mas tenho algum ensino!
Isso não deveriam esquecer.

NEGÓCIO SUJO

Aí tempos um dos resultados

Originado pelos incêndios:
Madeira a preços moderados

Como previam os compêndios.

É parte da negociatas

Que os carteis promovem,

Fazendo arder as matas.

Depois, os lucros sobem!...

UM ARTISTA

O Presidente Leonino
Tem a característica invulgar
Duma voz fina de violino
E outra, autêntico trovejar!

É um Artista a duas vozes

para cantar, "Quebra Nozes"!

QUADRA DO DIA

"A cal espelho do asseio"
E não há branco igual
Para tapar, o sujo alheio
Que conspurca Portugal!

FALE MENOS, FAÇA MAIS

Falas mas não convences,
Tal digo eu, entre dentes
Quando levantas as cristas.
De conversa, estamos fartos
E só nos causas embaraços.
Por isso, fora das vistas!

Nada fez no seu "poleiro"

E agora ataca o Primeiro?!

Do prometer ao fazer ...

Ficam no saborosa lazer.

Por falta de cumprimento,

Esquecido o mau passado
E de modo ressabiado,
Só esperam novo momento!

CERTO E SABIDO

Tão certo como o Sol

Que nasce todos os dias,

Agora a terra, mais mole.

Virá a causar arrelias.

As muitas matas queimadas

Ficaram sem proteção

E as terras, desamparadas

Resvalam, findo o Verão.

Já pensaram nisso

Ou estão a encher chouriço?!

QUADRA DO DIA

Directos ou indirectos
Pagamos impostos em tudo.
Por via de uns chicos-espertos,
Vemos o dinheiro por canudo!

METÁFORA, CLARO!

Um coelho tão acusador
Parece esquecer o passado
Quando provocou a dor
A um povo, massacrado.

Sempre a debitar balela,

Aqui lhe deixo um recado:

Está para ir para a panela,

E quer ser frito ou guisado?

GASTRONOMIA SAUDÁVEL

Acabem lá com essas tretas.
Comer mas de tudo um pouco
Sem esquecer até as costoletas,
Digo-vos eu e não sou louco!

ESTRANHO

Há divergência nas listas
Dos Partidos de Esquerda?
Não conjugam as suas vistas
E travam uma luta azeda?

BE e PCP,

que os viu e quem os vê! ...

CABECINHA PENSADORA ...

Pensar que é bom Português
Por usar bandeira na lapela,
Revela uma grande insensatez
Neste país do "boa vai ela"!

ROUBALHEIRA AUTORIZADA

Considero, "roubos autorizados"
Aqueles que são praticados
Pela maioria das empresas
Que se valem de artimanhas,
Todas vexatórias e tamanhas.
Os utilizadores, são as "presas"!

Até mesmo nas empresas do Estado,
Telefones de valor acrescentado?
Se isso é um serviço público,
Tem algo de muito, impúdico!

ATENÇÃO, P.F..

Senhores da governação,
já começaram a prevenção
aos fogos do próximo ano?
Convém não esquecer
que tivemos o país a arder.
Não desejamos mais dano.
´

QUADRA DO DIA

É "malhar em ferro frio"!
Eles de nada abdicam
Do alcançado sem brio.
Pobres, mais pobres ficam!

AO QUE CHEGARAM ...

Catedráticos laureados
Da Universidade de Verão,
Em discursos empolgados
Disseram, da sua douta razão.

Mas tão mau foi o discurso

Que ninguém levou a sério.

Fizeram sim, figura d'urso,

O que não causa mistério.

INSISTO

Os "papagaios" do 760,
Tanto eles como elas,
Cada qual lá inventa,
A seu modo, as balelas!

E ninguém põe fim a isto

Neste pobre mundo de Cristo?

AMARGO DE BOCA

Com a minha avançada idade
Vivo uma triste realidade:
Irei morrer mais pobre
Do que já fui no passado
Porque tendo sido "roubado"
O que tiraram, ninguém cobre.

REGRESSO A CASA

Regressei à morada principal
Gozado que foi o período estival
Na praia da minha eleição.
Sou, um dos felizes mortais
Que da vida não espera mais,
Além do ganho, como bênção!

FICÇÃO

A múmia saiu do sarcófago
Apresentando dor no esófago
E debitou um palavreado parvo.
Melhor seria ter estado calado
Mantendo o seu ar de pasmado.
Mas ainda gosta de ser notado ...

QUADRA DO DIA

Nesta pequena casa algarvia
Reina uma notável perfeição
De como, em pródiga magia
Trabalha, "uma vara de condão"!

FÉRIAS VITALÍCIAS

Chegámos ao final d'Agosto,
Mês em que vivemos, a gosto,
A nossa época anual de veraneio.
Regresso à morada principal,
Uma vez terminado o gozo estival,
Com boas "banhocas" pelo meio!