Sem sombra de vaidade,
Na minha simplicidade,
Lá estive, uma vez mais,
Debitando, modesta poesia.
A que faço, no dia-a-dia,
Em moldes bem naturais:
"PELA TARDE, PELA FRESCA"
Pela tarde e pela fresca.
O mote foi lançado,
desta forma pitoresca.
Achei o modo engraçado.
E aqui estou, satisfeito
a conviver com boa gente,
tentando, a meu jeito,
dizer o que a alma sente.
Para já, imensa satisfação,
nesta aldeia de recordações.
A conheci, em remota ocasião,
quando se contavam ... tostões!
Com meu pai aqui vinha
nas suas compras habituais,
como vizinhos de Sarnadinha,
em preferências normais.
Nessa altura, o anfitrião,
já tinha fama e proveito,
pois nem só aqui em Tostão
o seu queijo era um eleito,
Como da melhor qualidade.
Devo dizer e até insisto:
Havia um, na verdade ...
Ainda hoje não lhe resisto!
Tão "precioso", era guardado
em casa com porta de ferro,
não fosse o cheiro, indesejado,
pedir, "pernas p'ra que te quero!
"Cholé"! Quem não o conhece?
Mudou de nome mas mantém
um sabor que me enlouquece!
Tão guloso ... A saber bem! ...
Agora "queimoso" ou "picante",
seja qual for o seu nome,
por mim terá sempre o garante
de agradar, a quem o come.
Da minha parte o elejo,
De todos, o melhor queijo!
Aldeia de Tostão, 17 de Setembro, 2017
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