Já foste aldeia de xisto
Mas tiraram-te o registo.
És agora, presépio em aldeia
Com o Menino Jesus ausente.
A sua falta, mal se sente.
Basta tê-lo na nossa ideia.
Admiração, tanta nos cresce,
Nas tuas quelhas, sobe e desce
Com recantos tão floridos.
Fica extasiada a nossa alma,
Saboreando a doce calma
Dos teus tesouros escondidos.
Além, grande roda de madeira,
Símbolo da industria pioneira
De passado já bem distante.
É agora, emblema carismático
Do querer, obtido e democrático,
Deste Povo, louvado no instante.
A novidade reside na tua praia
Que o Cobrão banha na raia
Do limite da zona urbana.
Tenho para mim a previsão
De que no calor deste Verão,
Ouviremos, voz que chama:
Ao "Penedo dos Cágados",
Sejam bem-vindos e desejados!|
Eu, por tão desejoso,
Lá irei, pleno de gozo!
Prémio Gafoz de Poesia - 2017
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