terça-feira, 26 de setembro de 2017

"POESIA, UM DIA"

ALMOÇO CONVÍVIO NOS B.V.RÓDÃO

A sirene identifica: "Há fogo"!
Num ápice tudo se esquece.
Tem de se eliminar o logro,
Do mal, quando ele aparece.

Então tu, nobre voluntário,
Às pressas do chamamento,
Corres para o calvário
Onde campeia o mau momento.

E vais, de encontro ao mal,
Tão comum, hoje no país.
Por repetido, já trivial.
Dele se fala, tanto se diz ...

Ir, podendo não voltar,
Guia de marcha sem regresso.
Quantos temos a lamentar?
Tantos! Não cabem no verso.

Vejo-te, como ser indefeso
Tentando com força inaudita,
Apagar o maldito "lume" aceso,
No provocar, tanta desdita.

É quando penso, tanto penso...
Não teres o quanto mereces.
Simples peão no vasto consenso
A quem se dirigem as preces,

De tua mãe, esposa e filhos,
Sabedores de que lá estás
Cercado por mil cadilhos
Lutando contra o Satanás!

Vencidas as altas chamas,
Dominadas pela tua mangueira,
Quem dorme em boas camas,
Dos sacrifícios, tecem asneiras.

Saberão, os felizes nababos,
Em escaldantes dias de Verão,
Comodamente, bem instalados,
Compreender a tua missão?

Como pesa o teu equipamento,-
Capacete, gorro, botas antifogo?
E qual a temperatura do momento,
Eles, que só pensam no seu jogo?

Finalizo, como "Irmão da Beira".
És um orgulho nacional!
Tu, homem ou mulher bombeira,
Sois, os melhores de Portugal!




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