domingo, 9 de setembro de 2018

PORQUE É DOMINGO

DESPEJO O SACO:

Quem vê caras
Não vê corações
Mas não te mascaras
Com essas feições.

Toda a vida a votar
E chegar à conclusão
Que ando a alimentar
Covil de tanto ladrão?

O antigo "toque a rebate"
Tocado na torre sineira
Era um caso bem à parte
Denunciando a asneira.
Hoje e porque não
Com as novas tecnologias
Ter uma sirene à mão
Nas aldeias e freguesias?
Haver pessoa responsável
Que fosse o bom "avisador"
Caso um fogo deplorável
Viesse quebrar o torpor?

No dia em que o povo unido
Se for queixar a Bruxelas
Por tudo o que for ardido
Então é que vão ser elas!...

Banqueiros a roubar Bancos
E tantos criminosos à solta?
Seremos assim tão "mancos"
Para não clamar por revolta?

Pelo que vejo e pressinto
Este meu apertar de cinto
Anda a sustentar chulice.
Pagar a quem nada devo,
Sustentar como um servo …
Convenhamos: que chatice!

Sou um Poeta de fartura
Em termos de produção
Critico de forma bem dura
Assim, do pé prá mão!

Chamar "Artes Epidérmicas"
Ao que vemos nas tatuagens?
Algumas são tão pindéricas
Como fantasiosas miragens.

Depositar nos Oceanos
Os lixos cá da Terra
Irá provocar tantos danos
Que até a Natureza berra.

Ouçam os lamentos populares
E em consciência meditem
Sobre os redobrados azares
Na procura de que se evitem.

Mais baixos salários
E pagamentos assim altos?
São estes os cenários
Que nos dão sobressaltos.

Alimentar bem os "gulosos"
A viver à custa de incêndios
Com gastos tão vultuosos?
Evitem lá esses dispêndios.

O eucalipto é vulnerável?
A árvore não será rentável?
Deixem-se pois de criticar.
Protejam a mata onde cresce
E a riqueza essa até floresce
Basta que se saiba cuidar.

Saber superar dificuldades
Será uma das competências
Que distingue as nulidades
Das pródigas inteligências.

Tanto ela usa a tesoura
Para cortar e dar nas vistas
Como Ministra da Lavoura
Pouco levantou as cristas.

Custa-me muito aceitar
Que vigaristas referenciados
Sejam postos a dialogar
Na condição de entrevistados.

A produção é vasta.
Mas por hoje, basta!






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