A torto e a direito
Em frente, tudo a eito,
Curando nossas mazelas!
O nosso vinho de conserva
E, atinge, boa reserva,
No aperto das aduelas.
É bom saber que estás aí
E eu, do outro lado: aqui!
Ambos sabendo que a distância
Não nos poderá apartar
Porque o simples facto de gostar
Dá prova, à circunstância.
Eu te pergunto, Lua:
Afinal que vida é a tua?
Impúdica, de quarto em quarto
Agora minguante, logo crescente
Nova ou cheia, refulgente
Sem jámais teres o parto?
Poesia, é a vida em rima;
O que nos diz e nos ensina.
Pena, é haver poucos poetas.
Pelo contrário, muitos analfabetos
Que se julgam, algo espertos
Mas não passam de patetas.
Não me calarei
Todas as verdades direi.
Contra tudo e contra todos
Seguirei o meu Evangelho;
No estatuto de velho
Que não se fia em engodos.
Triste sina, a dos portugueses;
Escravos de tantos burgueses
Que do seu suor se alimentam.
Tapadores de buracos sem fundo
Cavados pelos donos do Mundo
Que nesta desgraça se alimentam.
Nunca perder a Esperança!
Confiar que a bonança
Sucede a uma desgraça.
Certo! Os cães emitem latidos;
Choram os que estão falidos
Mas a caravana sempre passa.
Trinta e sete anos, já lá vão,
Desde a tão desejada revolução.
Mas os resultados, bem à vista!
Não se ata nem desata,
Vivemos, em constante mala-pata;
À banalidade, não há quem resista.
Não sou, um ser perfeito.
É triste; mas nasci com defeito!
O defeito de ser como sou:
Intolerante, do signo Leão.
Retribuo, tudo o que me dão;
A quem nada me dá, nada dou.
"Aberto um rigoroso inquérito"!
É prática corrente, no pretérito.
Mas os resultados, causam risota
Nada se apura nas conclusões
E, ficam impunes, os "figurões";
Sinal, de autêntica batota.
Justiça, eficaz e dura,
À boa maneira de Singapura!
Turismo a sério; capaz e exigente.
Tal bastaria para transformar Portugal
Num destino único, sem igual!
O melhor, já temos: A nossa gente!
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