quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SEXTILHAS (EM VINAGRETE)

Este País não é para reformados;
Por tanto mal, desenganados,
Onde mora a alegria de viver?
A vida é bela, não se contesta
Mas viver assim, não presta,
A quem só pensa em morrer!

Não haverá, por cá,
A iniciar, desde já,
Um plano arquitetado
Para destruir Portugal?
Que espírito do Mal,
Anda por aí, camuflado?

Com toda a sua "candura",
Aquela estranha criatura
Afirmou, crente e perentória,
Não haver, corruptos em Portugal.
A senhora, não me leve a mal;
Dê a mão à palmatória!

A Troika, trouxe uma certeza:
Aumentou, a nossa pobreza.
E, quem inventou a palavra,
Melhor fôra, dar outro nome,
Á cambada que nos come,
Parte da verba emprestada.

O País está em crise?
Não! Apenas num deslize.
Se em crise, como seria?
Jogos de futebol, só miragem...
Ninguém, a ir de viagem
E a sala dos concertos, vazia.

Segunda figurinha do Estado,
Merece o meu desagrado
Pelo lugar que ocupa.
Reformada, por doença,
Vence, uma dourada tença?
Isto, só visto à lupa!...

Entreguei-vos o meu dinheiro
Como se fosseis o mealheiro
Protetor dos muitos descontos;
Anos e anos de trabalho...
Veio agora, o triste reviralho;
Me roubam, ignóbeis tontos!

Pensionistas e reformados,
São seres fragilizados,
A quem Vª.Exª., fez mal.
Aos seus errados pressupostos,
Só lhe falta, bater em mortos.
É esse, o seu plano genial?

Muitos "já lá estiveram"
E pouco ou nada fizeram.
Mas sabem bem, "mandar bocas"
Cá fora, sabem de tudo,
Após tirarem, o "canudo",
Em universidades bacocas.

Sem independência financeira,
Será difícil ir à feira,
Fazer as compras do mês.
Andam, as Marias loucas,
Vendo as poupanças, (poucas),
Se esvaziarem, de vez.

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