Sou navegador solitário.
Este é o meu "Diário"
Escrito sem sobressalto - Em marés de pensamento
E embalado pelo vento
Nas ondas do pensar alto.
A mim, ninguém ensina!
Sei velejar à bolina,
Em oceano aberto ou junto à costa
Qualquer que seja a maré.
Sigo o rumo da minha fé,
À procura do que se gosta.
As ilhas já foram descobertas,
Estão espalhadas e diversas.
Que procurarei então?
Sereias? Não busco o imaginário.
Algo mais quero como ideário
E tal reservo no coração.
É a paz, na procura em vão,
A que existe em mar chão
De permanente maré calma.
Percorri milhas de longa distancia.
Agora, bem seguro o leme da ânsia
Quero sentir o infinito da alma.
Quando tal acontecer,
Lanço o ferro e irei adormecer.
Desactivada a bússola da direcção
Deus, estará chamando por mim.
Já nada me resta por fim.
Terminada a viagem, rezarei uma oração.
E tal reservo, no coração.
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