Anda ver meu amor, como são belas,
No imenso céu as brilhantes estrelas.
Espera! Olha-me bem para eu vê-las.
Os meigos olhos teus são como elas.
Têm também a mesma beleza fugidia
Num olhar que depressa se apaga,
Assim como uma bela noite acaba
E rompe, aquela manhã fria...
O grande e velho mar deu-lhes cor,
As alvas pombas brancas a pureza,
Vénus quis guardar neles o amor.
Embevecida por essa obra que criara,
Abençoou-os por fim a Natureza
E deu ao Mundo a sua jóia mais rara.
Lisboa, Setembro de 1954
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