Na vertiginosa evolução
Dos tempos, em sucessão,
O Futebol ficou diferente.
Do desporto viril da rapaziada
Passou a acto de palhaçada,
Variando o estilo presente.
Modo geral, tudo colorido.
Equipamentos, do mais garrido.
As chuteiras, eram todas iguais.
Agora, vê-las é um espanto:
Amarelas, vermelhas, rosa, encanto!...
Aos gostos finos, ou triviais.
Equipavam, de um a onze.
Estávamos na era do bronze.
Agora, na idade moderna
Não há quem desaprove
Mas dá riso ver o sessenta e nove
Nas costas de qualquer palerma.
Depois, a imagem dos "artistas".
Já sem robustez ás vistas.
Alguns, desajeitados e franzinos,
Tatuados da cabeça aos pés,
Parecem querer receber olés,
Como profissionais bailarinos.
Isto, dentro das quatro linhas.
Nas bancadas, as santas alminhas,
Com idênticas belezas eternas.
Gritam e gesticulam, no sucesso.
Bem visto, o "circo" parece o regresso
Ao tempo romano, ou das cavernas.
Esquecidos de que Futebol dantes,
Era todo e só, pulmão e pernas!
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