Eclode com grande estrondo
Ao ruído sucede-se o assombro
Sabendo envolvidos os figurões.
Televisão, Rádio, comentadores,
Escalpelizam a vida dos doutores
E são ouvidos pelas multidões.
Vem depois o contraditório
A tentar safar o tal finório.
Rodeado de excelentes advogados
Que fazem parte da mesma teia,
A confusão nasce, pois se semeia
A dúvida dos actos declarados.
E os dias, lentamente passando.
Assunto escabroso em memorando
No suave deixar passar o tempo.
Normalmente as versões assentam
Em fraudes que bem alimentam
Os ávidos de muito e bom sustento!
Há quem lhe chame corrupção.
Não sei se tal será, ou não!
Mas todos sabemos, isso sim
Que a justiça, por preguiçosa,
Deixa-se embalar e caprichosa
Ao processo não dá bom fim.
Ou se "tiver de ser"...
Com o carimbo, "Prescrever"!
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