sábado, 30 de janeiro de 2016

DESIGUALDADES

Este é o meu país
onde dificilmente sobrevivo,
por condenado à matriz
que me mantém cativo
da desigualdade abismal
entre filhos da mãe-Pátria.
Uns com excelente pai
outros sempre menos bem!
Dificuldades não partilhadas
e nem de longe compreendidas,
na mesma balança não pesadas.
Vasilhas diferentes nas medidas.
Subvenções, abonos, mordomias
aos de primeira, os eleitos.
No outro lado bolsas vazias,
protelam os frágeis sujeitos.
Porquê tal absurda distinção?
É como se houvesse dois pólos
a motivarem a diferença.
O positivo da compensação,
negativo, indicando carência.

... e não nos restará
uma réstia de esperança?
Eternamente assim será,
sem ventos de mudança?!

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