Feita esta introdução,
um convite à análise da questão:
Sessenta anos de um sonho
animaram as gentes desta Beira
que assim via uma boa maneira
de ter futuro mais risonho.
Entre avanços e recuos
de compreensões e de amuos,
num "faz que anda mas não anda",
chegou-se a ter uma conclusão:
Haveria barragem na Foz do Cobrão!
Expropriações, de quem manda.
Tal, até chegou a ser feito,
ficando sem terras qualquer sujeito
que tivesse o seu bocado na área.
Bem pagos, segundo se diz
e o Governo que tal quis,
desenvolveu, obra vária.
Estrada de acesso conveniente,
postos de altíssima corrente,
tudo a embandeirar em arco!
Só que, Governo mudado,
e tivemos o "caldo entornado"!...
Do todo já feito, não vale pataco!
Divulgada agora a decisão final.
Excluída do energético plano nacional,
irá ficar apenas na imaginação,
um desejo sonhado de muitos anos,
reduzido a grandes perdas e danos,
por culpa de incompetências da Nação!
Certo e sabido. Pagarei para ver.
O que se perdeu já não iremos ter.
As oliveiras do Rio Ocreza
deixarão de merecer devido trato.
Aumentarão o rude espaço do mato,
pois o novo dono, não as cuidará, de certeza!
O que ganhámos com estas inteligências
que mal governam nas suas vigências,
esquecendo o já feito e gasto?!
Quantos os milhões deitados à rua,
à nossa custa, à minha e à tua?!
Este país parece um pasto!...
DA BARRAGEM FICOU A MIRAGEM
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