Desde pequeno, assim vejo,
O nosso magnífico Rio Tejo!
Ontem, um "ginete desenfreado"
Hoje, tão calmo em espelho…
Também eu, já mais velho,
Tanto mudei e estou cansado.
Continuo a amar este rio
Porque, quem como eu o sentiu,
Jamais o poderá esquecer.
Nem perdoar o tanto mal,
Quando o deixaram… a morrer!
Ressarcida a maléfica situação,
Ultrapassado o ultrajante senão,
Com denúncias e demandas à mistura,
A água "ludra" recuperou a cor.
E sabendo que ela não tem sabor,
Todos se renderam à "sua cura".
Tenho comigo, o duplo prazer,
Daquilo que vos vou dizer:
O mesmo Tejo, tenho-o bem perto,
Além longe, onde agora habito.
Junto à barra, onde ele expedito.
Se entrega ao mar e fica, liberto!
Remato com a simplicidade da quadra:
Desta Beira sou nativo,
naturalmente, um Beirão.
Mas é em Oeiras que vivo,
oeirense, por adopção!
"Poesia, um Dia" - 2018
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