CERIMÓNIA INVERTIDA
Perdoai-me, esta ironia.
Fui um servidor da Nação,
Como militar, sem cobardia,
Cumpri bem, a minha missão.
Celebrei, o "Dia de Portugal"
Em muitos e diferentes sectores.
"Dia de Camões", etc., e tal …
Recebi elogios e louvores.
Nunca fui condecorado
Por valentia, gesto audaz.
Comandei e fui comandado
Mas matar? Não seria capaz!
Admirei sempre os loureados
Pelo atributo que lhes coubesse.
Assim, a esses condecorados,
Honra e Glória, se lhes desse.
Além destes, outros mais,
Agraciados pelo Poder instalado,
Receberam títulos, fenomenais,
Num 10 de Junho, conspurcado.
Daqui, nasceu a minha "insolência"
Oxalá, ela me seja perdoada.
Em próxima e nova vivência,
Que a "Honraria", seja retirada.
A todos eles, vigaristas, aldrabões,
Corruptos, ratoneiros e quejandos…
Tirem-lhe, as condecorações
Que não merecem, pelo desmando!
Seria digna de ser vista
A cerimónia, assim ao "contrário".
Perfilados, o desonesto e o vigarista,
Sem medalhas a brilhar no vestuário!
Há sonhos impossíveis
Mas quem me impede de sonhar?
Muitas situações serão possíveis,
Com altíssimo preço, a pagar!
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