ELUCIDAÇÃO

Nesta época de "Finados"
A minha poesia faz luto,
Por devoção aos sepultados,
No "Reino do Adeus Absoluto"

PROGRAMA DO GOVERNO II

Ilustre Senhor Primeiro

Porquê o sorriso de "galhofa"
usado quando faz troça,
daquilo que se diz ou se faz?
Fica muito mal na fotografia
porque mesmo em Democracia
a decência, não é contumaz!

PROGRAMA DO GOVERNO

Adormecem-nos com palavras,
dizendo o que irão fazer
mas das obras programadas
quantas irão mesmo acontecer?

Ministeriais dissertações
muito aplaudidas pelos "peões"!

QUAL QUÊ?

Qual Engenheiro, qual carapuça?!
A menos que a "vaca tussa",
Não passará de um arguido
Que só nos deu, desgraça!
Bem tenta, mas não passa,
Outra imagem, que não, Bandido!

REPENTISTA

Eu, sou tão pequeno
Para te elevar, ó Poesia!
Rendido mas sereno,
Procuro, no dia-a-dia
Inspiração que me leve,
Junto a ti, em alma ardente
E saber como se escreve
A tanta e tão bela, Fantasia!

DEBATE NA ASSEMBLEIA

Começou e deu para tudo.
Até ... cenas de Entrudo!
Falou o Ministro do Ambiente,
Houve perguntas dos deputados,
Todos muito preocupados,
Na Energia, ponto assente!

Passou ao lado, a água.
A falta, causou-me, mágoa!

E, Senhora Deputada:
Como poderei aceitar,
Ouvir o seu gaguejar?
E, quem tal o permite?
Deixe-me que lhe grite:
"Sejam outros, a falar"!

Democracia, sim!
Mas nunca, tão assim! ...

Esclareço. Nada tenho de racista.
Permaneci 9 (nove) anos na sua
terra de origem, desempenhando
várias funções. Com agrado.
Foram muitas, as amizades que criei,
junto da várias etnias da "sua gente".
Ouvi-la, ilustre Senhora, deixa-me doente!

INTERREGNO

No aproximar dos "Finados"
Darei luto, à minha Poesia.
Ao venerar, meus sepultados,
Versejar, será uma heresia.

UM CERTO PRAZER

Daqui em diante
Serei mais tolerante.
Nada como mau bocado
Que tenhamos passado
Para encarar a vida,
Com uma nova medida.

Será o que irei fazer.
Espero dar-vos, esse prazer.

SATISFAÇÃO

Nada me falta para ser feliz.

Convicto, sou eu, quem vo-lo diz.

Esposa e mãe, tão dedicada,

A meu lado, desde sempre,

mantém, minh'alma ardente,

E num estado de Paz, desejada!

À volta, muita amizade

Dos amigos, de verdade,

Preenchendo dias e vagares,

Poetisar, como tanto gosto, 

Sem motivos de desgosto,

Por aqui  ou noutros lugares ...

Numa vida, não madrasta,

Apenas issso, me basta.

DIRECTAS ... SIMPLESMENTE

Saúde com tanta carência
O que faz pensar a sério.
Até perco, a paciência
Mas não passo, do Silvério!...

Com o PS., por "grosso"
A dominar e governativo,
Um certo ar, indecoroso,
Pode originar, o motivo ...

A ideia da saia, foi dela.
E ele, garboso, aceitou.
Vê-los, assim. da janela,
Afinal, o que se ganhou?

"Insectos comestíveis,
a proteína do futuro".
E eles, como perecíveis,
acompanham, pão duro?

Mário Nogueira, "assombração"?
Se não é, tal parece!
Bate tanto na Educação
Mas o resultado, não aparece.

Programas "estrangeirados"
vindos de fora e bem pagos,
são mesmo, o que está a dar.
Sem saberem como criar,
há um pasmo no audiovisual
que se pratica em Portugal.

O folclore no Parlamento,
mete saias e cadeiras.
Esperem pelo tal momento.
Veremos, as grandes asneiras ...

A Joacine, interveniente,
como peça em destaque?
Haverá quem fique doente,
ou sofra de algum axaque.

Até existe excitação
no divulgar, os quantos,
participantes na sessão
que serão "gays". Tantos?!

Entre saias e desmandos,
o Primeiro é todo sorrisos.
Sendo o senhor dos mandos,
vale-de, da falta de juízos.

Tendo com seu fundador
e líder de pleno direito,
porque não fala o senhor?
Pois o faça, a preceito!

Com "económicos recursos"
que diz serem escassos.
vestir bem, tem seus custos.
Tem um problema, nos braços.

De repente, todos barbudos,
noticiários a ler de pé.
só imitam, sem recursos,
bricando com o pobre Zé!

Por hoje basta
Amanhã, há mais.
Quando a coisa é nefasta,
Não se calam os ais!

E, não disse nada de mais.
Apenas o que li, nos jornais!

PAÍS DE RICAÇOS

O número de milionários,
aumenta em Portugal.
Por "engenhos" vários,
não por arte laboral.
Sistemas de "gamanço"
corrupção e outros afins.
O povinho, sempre manso
unido em coro de querubins ...

INSISTO

"MEU TEJO"

Dominaram-te no Fratel
e do desbragado corcel,
és hoje, um plácido rio.
Ao que eras, não há regresso,
tudo a bem do progresso,
mas despojado do teu brio!

Águas que eram transparentes,
ocultam artes jacentes,
dos povos mais remotos.
Que tal tristeza nos doa.
Eram, superiores aos de Côa!
Registos dados como mortos.

Quantas bocas alimentaste,
porque de boa mente deixaste
que te levassem teus peixes?
E agora, o que pescar
se nada tens para dar?
Tão só, do que te queixes?!

Águas ludras nos apresentas.
Sabemos que te atormentas
e nada consegues opor,
às maldades do momento,
constantes, na hora e no tempo.
Mas crê. Por ti, mantenho amor!

Mesmo decrépito e sujo,
Sempre Tejo, meu dito cujo!

UM NOVO DIPLOMA

"Revive Natureza".
Boa intenção, de certeza,
no recuperar o perdido.
Quanta foi a destruição
dos pertences desta Nação,
por acção, não ter havido?

Casas de Cantoneiros,
Estações e apeadeiros,
alvos de roubalheira,
com "eles" a ver passar
e os crimes sem se pagar,
numa enorme "bandalheira"

Agora, talvez seja tarde.
Fica registado, o alarde.

PRODUÇÃO: ZERO!

Com falta de imaginação,
os senhores da Televisão,
nada criam em seu favor.
Vivem pagando direitos
por programas de fracos jeitos.
É cómodo e não traz dissabor.

E o pobre Zé, aplaudindo
e até mesmo ... sorrindo!

DANÇA DAS CADEIRAS

Curiosa a situação,
a viver na Assembleia.
Por uma simples razão,
o cómodo lá se remedeia.
O "CHEGA", como penso
será, um chega p'ra lá,
deixando tudo em suspenso
no que, dali advirá.

Ao lado do CDS,
será que não adormece?

PUROS DE RAIZ

Saia plissada e meias verdes?
Pasmai, gentes do meu país.
Tudo aquilo que vós "vedes",
Em portugueses. de fraca raiz.

CARNAVAL ANTECIPADO?

Um parlamento folclórico?
Tudo indica que sim!
Só falta um carro alegórico
No começo, ou mesmo no fim.

Um assessor de saias?
Mas que moda bizarra.
Porém, não ouvi as vaias,
nem a simples algazarra.

Fico com pessoais preconceitos.
Também tenho os meus direitos.

PORTUGUÊS MALICIOSO

Os portugueses, tão espirituosos
lançam, "chispas" à sociedade.
Com comentários jocosos,
lá vão dizendo, a verdade.
Quando algo os move,
a imaginação até cresce.
Como essa, do sessenta e nove ...
e o Parlamento ... "enrubesce".

AI É TÃO BOM ...

É tão bom ser governante
que até se vendem negócios
com o elevado garante
de partilhar dos ócios.
Viver uma vida sossegada,
falar de vez em quando,
sentado e bem, na bancada,,,
A vida assim ... um encanto!

Só o ser, um Deputado,
Bem melhor que empregado!

E depois, as benesses
mais o futuro assegurado,
na teia que bem teces
mesmo estando, calado ...

Daí a luta insana
que não nos engana!

EXCELENTE EXCEDENTE

Com excedente tão elevado
e o "teso" do nosso Estado,
mata a Saúde"à fome"?
E a ministra, sempre a sorrir?
Onde iremos nós cair
se boa medida não se tome.

UM REPARO

"Eles" são tantos
E irão fazer pouco.
Apenas desenganos,
Neste Mundo louco.

CURVA DESCENDENTE

Sinto a missão cumprida
No final da minha vida.
Sou já, "Homem Completo"
Pelo tanto que "semeei",
As Árvores que plantei,
Em bons lugares, por certo!

Tive mulher muito amada,
Mãe, tão abençoada
E defendi a Nação.
Cumpridos os preceitos,
Serei um dos eleitos,
Merecedor de atenção..

Para a posteridade,
Deixo a "minha verdade",
Assim, expressa no verso,
Em "Poeta de Sarnadinha".
Muita produção e minha.
A leiam, é quanto vos peço!

UM LEGADO

Para a posteridade,
lego "a minha verdade"
bem expressa no verso:
"Poeta de Sarnadinha",
Classificação, bem minha.
Leiam-me, é o que peço.

Terá valido a pena,
Embora a obra, seja pequena!

POSITIVO/NEGATIVO

O Presidente elogiou,
O Governo anterior.
A palavra não usou
Ao mencionar, o pior.

GRACEJO

Acomodar os novos Partidos
Originou, uma certa confusão.
Como prato de "ovos mexidos"
Na "salganhada" da Oposição.

O Centro e Extrema Direita
Juntinhos, a criar maleita?

Uns, gastaram no farelo
Julgando ter a farinha.
Ganharam, "sorriso amarelo"
No orçamento que definha.

PRÉ-LEGISLATURA

Tudo feito ao "figurino",
As poses em fotografia,
Avaliações, a "pente fino"
Ao caracter dos Deputados.
Veremos, quantos "pecados"
Irão causar ... desatino.

"Eles" são, duzentos e trinta
Tantos, para tão pouco?
Que isso não se sinta,
Pois iremos ficar louco!

GRANDES GOVERNOS

Um governo bem grande,
Poderá, não ser, grande governo..
Bastará haver quem bem mande
Para se sair do meio termo.

É ESTRANHO

Um problema tão gravoso
E os políticos, assim mudos?
O Rio Tejo, está sequioso
E não o atendem, por surdos?

ADIVINHA

Quem será?
Quem saiba, o dirá!

"Com esse sorriso, XG24B,
já enjoa a quem o vê".

Resposta:
É uma "estrela" TV!

VENTOS DE MUDANÇA

Outrora, fui imprescindível
Mas passei a dispensável.
O que parecia impossível,
Foi, simplesmente, fiável.

BEM NÃO QUERIA

Pois tal não é meu desejo
mas no entanto, antevejo
que a próxima legislatura,
irá criar, novas situações.
A Oposição, com mais razóes,
a dar dor de cabeça, à criatura.

HAJA O QUE HOUVER

Porque nada me acalma,
o que sinto na alma,
direi, sem qualquer escusa.
E, ninguém ouse sequer,
havendo o que houver,
obrigar-me, à recusa.

SEM OFENSA

Custa-me muito a aceitar
que senhora em gaguez
se venha a expressar,
no Parlamento Português.

Pergunto, com inocência:
Não haverá no Partido,
quem, com boa fluência,
fale, no desejado sentido?

MODA MODERNA

Desfiles de moda, actuais
Parecem imagens de espantalho
a afugentar bandos de pardais,
ou bonecos, à moda de Bordalo!

Eles e elas, "trombudos",
Sem risos e sempre mudos!

CHEGÁMOS À MADEIRA?

A brincar aos militares
uns senhores golfistas,
tiveram, sérios azares,
pelo que, deram nas vistas.

Disparar um obús, assim
porque era dia de festa,
com militares no festim?
Que juízo tendes na testa?

Reforma compulsiva,
renúncia a alto cargo?
Fica escrita a missiva,
no auto do desagrado.

TANTOS! ...

50 Secretários de Estado!
Até eu, fico espantado,
Ver tantos, a governar.
Agora sim, isto melhora!
A menos que na hora,
Só preguiça, tenha lugar.

NADA DE NOVO

"Eles" falam tão bem!...
Dizem o que lhes convém,
Sempre a bem do Povo.
São muitos os argumentos,
Mas os maus momentos,
Constantes. Nada de novo!

O MOTIVO

Eu, poderei ser assim
Mas tu, frito e assado...
Não tens pena de mim,
O que me deixa, zangado!

AMOR À FAMÍLIA

Amparar familiares
será caso para enaltecer.
No bem e nos azares,
há que saber, proteger.

Por isso, compreendo
esse aumento fenomenal
que está acontecendo
no elenco governamental.

Assim, a "família P.S."
tanto se engrandece!

É UM FARTAR

Dezanove ministérios,
cincoenta secretários
para resolver, mistérios
que são tantos e vários ...

Sem falta de "mão d'obra",
veremos quais os resultados.
Abundância, quando sobra,
comete, "certos pecados"!

A crescer de tal maneira,
o número de governantes,
faz pensar, em igual maneira
para as faltas, havidas antes.

Por exemplo, nos hospitais,
e até mesmo nas escolas,
pois aí, não são de mais
e esperam, as vossa esmolas!

SÁTIRA

Sentado é que estou bem
deitado, ainda melhor,
 ao colo de minha mãe
era bom, mas sou maior!

É CERTO!

Amor com amor se paga
e amizade que se perdeu
já não terá quem a traga.
Para alguém, ela morreu.

NOVAS VOZES

De forma "Liberal",
"Livre" de pressões,
Uma forma original,
"Chega", nestas eleições.

São os ditos, pequenos,
Como pedras nos sapatos
Que têm valor menos
E querem ficar nos retratos.

O futuro nos irá dizer
Se não passou de engodo,
O que andaram a prometer,
E nos deram, o mesmo logro!

THE END

Três novos Partidos,
Após a presente eleição.
Com tais feitos obtidos,
Aumentará, a Oposição.

Três pedras no sapato,
Do Poder Governativo,
Que podem mudar o trato,
Dar à vida, outro sentido!

HORROR

Não saber o que é um paiol?
Na ignorância de Ministro
Paira um país sem sol,
Encoberto, nada previsto.

LEGISLATIVAS - 2019

Feitas as contas finais
e pelos resultados obtidos
não prevemos nada de mais.
Continuaremos ... submetidos!

Uma pequena novidade
a dos três novos Partidos.
Veremos se haverá Verdade
nos benefícios, prometidos.

A geringonça em novo modelo,
não irá alterar o sistema.
Tem implantado o seu selo.
Mudar?  A vontade é pequena.

Irá ser, um "deixa andar",
olhos cegos à roubalheira,
com o Povo sempre a pagar,
as custas da muita asneira.

Teremos, quatro anos iguais
aos passados, sem sucesso.
Coberura aos casos banais,
o perdido ... sem regresso!

Já estou em fim de vida
não acalento, a esperança.
A boa "Terrra Prometida"
o Povo, nunca a alcança!

EFEMÉRIDE

Sendo eu, simples poeta,
Celebro hoje, o meu dia.
Serei também, um profeta,
Ao assumir, certa ousadia,

Aquela, de denunciar,
A paga que se devia,



"AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR"

Cerca de dez mil, identificados
No extenso muro do Bom Sucesso,
Única forma de serem lembrados
Os ex-camaradas, sem regresso.

A forma que lhes foi dada,
Escassa para o supremo sacrifício
E até essa, ficará esfumada
Quando o esquecer, for vício.

A História, não os apaga
E dela farão parte integrante.
Na memória dos seus, a chaga.
Mas a vida ... segue adiante!

É pois, neste feliz prosseguir
Que ouso lançar uma petição.
Diariamente, antes de dormir,
Não se esqueçam der pedir perdão.

No capítulo dos que regressaram,
E nesses me incluo, Graças a Deus,
Pergunto, quantas vezes nos louvaram
Os governantes, políticos ateus?!

Aí temos, uma nova legislatura.
Nuncá é tarde para saldar dívidas.
Pois que haja, uma só criatura
A sepultar, vergonhas antigas.

Plenário na Assembleia do Povo.
Eu, como Deputado, vos diria:
"Vamos criar algo de novo,
Curar o que é uma heresia"!

Emitir, o "Cartão do Combatente"
Ao que for vivo e ainda resista.
Também, um emblema, correspondente,
Símbolo de respeito, a que se assista.

Explícito, no verso desse cartão,
Ficará escrito que o seu possuidor
Merece o respeito de cidadão
Que à Pátria dedicou, amor.

E lhes serão devidas atenções
Mercê dos antigos sacrifícios
Sem contudo, merecer perdões,
Tendo em conta, eventuais vícios.

"Senhores Deputados,
Estando aberta a sessão,
Não permaneçam sentados.
Qual de vós, levanta a questão"?!

EDUCAÇÃO

"Conhece os problemas da Educação".
Logo, portanto, será de manter.
Pena que não tenham tido solução
Os problemas que deixou acontecer!

CICLOS

A chegada da chuva,
dará cabo da uva
que não foi vindimada.
O Outono, de regresso,
Na ordem, programada!

POBRE RIO TEJO

O "meu-Tejo" suspira
e eu choro, desalentado,
vendo que ele mal respira,
por tanto ser, ultrajado!

As maldades de montante,
lugares de maus ventos,
geram a penúria constante
que só nos trazem lamentos.

Quem olha por ti, "meu-rio"?
Alguém chorará comigo?
Não há político, com brio,
que nos tire deste castigo?

Que futuro será o teu
nessa míngua de secura?
Todo um bem que se perdeu,
fatalmente, já não tem cura!

Teus "filhos, Ponsul e Sever",
Agonizam, à fúria da morte.
Venha, toda a chuva que vier,
Qual será,Tejo, a tua sorte?!

OUTONO

Outono no calendário
e também na minha vida,
na passagem ao Calvário
por sentença, definida.

Inevitável sucessão,
antes do frio Inverno
e logo após o Verão,
porque nada é eterno.

Outono do meu cansaço,
fim de muitas alegrias,
agora que tão pouco faço,
for falta de energias.

Só a mente, tenho activa
e nela busco a Verdade.
Bem pouco já me cativa
após conhecer a maldade.

Castigado ao peso da idade,
vou ficando indiferente,
gozando, tão só, a realidade
que me é dada, no presente.

Sentado na minha tropeça,
bem singela e beiroa,
aguardarei que alguém peça:
"vem cantar-me, uma loa"!

Acedendo ao pedido,
ela vira, feita verso.
Oxalá, não fique perdido.
Apenas isso, vos peço!

TROVA CAMPESINA

Na minha poesia singela,
digo como a vida é bela.
Simples, as palavras que escrevo
para que todos as entendam
e bem assim, compreendam,
tudo quanto me dá enlevo.

A flor campestre, delicada,
cotovia a cantar na madrugada,
uma rola solitária, no pinhal,
água que corre no ribeiro,
activando aromas de bom cheiro,
ao nascer do sol, sempre matinal ...

O som dos chocalhos em rebanho,
das cabradas na busca de amanho,
sob o olhar atento do pastor
que tem ao lado, o fiel rafeiro
sempre atento, bom companheiro,
a cumprir missão, com rigor ...

E tudo isto, na imensa Paz,
aquela que se respira, nos apraz,
saborear em plácido lazer
e nos leva, à simples consideração,
de viver-mos em plena benção,
porque, VIVOS, sabemos viver!

QUADRA DO DIA

De uma só palavra
Até construo o verso.
Especialista na lavra,
Singelamente, confesso.

ESSE DIA VIRÁ

Tal dia, decerto virá
e o "castelo dos ricos"
pela Razão se tomará,
dando fim, aos malditos.
Através da Justiça
que lenta, vai despertando,
libertada da preguiça
de quem detinha o mando.

E então, serei feliz,
como se fora eu, o Juiz!

IMORALIDADES

Multas e coimas a "doer",
A quem mal as pode pagar.
Mas sendo o rico a dever,
O perdão, não irá faltar.

Os casos que se sucedem,
São de milhões e prescrevem!

QUADRA DO DIA

O que a "Troika" tirou
Deverá ser reposto.
Ninguém ainda pensou,
No nosso grande desgosto?!

SENSIBILIDADE

Ainda hoje me comovo,
Quando, ao ler de novo,
Recordo, Prefácio e Apresentação,
Do livro, "Neste Lugar Onde Nasci".
Porque fui eu que o escrevi,
Segundo o culto de um Beirão.

E volto sempre a agradecer,
As palavras que me deram prazer.

EFEMÉRIDE

Hoje, é o "Dia do Idoso"
E eu, nos meus oitenta e cinco,
Julgo-me, um ser bem ditoso,
Apesar das "dores" que sinto.