Sendo eu, simples poeta,
Celebro hoje, o meu dia.
Serei também, um profeta,
Ao assumir, certa ousadia,
Aquela, de denunciar,
A paga que se devia,
"AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR"
Cerca de dez mil, identificados
No extenso muro do Bom Sucesso,
Única forma de serem lembrados
Os ex-camaradas, sem regresso.
A forma que lhes foi dada,
Escassa para o supremo sacrifício
E até essa, ficará esfumada
Quando o esquecer, for vício.
A História, não os apaga
E dela farão parte integrante.
Na memória dos seus, a chaga.
Mas a vida ... segue adiante!
É pois, neste feliz prosseguir
Que ouso lançar uma petição.
Diariamente, antes de dormir,
Não se esqueçam der pedir perdão.
No capítulo dos que regressaram,
E nesses me incluo, Graças a Deus,
Pergunto, quantas vezes nos louvaram
Os governantes, políticos ateus?!
Aí temos, uma nova legislatura.
Nuncá é tarde para saldar dívidas.
Pois que haja, uma só criatura
A sepultar, vergonhas antigas.
Plenário na Assembleia do Povo.
Eu, como Deputado, vos diria:
"Vamos criar algo de novo,
Curar o que é uma heresia"!
Emitir, o "Cartão do Combatente"
Ao que for vivo e ainda resista.
Também, um emblema, correspondente,
Símbolo de respeito, a que se assista.
Explícito, no verso desse cartão,
Ficará escrito que o seu possuidor
Merece o respeito de cidadão
Que à Pátria dedicou, amor.
E lhes serão devidas atenções
Mercê dos antigos sacrifícios
Sem contudo, merecer perdões,
Tendo em conta, eventuais vícios.
"Senhores Deputados,
Estando aberta a sessão,
Não permaneçam sentados.
Qual de vós, levanta a questão"?!
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