No meu jardim
floresce
um perfumado rosmaninho.
Não o quero só p'ra mim.
Por isso ele se oferece
num pequno raminho...
a você ... que me lê!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
No meu jardim
floresce
um perfumado rosmaninho.
Não o quero só p'ra mim.
Por isso ele se oferece
num pequno raminho...
a você ... que me lê!
("Neste Lugar Onde Nasci")
O ridículo da questão
é que era compreensível
a verificada confusão.
Para "eles" impossível?
Na actual rebaldaria
em que ninguém se entende,
é pergunta da maioria:
"Afinal, o que se consente"?
Só a uns ou no seu geral?
Estão aí, os "Santos Populares".
Grandes enchentes em Portugal.
Será caso de mais azares?
Já estarão a pensar nisso,
com toda a maior atenção.
ou de novo a "encher chouriço"
o senhor da Administração?
A Banca está corrompida
com maleita expandida
desde os balcões aos Gestores.
Antes, era sempre a encher.
Agora, como não podem perder
quem pagará aos Doutores?
Será de novo, o pobre "Zé"
contribuinte, "rapapé",
a suportar mais prejuízo?
O mal já chegou à Madeira
e estuda-se então a maneira
de colmatar, a falta de siso.
Como a moléstica é endémica,
arranjem maneira académica
de solucionar tão grande mal.
País de têsos, com tantos Bancos?
Ide antes, fabricar tamancos
e reduzam a Banca em Portugal.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Proíbido consumir na rua.
Pois sim! E quem actua?
Críticos do mal em Lisboa.
Tiveram no Porto, coisa boa?
Andamos a cumprir exigências
e a outros oferecemos cedências?
Mais uma enorme "bacorada"
no vale pouco ou nada!
Com elevada competência
a Ministra da Presidência
até anunciou umas bolhas
para conter os adeptos.
Não sei que motivos afectos
mas só vi, saltar as rolhas...
Com tanta bebedeira,
surgiu, a bandalheira!
Tripeiros mui ilustres (?)
não estando pelos ajustes,
garantiam com firmeza:
Nada no Porto seria igual
ao ocorrido na capital...
Foi bem pior, tenham certeza!
So vieram comprovar,
já estávamos convencidos.
Arruaceiros a evitar,
sobejamente conhecidos.
Quem aurorizou a presença
"limpe as mãos à parede".
Nunca terá recompensa,
a "porcaria" quando fede.
Mal que temos já nos basta
e ter de aturar terceiros?
Quando a praga é nefasta,
fora com os estrangeiros!
Atitudes de nojeira,
gestos de pura indecência,
são produtos da bebedeira
ou educação de indigência.
Foi o que tivemos por ali,
antes e depois da festa.
Não gostando do que vi,
repudiar, só me resta!
Para gente deste cariz
fechem as portas do país.
Alarves do nosso país
talvez tivessem considerado,
deferência de boa raíz
o convite endereçado.
Apenas mediram os prós.
Tacanhos não viram contras.
Como diziam meus avós,
"Parecem moscas tontas"!
A Champions em Portugal
num período de tanto mal?
No tempo da "tal senhora"
havia três negócios rentáveis.
Não se falava em penhora
e os gerentes eram notáveis.
Farmácias, bancos e tascas
nunca entravam em falência.
Era o tempo das coisas rascas
mas havia uma certa decência.
Veio depois a tal revolução
com boas intenções de doutores
que no aproveitar da situação
se encheram de bons valores.
"Pés-rapados" bem espertos,
alguns vindos das "berças",
com padrinhos e bem cobertos,
passaram à classe das bestas.
Viraram tudo do avêsso.
O impensável, aconteceu
e onde havia algum progresso
esse mesmo, desapareceu.
Gritante incompetência
chegou através da Banca
com fraudes por inerência
que nem o Estado estanca.
E nós somos o Estado
por tal, pagamos pelo seguro.
Os tais, deviam levar no costado,
arrochadas de pau duro.
Onde iremos nós parar
com a gatunagem a aumentar?
("Neste Lugar Onde Nasci")
O cenário era mais que certo.
Nem precisaria ser esperto.
A bem da Economia
pagamos a rebaldaria!
Já importámos dejectos
e agora estes adeptos?
A troco de uns patacos
que beneficiam alguém,
perdemos o bom que se tem.
Somos mesmo, caricatos.
E, não percebo a razão
para tão má situação.
Clubes ingleses na final,
porque não ficaram por lá?
Tiveram de vir até cá
só para espalhar o mal?
Com culpa sempre do mesmo,
será, aumentar a esmo!
Adeptos ingleses no Porto.
Quedo-me, como absorto,
pensando com meus botões:
"Mas afinal o que é isto"?
Como pode, no mundo de Cristo,
acontecer, uma tal situação?
Eles e elas, todos à molhada
bebendo cerveja bem gelada
e em largas profusões.
Qual Covid, qual quê?
Por aquilo que se vê
iremos ter grandes confusões.
A procissão vai no adro
e sem mostras de resguardo,
o que teremos em seguida?
Bem espero estar confundido
mas o que tem acontecido
terá resposta, de má medida!
Oxalá que não.
A "bem da Nação"!
Sabendo que um irá perder,
o que daí irá acontecer,
até pode tirar-nos o sossego.
Só alguém, muito labrego,
não fez juz, à previsão
e deixou ... "encher o balão"!
Não nos bastava o nosso mal
tivemos de "importar" tanto animal?
Responda senhor Ministro:
Afinal, o que é isto?
O que a nós foi interditado
é permitido aos ingleses,
transformados em "maus fregueses"?
Não poderia ser evitado?
A tandência será para piorar.
A quem deveremos culpar?
Quem permitiu esta final
deverá ser tomado como anormal!
Sou do velho tempo antigo
em que a 4ª. classe era meta.
Como severo castigo,
aí ficavam, os sem "cheta"!
Como que uma distinção
entre os pobres e os ricos.
Para uns, o fim da Educação.
Ofícios, os únicos fitos.
Os mais finos continuavam
nos bons Colégios e Liceus.
Para doutores lá estudavam
sem darem graças a Deus.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Do Presidente aos banais,
todos falam, de mais ...
Para dizer ao que se assista,
será necessário uma Ministra?
Devagar, devagarinho,
melhor, só mesmo parado.
É este o meu caminho
porque me sinto cansado.
Até a vida me cansa
mas não desejo morrer.
Nos dois pratos da balança
escolho o que pesa, Viver!
Para ingleses não há contenção.
Têm livre circulação
sem máscaras e à balda.
Contrariando boas normas,
veremos de que formas,
a citada festa se salva!
Cinco milhões por ano?
Mal gasto tanto dinheiro.
Chega a ser desumano,
em favor de arruaceiro.
A PSP não irá estabelecer bolhas.
Veremos o resultado, ao saltar das rolhas...
Sem acesso às bilheteiras,
ficam apenas nas bebedeiras.
Sentado no meu "tropeço"
só quero o que mereço.
Não me queiram obrigar.
Decerto irei protestar
com veemente rigor,
contra todos, sem favor.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Dá valor ao que recebes
de bom grado pela oferta.
Com sede a água que bebes
da secura te liberta.
Conforme melhor se ajeita,
PSD, não é de Direita.
Quem o diz, o senhor Rio,
palavreando no tal Congresso.
Baralhado me confesso
e com gozo, até sorrio ...
Temos cá, ministros assim
com desempenho ruím.
Do que fazem pouco preste?
Os Kamov, golas anti-fogo,
Zmar e tanto mais logro,
até sem esquecer o Siresp?!
E continua com aval,
apesar do tanto mal?
A "Feira dos Sabores"
do Tejo, assim dita,
é merecedora de louvores,
tal como ´foi descrita.
Dela ausente, pena minha,
lamento a ausência
mas, "Poeta de Sarnadinha",
tenho presente a essência.
Dos sabores da nossa terra.
Manja simples ou casamenteira,
a memória não se encerra,
à gastronomia desta Beira.
Tem uma extensa lista
primando pela simplicidade.
Não há quem lhe resista,
falando da qualidade.
Quem alguma vez provou,
aquelas "sopas de boda",
poderá dizer que não gostou,
que não a comeu toda?!
E o cabritinho no forno,
bem tostado, tão cheiroso ...
Dele pedimos retorno
bem assim, do queijo queimoso.
Sobre enchidos, temos dito:
Morcelas, chouriças, paínho ...
do mais alto gabarito.
Até o próprio toucinho!...
E os sabores do rio?
As sopas do nosso peixe
que se fazem ao desafio
e delas ninguém se queixe?
Se já falámos do conduto
dessas tantas iguarias,
aos doces rendo tributo
àquele das mais-valias:
Tigelada!Haverá doce melhor
do que tal especialidade?
É bem nossa, sim senhor,
reconhecida com verdade.
Nesta virtual refeição
teremos de mencionar,
a qualidade do nosso pão,
do trigo ou centeio (por azar).
Bem quente, à saída do forno
faz crescer água na boca,
Quem dele fosse senhor,
nunca era, coisa pouca.
E tudo levado a preceito
como recordo, bem e agora,
desejando, "um bom proveito".
"Vamos almoçar, tá na hora"!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Aquele que tão pouco faz
por não saber ou ser capaz
tentará só dizer o mal
de quem lhe faça concorrência.
Criticar com insistência
é pois, uma tónica habitual.
Nos políticos sem excepção,
sem emenda nem contenção.
Aí os temos bem à vista.
Haja quem lhes resista.
Aqui criei as raízes
que me firmaram à terra.
Onde vivi momentos felizes
que uma vida encerra.
Por aqui quero ficar
em cinzas, que pedirei
a alguém para espalhar
nos sítios por onde andei.
E se o futuro antevejo,
um querer agora expresso.
Pois que repouse no Tejo.
Por favor, é quanto peço.
Encaro a ida com naturalidade
tal como a vida, nesta simplicidade.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Para uns quantos parodiantes
do tal pontapé na bola
sofrem outros, maus instantes
sem terem culpas na cartola.
Responsáveis sem visão
deram aval à situação.
Exigiram tantos sacrifícios
e agora, só desperdícios?
A estupidez paga-se cara
quando a inteligência é rara.
Pandemia à solta em Lisboa?
Não será coisa boa!
E o Bairro Alto
assim, tomado de assalto?!
Meus versos são a minha voz.
Com eles digo coisas d'amor
e de forma mais atroz,
escrevo, malefícios e dor.
Tantas e tantas saudades
em parágrafos as decrevi.
Foram poucas as bondades
tantas, aquelas que não senti.
Idos os imaturoa anos
por sacrifício, nova escrita.
Voluntário, colhi danos,
chorei a minha desdita.
Recomposto, nova vida,
a dois a três, a quatro,
no conceito família activa
e a Deus, fiquei grato.
Muito fiz, falta o livro
que escreverei como espero.
Justificação, p'ra que sirvo
na linha do que bem quero.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Até Platão, antes de Cristo
já menosprezava a Política.
De igual modo, ao que assisto,
nada vejo, em que se glorifica.
Aquela final da Taça ...
redundou numa trapaça
por má decisão arbitral.
Poderia ser um bom jogo
mas tropeçando no logro,
foi má, a Taça de Portugal.
Albarracím, o teu ventre
do qual nasces na vertente.
Simples fio de água apenas,
nado pequeno mas crescendo
sem parar, sempre correndo,
com águas limpas e serenas.
Tajo em Espanha baptizado.
Assim o quiseram registar.
Te visionei em muito lado
no meu errante peregrinar.
Delícia de Reis em Aranjuez
aprisionado em palácio faustoso,
ainda nem sonhavas ser português.
Eras apenas, um rio do gozo.
Prosseguindo veloz sem medo
no teu leito tão peculiar
te encontrei um dia em Toledo,
antiga capital, a rodear ...
Já perto de nós em Almaraz
visto ao longe na distância,
a central atómica,juz te faz,
arrefecida na circunstância.
Ainda em Alcântara, na ponte
que foi fronteira de Romanos,
um mal se te aponte:
A barragem tem seus danos.
Vi-te sujo, tão sem graça
talvez porque sendo Verão
essa tua água não passa.
Eras só, ribeiro, na ocasião.
Daí em diante e solto
já és nosso, mais verdadeiro.
Passas, ao Tejo revolto,
um grande rio, por inteiro.
Ródão te espera nas viagens.
Aqui, tenho a chave das Portas
que se abrem entre margens
para as tuas grandes rotas.
Aprisionado por barragens,
livre no abrir das comportas
nos dás, magníficas imagens.
À Poesia nos transportas ...
Tão nosso encantamento!
Por onde corres és visitado,
no caudal do sempre aumento,
por tesus "filhos", acrescentado.
Locais tão bem marcantes
como Almourol e Barquinha,
quando deslizas por Abrantes,
adubando, a zona ribeirinha.
O mar, teu pai, te reclama
para ele te apressas na ânsia.
Ao Poeta que te deu fama,
a homenagem em Constância...
Nada mais devo acrescentar
à tua enorme grandeza.
De cada ponto ou lugar,
deixaste, a boa certeza:
És o maior rio de Portugal
nascido em terras de Espanha.
Por enorme, interrnacional,
com o bem que daí advenha.
De Tagus na Mitologia
a Tajo passou seu nome.
Para nossa mais-valia,
Como Tejo ele se tome!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Afinal o que nos importa
se é esquerda ou direita?
Endireitar a coisa torta
e surgirá, obra bem feita.
Deixem-se lá dessas tretas
pintadas com lindas cores...
as nossas vidas estão pretas,
desejando melhores valores.
Lutem por eles em pleno
sem paleio desnecessário
porque o povo, mesmo sereno,
está farto de ser otário!
Vila Velha,tens passado
renovada no presente
como algo bem desejado
no alegrar a tua gente.
Da Senhora d'Alagada
recebes benção divina.
Vila pobre mas honrada
que bosn costumes ensina.
À serra alta te encostas
tendo o Tejo a teus pés.
Orgulhosa no que mostras,
apesar de "velha" que és.
Por isso te quero tanto
e mesmo não sendo minha
cobres bem, com o teu manto,
o meu lugar de Sarnadinha.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Comissões de inquérito
a interrogar figurões
são desprovidas do mérito
de quaisquer conclusões.
Sem vergonha, os inquiridos,
gozam com os parlamentares
e não lhes são atribuídos
os encargos, exemplares.
Salgados, Vasconcellos, Pinhos,
Berardos e quantos mais?
Todos "bons rapazinhos"
filhos de muito maus pais.
Abusaram da sua festa
e agora o que nos resta?
Um aumento da pandemia.
Era mais que previsível
e o mal tornado possível
não compensou a alegria.
Conclusões, as que restam?
Porque verdes, não prestam!
Fui registado, Silvério Dias
um fazesor de poesias,
tão simples como eu.
Não pretendo ganhar o céu.
Sou beirão da serra
com o bom que tal encerra.
Vim para a Grande Cidade
em momento de tenra idade.
Homem bem cedo,
na vida sem medo,
tive bons e maus momentos,
alegrias e alguns lamentos.
Virtudes (muitas) ganhei,
na vida militar que abracei.
Por ela andei na luta,
inglória, de má disputa.
Do Ultramar. diz a História
e me ficou na memória.
Liberto por vontade própria
procurei nova "paróquia".
Profissão, "cavaleiro andante".
Hoje aqui, amanhã distante
o que me fez conhecer Portugal,
tão pequeno e desigual.
Adorei todo po percurso
mas não tive outro recurso.
Como a idade não perdoa
deixei de correr à toa ...
Agora, sentado na tropeça,
permita Deus que lhe peça
Dai-me saúde bem merecida
pelo muito que fiz, na vida!
("Neste Lugar Onde Nasci")
É bom viver em Leceia
com estatuto de aldeia
mas perto dos grandes centros.
Aspirar o vento que sopra,
olhar o Tejo que além se topa,
esquecer, os males, sem lamentos.
Passo a passo, pisando forte
sigo em frente para o Norte.
É lá que estás e me esperas.
Uma vez reencontrados
e num abraço enleados,
inventaremos mil quimeras.
Ma voltamos ao Sul
onde o céu é mais azul.
Sem ligar aos pontos cardiais
nos iremos sentir bem
neste amor que nos convém
prolongar. Nunca é demais.
De novo enxovalhadas
as nossa Forças Armadas
negada que foi a presença
de dirigentes credenciados
que se sentiram humilhados,
aumentando a descrença.
Sem acesso à Assembleia
solicitada como plateia
à renovação da nossa "tropa".
Casa da Democracia?
Que irónica fantasia ...
eivada de tanta galhofa?!
Calados que nem ratos,
omitiram estes factos.
Militar ontem e sempre
com estatuto independente.
Liberto da sujeição,
só um dever a cumprir
e todo o mal a suprir
no seu servir a nação.
O devido ao nosso povo.
Desde sempre, nada de novo!
Nunca subordinado ao Poder
seja ele de quem mandar
porque um distinto militar
não terá que lhe obedecer.
O contrário a esta condição
será sempre, injuriosa sujeição!
A pandermia veio revelar
o que andava escondido.
Bons motivos para acusar
quem esteve distraído.
Procurar noutros lugares
o que tenho no meu país?
Livrai-me desses vagares
porque aqui sou bem feliz.
Tinha nome de santa
a minha santa mãe.
Por isso não espanta.
Deus, consigo a tem
Meu pai não era devoto.
Trabalho, a sua missão.
Mas sempre deu o voto
à mãe, na sua oração.
Interessante pois referir
esta famíla engraçada
e até poder aferir
não ser a Família Sagrada
Mas pobre e abençoada.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Com "lógica da batata"
ou de forma abstracta
se fazem as distinções.
Entre a Taça de Portugal
e a outra tão especial,
dita como dos Campeões?
Sem público a Portuguesa
com assistência a Inglesa?
Vivo num país de vigaristas.
Uns encobertos e outros às vistas.
No vender a "banha da cobra"
o tempo nunca lhes sobra.
Povo que se arvora Estado
no matar fome a necessitado
só mesmo aqui entre-portas.
Crescem Bancos Alimentares
colmatando os azares
porque temos políticas tortas.
Viabilizar novo Orçamento
com o actual por cumprir
será mau descaramento
que nos obriga a sorrir ...
Vendedores de banhas
do setecentos e sessenta
é um ver se t'amanhas
que muito se lamenta.
Regresso às origens
calmamente sem vertingens
no "pouca-terra" da Beira
como era antigamente.
Recordação bem presente
a durar uma vida inteira.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Como um seu filho
não devo esquecer
quando com brilho
esta aldeia me viu nascer.
Brilho esse todo meu,
feliz por ter nascido
e porque quem nasceu
terá o Destino cumprido.
Assim, dei continuidade à vida,
tudo procurando fazer.
Sendo ela tão comprida
cumpri bem o meu dever.
Acrescentei-lhe descedência
para perdurar no tempo.
Alguém tenha a deferência
de aumentá-la, a contento!
("Sou filho desta terra")
A Ministra da Presidência
o que realiza na inerência?
Ao "segurar" o Cabrita
toda a Oposição se agita.
Na prevista remodelação
quantos deles sairão?
Agricultura e Ambiente
bem aceites no contingente?
E o senhor da Defesa
é também boa certeza?
O oiro da nossa terra
é tirado da oliveira.
Sob a forma de azeite
é tempero ancestral
do melhor em Portugal
e por todos bem aceite.
É hoje e celebrado.
Até tivemos a nosso lado
o filho que fez visita.
Regressou, deixando saudade.
Voltará na oportunidade.
Família é tudo e bendita.
Indemnização compensatória
Para alguns, uma vitória
como no caso do Siresp.
Onze milhões aos cessantes
de que nós somos pagantes
por algo que não preste?!
Os bons contratos do Estado
que fica sempre mal-tratado!
No espaço do tempo
na lonjura da distância
és tu que me esperas
e eu te desejo encontrar.
Quando separados
conjugamos a saudade
e na ânsia do regresso
é tanta a minha pressa
que por vezes tropeço!
Depois,
trocamos beijos, os dois.
"Um excelente ministro".
Quem porventura ouviu isto
soltou viva gargalhada.
Será a anedota do ano.
Sem falhas de qualquer engano
o fulano não vale nada!
A "onda verde" foi crescendo
ao longo daquele dia
e ninguém estava vendo.
Todos a sofrer de míopia?
Mas que país é este
a que estamos sujeitos?
De bem, pouco que reste
mal cuidado pelos eleitos.
Submetidos à descrença
governando sem carisma
nada dão que nos convença.
Esta a terrível cisma!
Com tantas incompetências
arvoradas em excelências
se vai governando o país.
O "chefe" todos enaltece
mas o descalabro acontece
revelando o mal da traíz.
Não surgiu o impossível.
À partida era admissível.
Deixaram o mal acontecer
com culpas para alguém.
Multidões quem as detem
sem força ter de exercer?
Aconteceu em Alvalade.
Fora do estádio a novidade.
Na vasta "selva urbana"
"leões à solta"em desacato
num cenário bem caricato.
Baixeza da natureza humana.
Comemorar assim uma festa
com atitudes de besta,
não dá para entender.
Registar a má organização
que não ligou à manutenção
o que nunca deveria acontecer.
Maus efeitos adquiridos
com intervenientes feridos.
Outras mais consequências
poderão vir a surgir.
Bastará apenas conferir
a divulgação nas conferências.
Mas viva o Campeão!
Afinal era essa a questão.
Sem a minha poesia
tenho a vida vazia.
Será de fracas valias
mas com a mente desperta
sinto ter a porta aberta
e escrevo todos os dias.
Quando um coelho bravo
invadiu a minha horta
senti o amrgo travo
de ter a vida mais torta.
Imposições de "troikianos"
complicaram-nos a vida.
Acumularam os danos
na existência sofrida.
Pagámos com língua de palmo
e já libertos do susto
confiámos num bom salmo,
bem desejado e mais justo.
Veio cheio de promessas
e perfumado com rosas.
A vida de novo às avessas
com outras manobras manhosas.
Continua a malvadez
neste país tão desigual,
culpa do pobre português
por ter nascido em Portugal
Para dar sentido à fábula
reponham o que roubaram
ou isto não passa de rábula
onde vígaros se amanharam.
Os do quero, posso e mando
à bruta sem modo brando.
Chamam a isto Democracia?
Prepotência quanto a mim
e a pedir melhor fim
a que provoca a azia! ...
Vestem a capa dos vigaristas
e sorriem nas entrevistas.
Não nos convencem com palavras.
Queremos obras bem executadas.
Só na sua preparação
gastaram acima de um milhão.
E alojar tantos ilustres?
Faço ideia que despesa!
Tudo à grande em beleza
sem problemas nos ajustes.
Dali o que resultará?
Tudo fica como está?
Fim do estado de emergência
parece levar à demência
multidões de desvairados.
Oxalá eu me engane.
O Diabo que se dane.
Mas há que ter cuidado.
Quanto a Cimeira gerar
veremos o que irá parir.
Permitam-me duvidar
e até com gozo, sorrir ...
Quantas, já presentes
com resultados ausentes?
Vigaristas ardilosos
alguns com nomes famosos
sacam dinheiro à Banca
e não lhe pagam o que devem.
As dívidas até prescrevem
o que deveras os encanta.
Como alguém terá de pagar
e ao Zé que se vai cobrar.
Viva a rebaldaria
nesta nossa Democracia.
Europa Unida e tão desigual
agora reunida em Portugal.
Assim parece. Há motivos
e deles se queixam os nativos.
Tantos são os maus exemplos
logo na hora e nos tempos.
Quantos casos a registar?
Tantos para lamentar ...
Por parecer do tribunal
aquela ordem foi ilegal.
Retirar todos os migrantes
que a requisição permitiu.
Cenas assim quem as viu
fazem lembrar tempos distantes ...
E dizem viver em Democracia.
Que perniciosa fantasia.
A mãe da corrupção, é política.
E o pai quem tal será?
Não aquele que se sacrifica
e o seu nome honrará.
Portugal é porta de entrada.
Acabar com a "marmelada"
é imperioso e urgente.
Senhora da Agricultura
seja consciente criatura
e actue, valentemente.
Aliciando os madraços
a darem vida aos braços
no trabalho em Odemira
onde a falta de mão d'obra
é preguiça que nos sobra.
Caso que não nos admira.
Criem as boas condições
e resolveão tais questões.
Deixem estar os imigrantes
nas suas terras distantes.
Vitória! Cimeira histórica.
Dito assim de forma efusiante.
Se não passar da retórica
será apenas frustrante.
Cimeiras de muito paleio
não trazem nada de novo.
Deixam crédulos em enleio
e vão enganando o povo.
Será esta bem diferente?
Esperar p'ra ver, minha gente.
Chega a parecer caricato
que um belo retrato
reuna a boa gente
que discute o bem social
e logo aqui em Portugal
onde a mesma anda ausente.
Pedimos sérias meças
às inevitáveis promessas.
Dia Nacional do Azulejo.
Sinto orgulho quando os vejo.
Damos exemplos ao mundo
numa arte bem antiga.
Temos muito que se diga
nesse valor tão profundo.
"Somos referência europeia
no combate à pandemia"
Aproveitando a boleia,
ultrapassem a anomalia ...
Tantas e insultuosas,
algumas bem danosas.
Regabofe de publicidade
chega a ser uma maldade.
Um mal cortado à nascença
evitará que ele vença.
O que não acontece por cá.
Andam ceguinhos de todo
e assim, nesse mau modo,
o imprevisto surgirá.
Os bairros na clandestinidade,
migrantes em quantidade,
tudo a somar e à vista.
Negligentes, os responsáveis
alheados de males prováveis?
Haverá quem resista?
Às quatro da madrugada
e à força deram entrada
por ordem do Poder vigente.
Há nódoas que permanecem
e nem jamais se esquecem.
Quando tudo é deprimente.
O Novo Banco mal gerido
e os gestores são premiados?
Aí está um bom motivo
para todos serem vaiados.
Prémios de gestão
a Banco com prejuízo?
Na minha opinião
é uma falta de juízo.
Minha língua, Pátria Amada
que por tantos és falada
com a essência do teu valor,
no mitigar mil saudades,
na distância e nos alardes
também na palavra AMOR! ...
Porque hoje é o teu dia,
o saudamos com alegria.
Todo o consumo paga imposto
o que me deixa mal-disposto.
É o que como ou utilizo.
Pago tudo bem se entenda
sem apelo nem emenda
o que me rala o juízo.
Vivo de modesta reforma
e não tenho qualquer retoma.
Muito antes pelo contrário.
Pago um excessivo IRS
imposto que não se compadece
e me transforma num otário.
Porque cidadão exemplar
nem procuro como me safar
das teias da "roubalheira".
O destinado às féria
vai todo para essas lérias.
Com mau jeito, à maneira!
É triste mas bem real
o mal que existe em Portuga.
Muita gente bem sabia
o que se passava em Odemira.
E o Governo desconhecia?
É isso que me admira.
Se não fosse a pandemia
não acabava a rebaldaria!
"É problema com vários anos"
segundo ilustre criatura.
E deixaram acumular danos,
senhora Ministra d'Agricultura?!
Já ultrapassei os oitenta
não consigo estar parado
como se tivesse quarenta.
Fico logo, bem cansado.
As pernas bem querem andar
mas o pulmão não consente.
Assim como poderei chegar?
Serei sempre um ausente.
A velhice
é uma chatice!
Uns certos inteligentes
ainda não perceberam
que por tão insistentes
os seus rivais mais cresceram.
Falo do Chega em concreto,
constantemente citado.
Com um líder bem esperto
vai conquistando eleitorado.
Por vezes é melhor calado
para se chegar a bom lado.
Descrevo o "meu universo"
de modo simples e em verso.
Comigo, amor de criança
o maior bem conquistado.
Casa própria, jardim pegado,
onde me sinto em bonança
Posso dizer, "sou feliz".
Cresci, alimentando a raíz!
Cuspiram no prato da sopa
que amavelmente servi.
Foi como lume na estopa.
Desagrado? Bem o senti.
Recebe com um sorriso
tudo o que te for dado.
Agradecer, será preciso
e mostra que és educado.
Se não aumentam salários,
baixem o custo de vida.
Os argumentos são vários.
Estudem bem a medida.
Não sou um simpatizante
menos ainda, militante
ou filiado em Partido.
Vivo em liberdade plena
mantendo a alma serena,
em nada, comprometido.
Assim sendo, isento,
compreenderão, o meu intento?
E o país já respira ...
Não acontece em Odemira´
o que nem causa surpreza.
Qualquer pessoa sabia
como por lá se vivia,
aparte. qualquer esperteza.
Falhou o Governo, porventura.
Ministério d'Agricultura
deveria ter conhecimento
que multidão de migrantes
nas suas vidas errantes,
constituiam, um tormento.
Entregues à sua sorte
Causaram um certo desnorte.
A resolver às pressas,
mesmo sem pedir meças!
É tesouro de quem o tem,
jóia de rara beleza,
o eterno amor de Mãe,
símbolo da maior riqueza
Com três letrinhas somente
se escreve a palavra Mãe.
Da minha já estou ausente,
pois Deus, com Ele a tem.
"Ó papão vai-te embora
do cimo desse telhado.
o meu menino, está na hora,
do soninho descansado"
Assim minha mãe cantava,
quando o berço embalava.
O meu limitado saber
não consegue entender,
como ser possibilitado,
edil suspenso de funções,
concorrer às eleições
e logo, para o mesmo cargo.
Sem embargo,
apetece dizer, "carago"!
Mesmo sendo Independente,
acho que é, indecente!
O que se passa em Odemira
sem espanto, nem admira.
É, autêntica rebaldaria,
à qual não se ligou
e a ninguém preocupou.
Surgiu agora, a "azia"!
Migrantes descontrolados
sem serem contabilizados
vêm trabalhar nas colheitas.
Uns legais, outros nem tanto.
Daí, até ao desencanto,
será um ror de maleitas.
Mais grave, a da pandemia
que vitimou uma maioria.
Sem alojamentos capazes,
higienes duvidosas,
não será, um mar de rosas,
a vida desses rapazes.
O Governo, algo alheado,
agora com o caos instalado
tomou uma insólita atitude:
Requisitar ao privado,
o que não tem o Estado.
Haverá nisto, virtude?
Não fosse esta pandemia,
até onde, a rebaldaria?...
Criei o meu universo
e o explico em verso.
Recordo a meninice,
a juventude descuidada,
a sensatez declarada,
momentos bons e, a "chatice"!
Em sequência continuada,
a dextra nunca parada.
Escrevo, compulsivamente
como vício adquirido
e, no tanto já vivido,
nunca parei, segui em frente.
Pés na Terra, mente na Lua,
assim o meu cérebro actua
neste mundo que criei.
Fazer versos, é já vício,
tenho isso como ofício,
estabelecido, como lei.
Sou do género, "deixa andar",
quem vier, feche a porta.
Porque me irei eu ralar
se a coisa já nasceu torta?
Maio, mês do coração
e de muitas tradições.
Também da Aparição
a motivar orações.
No Dia do Trabalhador,
trabalhador não trabalha.
Parece um grande senhor
que pouco faz e muito ganha.
Maio, é o mês do coração.
Já sinto o meu cansado.
Teve grande sujeição
por tanto eu ter amado.
Sempre a mesma namorada
que não teve culpa de nada.