Construi a minha vida,
Com senso, peso e medida.
Na base dos meus proventos,
Nunca ultrapassei o limite
Que o orçamento permite;
Jamais, emiti culpas ou lamentos.
Julguei, após moderação e sacrifícios,
Viver a velhice com os obtidos benefícios,
Mas um tal ladrão, parece empenhado
Em destruir o meu sossego,
Na divulgação, que não é segredo,
De subtrair, parte do amealhado.
Qundo, forçado a incumprimento,
Como ultrapassar tal momento?
Liquidar quem tanto nos oprime?
Farto da vida, jogá-la fora?
Não! Porque ela é bem; não se ignora!
Também, sendo cristão, não cometo crime.
Me dizei então, senhores do Mundo:
Se a vós é devido, este poço sem fundo,
Como resolver a minha vida?
Quereis, os meus ossos enfraquecidos,
Ou o resto dos bens ainda esquecidos,
Se já vos dei, a carne tão sofrida?!...
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