Tivera eu, um grande coração
E, todo ele, seria p'ra te amar!
Fico triste, nesta frustração;
Ele é tão pequeno, no seu dar!...
Houvera em mim, elevados dons
Que pudessem fazer-te feliz...
Ter as mais belas cores e tons,...
Um desejo que sempre quiz;
Pudera ser poeta laureado
Para te elevar, em verso;
Tu, um ser, sem nada errado
E eu, poeta-menor, me confesso.
Quizera ser ainda e, também,
Pintor de fama consagrada
Para com fino traço, fixar-te bem
Na tela em que serias retratada.
Quem me dera, ter voz de tenor!
Cantar-te, em ária bem sonora,
Como vive em mim, esta amor,
Tão antigo e certo, hora a hora.
Do tanto querer, Deus não me dotou;
Fez-me, simplesmente, assim...
Aceita-me pois, tal como sou
E, te peço: - não tenhas pena de mim!
Sem comentários:
Enviar um comentário