Como uma causa nobre,
Pode morrer tão pobre!...
Tive, como patrão, um grande Homem!
Beirão como eu; virtudes iguais.
Defeitos? Os tinha, de todos os mortais;
Bons exemplos? Muitos se lhe tomem.
Por verdadeira ou suposta caridade,
Participei, várias vezes, na sua bondade:
Distribuir, aos que o serviram, no tempo,
A Ceia de Natal, concentrada em cesto,
Atitude que me marcou, pelo gesto;
Mais tarde suprimida,... com lamento!
Porque vieram os tempos da mudança
E, tudo morre menos a Esperança,
Aquela atitude de dádiva, findou!
Deixei de participar no encantamento
Em que me julgava, mago do Advento,
Pela entrega que alguém esperou...
Não reprovei a cessação; mas a ausência,
Justificativa e respeitosa, por inerência.
Uma simples mensagem, tão sómente,
A divulgar o porquê das mudanças impostas!
Porque não fazê-lo, de mãos postas,
No pedir desculpa, áquela boa gente?
Pois se era sempre pelo Natal
Que se elevava, o nome Atral!...
E quando as gratidões manifestas,
Eram tidas como um reconhecimento,
Imperioso seria, recordar o momento.
Bastaria, um cartão de Boas Festas.
Mal aconselhado, algo falhou áquele beirão;
O tal conterrâneo e bom patrão!
Mas quem serei eu para criticar?
Não é o que faço, valha-me Deus!
Apenas senti tristeza, por um dos meus!
Nós, os beirões, somos rigorosos, a julgar!
O Senhor Comendador, Sebastião Alves, descansa
em paz, desde 18 de Janeiro de 2012.
Sem comentários:
Enviar um comentário