Centenárias, à beira Tejo
Como dádiva da mãe-Natura
Me enlevo, quando as vejo,
Em longevidade que perdura;
São as oliveiras d'Alagada,
Abençoadas pela Senhora,
Na capela, ali encimada
Com mensagem redentora.
Retorcidas, com rugas lenhosas
Que lhes comprovam a idade,
Continuam, firmes e orgulhosas
No garante de utilidade.
Vem de tão longe, a valia!...
É bom que ninguém a esqueça:
Quando, candeia se acendia,
No cumprir duma promessa.
O azeite, era a doação
Das oliveiras e dos donos,
Acrescentando a oração,
Pedindo à Santa, os abonos.
Vendo as oliveiras do Tejo
Me revejo na minha infância,
Poia ali, tive grato ensejo:
Conhecê-las, na exuberância!
Hoje, reafirmo o que já disse;
Enlêvo na imagem ditosa!
Há que respeitar a "velhice",
Quando válida e proveitosa!
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