terça-feira, 30 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Sinto desgosto por ser assim
Distribuo azia a esmo
Mas não tenham pena de mim
Vivo bem comigo mesmo.

GUERRAS

Senti os efeitos de guerras passadas.
Da "Grande", e extremada carência.
Se viveu, dos poucos e dos nadas.
Racionamento? Tive a experiência!

O desejado, que não se comia,
Pão que se pedia, por caridade,
Simplesmente, porque não havia...
Quantas vezes, incontestável verdade.

Do Ultramar, participação directa.
India, Moçambique, também Guiné.
Voltei, sem a mazela que afecta.
Carente, sofrido, mas pelo meu pé.

Se esta foi, minha cruz a carregar,
Verdade seja dita, conheci mundos
Que de outro modo, nem imaginar!...
A Deus, agradecimentos profundos.

E hoje, esta "guerra"impensável,
Económica, global e estúpida,
Gerada na mente de miserável,
Propagada, como causa impúdica!

Consequência dos gastos inúteis,
Com obras de começo e paradas,
Empresas falidas em causas fúteis,
Vivências balofas, só de fachadas!

Muitas, amontoadas falcatruas,
Dos parasitas que guerras criam.
Dinheiros, mal gastos, nas ruas,
Ideias e cofres,...se esvaziam!...

E, nesta maldita "guerra"
Porque a alma não é pequena,
O povo em uníssono, berra,
"Grândola Vila Morena"!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

As leis querem-se duvidosas
Com várias interpretações
Para que criaturas manhosas
Possam lucrar nas decisões.

CELEBRIDADE

Tem um historial invejável:
Professor doutor, lider partidário,
Primeiro-ministro, colunável,
Presidente da República, binário.

Parte de uma vida, em entrega
À Política deste rincão.
E, porque será, qual a nega,
De o olhar-mos, sem devoção?

FEIRA DE VAIDADES

Eles, "vendem o seu pescado".
A baixo preço, arrematado.
E a carneirada, os segue:
Apoiantes, fotógrafos, jornalistas.
É sempre assim, nas listas.
A hipocrísia, prolifera e fede!

MINISTRO DAS MÁS FINANÇAS

Igual à Teoria de Peter
Que ao mesmo é devida,
A maldade do seu mister,
Lhe deva ser atribuída.

Como pode, por ignorância,
Provocar tanta maldade?
Além de mera substância,
Há que pensar na realidade.

E ela, nos fala bem claro:
Estamos a ficar desgraçados!
Não será, um caso raro
Mas poderiam ser evitados.

Meça, avaliando situações.
Tudo é relativo, nesta vida.
Quem tem escassos cifrões,
Já lhe deu a contrapartida.

Vá buscar, por inteiro,
O que lhe falta no cofre,
Aos vigaristas, ao useiro
Que foge e nada sofre.

Tão fértil de imaginaçoesNa procura de novas receitas...
Essa nova, do Euromilhões,
Deixa as mentes desfeitas!

Tanto! Vinte por cento?
Um Estado sem bom aval,
Prova ter pouco tento.
É inteligente, só no mal?

Apenas corta e nada costura
No seu atelier da moda!
Quem é que o atura,
Além daqueles da sua roda?

E os enganos, tão constantes!...
A sua contabilidade, Excel,
É pior que aquela, d'antes
Chamada, com rigor de cordel.

Não, senhor doutor financeiro.
Ganhe outras formas de gerir.
O povo já lhe deu todo o dinheiro!
E não vê, os juros a subir!...

Se não consegue, largue a Pasta.
Regresse, aos aerópagos da fama.
Por lá, a riqueza é basta
E satisfaz, qualquer... (complete-se a rima).

ÂNSIA DO PODER

Seguramente,
O homem não mente!
Ambiciona o Poder
E com maioria absoluta!
Mas como pessoa astuta,
Admite poder viver,

Com as dita coligações.
São assim, as ambições.
Vale tudo sem limites!
Quem nele puder acreditar,
Não se esqueça, ao votar:
Nem no Diabo acredites!

domingo, 28 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Presidente reduzido a cavacos
Aliás o apelido lhe assenta
Criticado pelos seus actos
De imparcialidade isenta.

ELEIÇÕES?

A quem pede eleições antecipadas
Lhes devem ser bem recordadas,
Todas as que já são do passado.
Me respondam, quais as vantagens
Para além das efémeras miragens
Que nos trouxeram, como legado?

Eleições, sinónimo da mentira!
Da mais descarada, se afira.
Porque enganadora, promete
O que não dará, em certezas.
Antes, um chorrilho de vilezas,
Tão certas, como 3x9 são 27!

sábado, 27 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Este é caso que se lamenta
As casas baixam de valor
E o EMI esse se aumenta.
Onde moras, política do rigor?

PESADELO

Vivemos em pesadelo.
A vida, enrolada em novelo.
Desavenças, lutas de vingança,
Retóricas, comentários, economistas...
Críticas, com todos a dar nas vistas,
E a Paz? Quando se alcança?

NO TOPO

Recordistas de má memória,
Os maiores impostos da História!
A tal nódoa ficaremos ligados.
E constará, da vossa biografia,
Desde o malfadado dia,
Em que nos deixaram empenhados.

EXISTÊNCIA DE VIDA

Há vida
para além da crise,
se vencida,
a luta sem deslize.
Com lamento,
mataremos o negativo.
E é tempo,
de aplicar castigo,
aos que olham seu umbigo,
esquecendo
que além da fartura,
existe o tormento,
da miséria que perdura!

DOUTORES SEM CANUDO

No período revolucionário,
quando tudo era arbitrário,
em processos Làgardere,
quantos doutores se formaram (?)
por juízos que se inventaram?
Quem resolve este mister?

Li algures, que o senhor Barroso,
está ligado, a indício manhoso!...

ANDAR DE CARANGUEJO

Por aqui, nada progride.
Antes, ao contrário, se regride.
Serviços de boa prestação
Se anulam e se complicam.
Outros então, se evitam.
O que era sim, hoje é não!

PRONÚNCIAS

Não é que a critique
Mas a voz off da Sic,
Tem algo de irritante!
Vogal arrastada, porquê?
Ser diferente, já se vê!
Ou apenas, por pedante?

sexta-feira, 26 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

É cravo da mentira
O que trazeis na lapela
A Liberdade mal se respira
Faltando a sopa na panela.

BARALHADAS

No constante, faz e desfaz
Se prova ser contumaz,
De ideias com precisão,
Este baralhar e dar de novo.
No meio, um pobre povo,
Chora, com falta de pão!

RETRATO DE BELEM

O senhor presidente,
É a imagem desta lugar.
Poderia ser muito atraente
Mas não sabe cativar.

Sorriso forçado, enganador.
Discurso, parco de confiança.
Já venerando, caro senhor?
Onde mora a sua pujança?

Figura de bons aparatos,
Jarra florida, decorativa...
Lhe gabo, o corte dos fatos,
Todos feitos, à medida.

Quanto ao resto, que dizer?
Nem a cortar fitas o vêmos!...
Qual será, o seu fazer,
Entre o pouco e o menos?

OS TAIS...

Há ainda, aqueles tais
Que desde o vinte e cinco,
Porque felizardos mortais,
Nunca apertaram o cinto.

Iluminados! Servos do Poder,
Qualquer seja a incumbência,
Conjugam o verbo encher,
Apesar da fraca valência..

Assim, valeu a pena!
Para essa rotativa minoria.
Simplórios, d'alma pequena,
Vinte e cinco, é "Hino à Alegria"

FAMOSOS

Hoje, criatura mediana,
Alcança fátua fama.
Sem talento mas ousada
Se distinguirá, fácilmente,
Na entrega que se consente
Em moral pouco validada.

...com ambos, valendo nada!  

DEMOCRACIA

25 de Abril, a Liberdade?
É uma duvidosa certeza.
Mas posso mandá-los à fava!
É libertina a palavra.
Faz parte da minha lavra,
Onde cultivo, a tristeza!

PEDIDO SIMPLES

Só te peço
um pedaço do teu carinho.
Se o mereço,
com ele, não me sentirei sózinho!

39 ANOS DE DEMOCRACIA

A Revolução foi dada ao povo
e o povo inteiro a cantou.
Um Portugal, nasceu de novo
e todo o nosso povo sonhou.

Mas sonhou alto de mais.
Sonhos, eram apenas e afinal,
Querer viver, honrando os pais
Que pouco tiveram, por sinal.

Porque, da Ditadura reféns,
Não alcançaram meta sonhada.
Nunca chegaram aos bens,
Desejáveis, por vida esforçada.

Herdeiros no prosseguir,
Quisémos elevar a obra,
Num país que ao ressurgir,
Nos desse alegrias de sobra.

Quisémos,...mas não soubémos!

A um ano, de pesadelo antigo,
Tantos, quanto durou a Ditadura,
É ainda presente, o castigo.
Vivemos, em tristeza e amargura!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Não jamais em tempo algum
Se dizia no antigamente
Hoje contados um a um

Dizem sim e tudo mente.

A PROPÓSITO DE ABRIL

Em Abril, águas mil...

Mil promessas nos fizeram
Mas as gentes desesperam
Esperando em vão,
Um tal, Dom Sebastião
Que após o nevoeiro,
Nos traria, o soalheiro.

O povo, crédulo, infantil,
Acreditou naquele Abril,
Desejado em longa espera.
Visionando, da cratera,
O momento da erupção,
Em promissora revolução.

A qual se deu, naquele dia.
Reinventámos a alegria!
Disto e da Liberdade.
Mas em abono da verdade,
Foi um sol de pouca dura...
Vencida, a ditadura,

Lenta, progressivamente
Se castiga a nossa gente!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Aquilo que de mim pensam
E os sinto a criticar
É bom que se convençam
A caravana irá passar.

JUSTIÇA TARDIA?

A prisão de Isaltino Morais
Me suscita: e os outros mais?
A quantos, a cela é merecida,
Por trapaças e roubalheiras?
Será que os veremos, em fileiras,
No cumprir da Justiça exercida?

SENHOR PRESIDENTE

Exercer qualquer presidência,
Exige actos de excelência.
Nem sempre, os desempenha.
Caso recente, nos deu conta,
Da sua inqualificável afronta.
Saramago? Falha tamanha!

Esquecer, o Nobel da Literatura
Porque não gostava da criatura?
Missão, em país estrangeiro,
Ligada à Cultura, se refira,
E omitir os louros sem mentira?
Não é gesto muito lisonjeiro!

terça-feira, 23 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Justiça, tira a venda.
Com a espada, fere ou mata.
Na balança, pesa a contenda,
Pune, quem nos maltrata!

CONTENÇÃO

Bem prega, Frei Tomás,
Igual ao Governo não farás!
Saem dois governantes,
Entram cinco, de seguida.
Com esta genial medida,
Tudo, como em Abrantes!

SEM VALIDADE

Sem real categoria,
Não haverá melhoria.
Esta gente mal preparada
Que da vida pouco sabe
Ou se sofre de insanidade,
Como fazer, obra apurada?

O POEMA NASCERÁ

Com uma flor na mão,
o Poeta diz não
à desgraça
que passa.
Através do verso,
todo o mal perverso,
é sepultado na palavra
que lavra
para semear Poesia.
E, o Poema, nascerá...um dia!

QUEM AQUI MORA

Aqui, mora a comunhão
Entre pessoas p'la mesma razão,
Da longa vida já passada.
Cada um, como cada qual
Pois nem tudo é igual,
Na Obra por Deus criada!

PAI NOSSO

Quero e não posso,
Como num Pai Nosso,
Assim na Terra como no Céu,
Não é feita a minha vontade.
Há por aí muita maldade.
Cabeças ocas e ao léu!

A NOSSA DESGRAÇA

Não me tirem do sério,
Com o vosso despautério.
Essas acções, são criminosas!
Bens públicos, desperdiçados,
Nos tornaram desgraçados,
E outros...em "mar de rosas"!

PORTA ABERTA

Há quem abomine Poesia.
Também causa alergia
Às pessoas insensíveis.
Ao Poeta, pouco importa.
Continua a abrir a porta
Para gente de bons níveis.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Não há homens em Portugal
P'ra jogar ao ataque e na Defesa.
Este Governo, tão original,
Deu-nos agora a certeza!

SECRETÁRIOS OU OTÁRIOS?

Num Estado de Direito,
Estariam todos na prisão,
Por tanto o mal feito,
Sem direito a perdão.

Assim se pode compreender,
Porque nos tiram couro e cabelo.
E o dinheiro, a desaparecer,
Por incompetência e desmazelo.

O "buraco" é tão profundo...
Armazena, oitocentos milhões!
E não há justiça no Mundo
Que puna, tamanhos vilões?

Dizem sair, a seu pedido
Como se alguém vá acreditar.
E o "primeiro"como um vendido,
Deixa os "passarões"a voar.

Anda Justiça! Tira a venda!
Pela balança, pesa o crime.
Golpe da espada na contenda,
A quem tanto nos oprime!

E AGORA?

Culpados?
O somos, todos nós!
Humilhados,
tristes e sem voz,
deixámos
que nos pisassem.
Só lamentámos...
embora nos roubassem.
E agora?
Já pobres, por espoliados,
Não será hora,
de punir os culpados?

SECRETÁRIA DA DEFESA

Teremos agora Dona Berta,
Como Secretária de Estado.
Nos Açores foi descoberta,
P'ra tomar conta do recado.

Curiosamente, da Defesa.
Permitam que tal destaque.
Mas tenho alguma incerteza:
Será, também do ataque?


Este Governo surrealista,
Surpreende, por negativo.
Nomeações, tão à vista,
De quem é , do seu Partido.

Têm garantida, a "vianda",
Todos os parceiros da corja.
Isto, não anda nem desanda.
O ferro, está frio, na forja!

domingo, 21 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Com a Bandeira Nacional
Na lapela do casaco
Qualquer vulgar mortal
Não valido nem destaco.

CONSENSO

Agora, se fala de consenso.
Mas para mim, bem penso,
Não chegaremos a bom lugar,
Como aquele da vida do passado.
Cada burro, a puxar p'ra seu lado,
Pouco faz, além de muito zurrar!

MAIS UM...AOS DOMINGOS

Ilustre "mais um", comentador!
Não sou, seu devoto seguidor.
Razões? Muitas e variadas:
Enjoos, do gesto e da palavra

Que dirigia, enquanto cavava,
O fosso das nossas "vidas paradas".

sábado, 20 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Fui ao mar
Molhei os pés
E só consegui apanhar
Meia dúzia de burriés.

À MANEIRA DO BORDALO

"Quem vê caras não vê corações"
Nem p'la figura, a inteligência.
Podemos, fazer comparações,
Analisar, a competência..

No rol dos nossos governantes,
Há quem fique mal no retrato.
Fraco traquejo, modos pedantes...
Falam, sem partir um só prato.

Mas destroem a cantareira
Com as suas incapacidades.
Transformam em bandalheira,
O que encobrem, de nulidades.

Mas querem ser respeitados
Como servidores da Nação.
Mesmo cheios de pecados,
Esperam sempre, o perdão.

Cá por mim, não me calo
E aqui deixo o meu veredito:
À boa maneira do Bordalo,

Tomem lá, o meu manguito!

ONDE MORA A CONFIANÇA?

Dito, ao tempo:

"O País precisa é de confiança"!
Quem o disse, de peito feito
Foi alguém, vivendo em abastança.
Pecou, por exagêro e por defeito.

Mas que confiança, senhor?
Se a mentira é lema presente
E nos tira, sem qualquer púdor,
O pouco que temos, infelizmente?

Do seu lugar de pseudo-engenheiro,
Desça à realidade palpável,
Pois quem o elegeu, primeiro,
Teve atitude bem condenável!

O QUE ELES DIZEM

No panorama actual
Das queridas televisões,
Vemos, "O Eixo do Mal",
A preencher os serões.

Chego a ficar "passado"
Com tal jeito e maneira,
Dum "Plano Inclinado"
E seus temas em carteira.

Todos têm seu currículo
De temas e conteúdos,
Até, "Quadratura do Círculo"
Brincadeira, de graúdos.

A mim, não me engana,
Toda esta gente esperta
Mas os "Negócios da Semana"
Dão a tónica mais certa.

Isto, dito por descrença,
Correndo risco de açoite.
Sem vos dirigir ofensa...
Ide no "Expresso da Meia-Noite"!

Porque, não me engano:
Há conversa para todo o ano!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

O que hoje se diz
Amanhã se pode alterar
É conversa de petiz
Ou político a aldrabar

"APOLO" DE GINÁSIO

Se movimenta lento
Ao peso da idade.
De púdor isento,
Com natutalidade.

Pelo seu estatuto,
Do muito já vivido
Se julga ser absoluto
E de tudo, absolvido.

A péssima compostura,
Do corpo desnudado,
Tal grotesca figura,
É obeso ou enfezado.

Sem pejo se circula.
Ao léu, descontraido.
Para baixo da cintura,
Mirrado o seu "retraído"!

"Apolo"dos muitos anos
Passados e tão vividos,
Deixaram vincar os danos
Que deviam ser escondidos.

DESFILES DE MODA

Manequins bem falantes,
Um tanto ou quanto pedantes
Por tão bem enfarpelados.
Pena que tanta vaidade,
Não transmita notoriedade,
Por feitos realizados.

LOUVOR

Louvado pelo seu Partido,
O ex-ministro, já ido,
Por aldrabices cometidas,
Teve reconhecida a qualidade,
Quem sabe, de igual validade,
Das suas aptidões mentidas.

OS PASSARINHOS

Engraçados, os passarinhos!
Aninhados nos seus ninhos,
Esperando as mães passarinhas.
Elas trazem o alimento
Que lhes dará o sustento
Para criar suas asinhas.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Com salários milionários
Gestores em país pobre
São frutos embrionários
Da miséria que nos cobre.

VOLTAR À MARMITA

Com a lancheira na mão
Lá vai para o trabalho,
O triste e pobre cidadão,
Com a vida num reviralho.

Volta, a imagem do Passado.
Quem diria, de tal sina...
Andamos de passo trocado
Em pobreza peregrina.

E tudo pela sujeição!
Uns, não sabem governar.
Outros, nos rezam sermão
Que temos de acompanhar!

Europa, feita em cacos,
Por políticas obsoletas,
Que seguimos como ganapos,
Obedientes, às suas tretas!

Que futuro se nos reserva?
Com tanto mal decorrente,
Só nos falta "comer erva"
Nesta austeridade vigente!

COMO SE FAZ UM POLÍTICO

Em menino,
Se lhe deu bom Ensino.
Colégio Particular,
Logo no começar.
Depois, o Secundário,
Após o Primário.
Na procura da Verdade,
Ingressa na Faculdade.
A mesma, do papá e dos amigos
Para não correr perigos.
Nesta fase, com outros rapazes,
Começa a colar os cartazes...
Depois, filiado numa Juventude,
Mesmo não tendo grande virtude.
Começa a ser muito notado,
E de pronto, é deputado!
Não interessa o Círculo,,
Nem a prova do corrículo!
Também não defenderá interesses,
Mas sim, as suas benesses.
Mesmo que viva na "estranja"
Virá comer da boa manja.
Na "Assembleia da Malta"
Já tem lugar na ribalta.
Falando, sem dizer nada,
A personagem, já é falada!
Votando o Sim ou o Não,
Conforme manda o patrão,
Já está! Um político bem feito,
À portuguesa, sem defeito!
Agora, será apenas o esperar
Pelo tão almejado lugar.
Sacrificado, no discurso ao povo,
Uns anitos,...e ainda novo,
Já tem garantida reforma,
Com pouco trabalho de jorna.
Habituado à boa vida,
A terá, sempre garantida!
Gestor de grande empresa,
O será, com toda a certeza.
E, sempre no bom sentido,
Morrerá, fiel ao seu Partido.
Pois parta, ilustre! Eis a palma!
Desejamos, paz à sua alma.
Quanto aos outros, nada de novo:
Continuarão a servir o povo.

Cá para mim, a que nada escapa,
Estes, em Portugal, pegam de estaca!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Se até os burros se entendem
Porque diacho estes humanos
Não dizem o que pretendem?
Separados, só causam danos!

NA VOLTA DO CORREIO

Agora, os "jogos de cartas":
Poker, bisca lambida, sueca.
Cenas por demais caricatas,
Com óbvia falta da beca.

Escreve o Passos à Troika,
Não lhe fica atrás o Seguro.
Correspondências paranóicas,
Não nos resolvem, o futuro.

República da burricada,
Rodriguilhos sem conteúdo,
De bom, pouco ou nada.
O bom senso, anda mudo.

E nós, sempre a sofrer,
Com a deprimente incerteza:
O que faltará acontecer,
Nesta Nação Portuguesa?

terça-feira, 16 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Não vás ao mar
Fica em terra
O mau navegar
Perigos encerra.

INFORMAÇÃO

Não escrevo
para angariar fama.
Só me atrevo,
a acender uma chama
que no cérebro
me ilumina a mente,
a qual reservo
e o coração consente,
para após,
perpetuar pela escrita,
como uma voz
que não deva ser proscrita.

REVOLUCIONÁRIOS?

Toda a vasta rapaziada,
Da Esquerda Revolucionária,
Está hoje, bem acomodada,
Na Direita, milionária.

Figuras muito bem postas
Em lugares de destaque,
"Endireitaram" as costas
E até, já usam fraque!

É tão fácil, dizer balelas
Para conseguir bom "tacho"
Ou avantajadas panelas,
Bem cheias, de cima abaixo!

DOUTRINA DESTRUIDORA

A praga que nos assola
De onde vem? Quem a criou?
Em que famigerada escola,
Por má sorte, se formou?

Nasceu, larva em casulo,
De bactéria virulenta?
Ou simplesmente, de chulo
Que má prática sustenta?

Envolve, pessoas e bens.
Atinge, os próprios países.
Dizem, vir dos alemães
Que secam, as nossas raízes.

A quem tal desgraça se deva,
Maldição lhe caia em cima!
Se registe e se transcreva:
Há que rever, esta doutrina!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Se vivemos fora da norma
Seremos seres anormais?
Trocar o passo na forma
É viver como os animais.

VAMOS

Vamos!
De mãos dadas lá chegaremos.
Os danos,
Já sofridos, os esquecemos
Há vida
Para viver em futuro.
Antes, sofrida,
Já nos deu o pão duro.
Lutaremos,
Por outra bem melhor.
E, venceremos!
A nossa força, é já maior!

IMPANTES

Ao vê-los, "perus inchados"
Normalmente, muito apressados,
Carregando os seus pareceres,
Ao molho, debaixo do braço,
Os comparo, a vulgar palhaço
Parco de valiosos saberes.

PRISIONEIRO

Esta ansiedade onde vivo
Me torna, um ser cativo,
Em castigo prolongado.
Nesta prisão sem grades
Procuro saber das verdades
Pelas quais, sou castigado.

Ó ELVAS...

Desgraça à vista,
No Forte da Graça.
É mau que se assista,
Ao desleixo da Praça.

Património Mundial,
Tão e simplesmente!
De modo irracional,
Se vê, decadente.

Os culpados, alheios?
Os elvenses, calados?
Andam sem freios,
Animais tresmalhados?

Junto à fronteira,
Ali bem à vista,
Em posição altaneira,
No alto da crista,...

É olhado com pena
Por quem o visita.
Se a alma é pequena,
Tudo o mais hesita.

Que pensais, governantes?
Cairá, o património?
Fica tal como dantes
Na entrega ao demónio?

domingo, 14 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Futebol será trabalho
Ou brincadeira com bola?
Com os pés, usar o malho?
Metam o dito na sacola!

AQUI

Aqui, onde tudo paga imposto
E se sobrevive, a contragosto
Sem soluções ou permissa,
Rebanho silencioso, cabeça baixa,
Vai rapando o pouco e se relaxa,
Na penitência atroz da infustiça.

SE PARTAM

Partam, os Partidos!
Problemas resolvidos.
Acabada a discussão,
Uma só voz, serena,
A construir novo esquema
Que resolva, a situação.

GOSTOS SIMPLES

Neste jardim de fetos
E das muitas heras,
Nascidos como efectos
Em múltiplas primaveras,

Passo os dias em enleio
Numa paz que é perturbada,
Tão sómente pelo chilreio
Da visitadora passarada.

É uma riqueza que sobra
A quem vive do que tem.
Imposto, não se cobra,
Por desfrute, deste bem!

sábado, 13 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Porque é sábado, eis o sol.
Domingo, será dia de missa.
Mas sinto-me já tão mole
E só segunda, a preguiça?

"ROSA CALOTEIRA"

Poderia ser letra para fado
Mas o caso confirmado,
Diz respeito à Política
E tudo, do mesmo Partido,
Onde o mal foi contraído.
Por contágio, se multiplica.

Primeiro, em meios filosóficos.
Depois, nos mesmos trópicos,
Pelo decano que ainda pratica
E diz não ao pagamento,
Da dívida que no seu elememto
Se contraiu e se justifica.

A "Rosa Caloteira"
Acha ser esta a maneira?

SUPER-SUMOS

Acima acima gajeiro,
vê p'ra onde vai o dinheiro...

Agência de Gestão da Tesouraria
e do Crédito Público.

Pela pomposidade, a exorbitância?
É que, na actual circunstância,
Funcionários superiores, em inerência,
Ganham ordenados de excelência,
Não compatíveis com o sacrifício.
A menos que, no seu exercício,
Tão supra-sumos se revelam
E por escalas obscuras nívelam,
O pasmo que nos suscitam.
Quem tal permite? Se demitam!

TIRA NÓDOAS

A crítica cáustica de Eça,
No seu tempo, contra o Poder
Que se compare e se meça
Com o que estamos a viver.

Na sua receita, bem prática,
Tirava "nódoas"com benzina.
Toda a Política errática,
Se limpe, por quem ensina.

Até porque, actualmente,
Oa avanços da tecnologia,
Criaram o produto solvente
Que remove, a "porcaria".

O seja, através da palavra,
Em uníssono, no conjunto.
Meter as bestas na boa lavra
Ou martelar-lhes o bestunto!

O VIAJANTE

Não seria mais conveniente,
Pensar no momento presente
E não apostar no escuro?
Falo, por notícia recente,
Em que o senhor presidente,
Fará, "Roteiros de Futuro".

É conveniente fazer notar,
Quanto as andanças irão custar.
Em tempo de crise, tão forte,
Quais serão, as reais vantagens
Que nos darão, tais viagens,
Extensivas, do sul ao norte?

SOARISTA E PENSIONISTA

Porque já pertence ao Passado,
Calce os chinelos, descansado.
Vista, o roupão da reforma.
"Tiradas"de ancião, esquecemos
Se dizem, não pagar o que devemos.
Culpados, os que lhe dão, retoma!

MAIS AO POLEIRO

Aumenta em número
A classe dos governantes.
Qualquer energúmeno
Que os criticou antes,

Voltará a criticar,
Esta recente adição.
Não é no aumentar
Que se resolve a questão.

Resultará, da qualidade
Não do sistema vigente,
Cheio de natural maldade
A qual se nota e se sente!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Nascem violetas no meu jardim
Espontâneas na sua beleza
Como prendas dadas a mim
Pela pródiga Mãe-Natureza.

FINALMENTE O SOL

Quanta espera,
Nesta chuvosa Primavera!...
Tanto tempo adormecida,
A nossa prima querida,
Namorou demais o Inverno.
Mas como nada é eterno,
Além do Deus Supremo,
Finalmente, chegou a termo,
O tão triste mau tempo
Que nos deu, o desalento!

INTERROGAÇÃO

Meu Deus! Por vezes indago:
Porque castigo, porque diabo,
Foram buscar esta "gentalha"?
Que provas e mérito detinham?
Na vida, apenas gatinham...
Como podem, foguear a acendalha?

REMODELAÇÃO

O valor dele era tanto
Que sem natural espanto,
Dois novos foram chamados 
Para suprir a grande falta.
É o conformismo da malta.
O aval, será dado pelos visados.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Entre o ter um mau ministro
E não ter ministro nenhum
Bom parecer eu arrisco
Sempre seria menos um.

MINI REMODELAÇÃO

O valor dele, era tanto
Que sem natural espanto,
Dois novos foram chamados
Para suprir a grande falta.
É, o conformismo da malta.
O aval, logo se dará aos visados.

JUÍZOS

Noutros países, como será?
Aqui, anda tudo ao Deus-dará!
Juíza que comande processo
Se por azar, fica doente,
É ponto final e assente:
A causa, tem retrocesso!

SANTA IGNORÂNCIA

Viver em ignorância,
Valeu, na circunstância,
Num passado já distante.
Foi propósito de estratégia,
Parante a gente egrégia.
Para conservá-la ignorante.

É SEGURO

Seguramente,
A mesma comida, diáriamente,
Enjoa qualquer mortal.
A sua repetida palavra,
Melhor fora estar calada
Para não causar tanto mal.

BONS FILHOS

Portugal tem bons filhos
E péssimos governantes.
Não! Não somos cadilhos.
Temos sim, maus pensantes.

Que da Palavra, surja Obra
E dela possamos usufruir.
A pressa, essa não sobra,
Para ver todos, a sorrir!

A VIRGEM NOS ACUDA

Sendo todos da mesma cêpa,
A boa colheita, é uma pêta.
Continuará, a azeda fermentação.
Assim sendo, o produto final
Só nos trará, mais mal.
Mas,...prosseguirá, a procissão!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

É o país no seu pior
Não distinguir entre os seus
Sem praticar o bom rigor
Somos todos filhos de Deus.

IDEIA SIMPLES

A intenção não será genial
Mas poderá ajudar Portugal
A encontar bom percurso,
Aliviando, os tantos problemas.
Às vezes, as idéias pequenas,
Nem necessitam de curso!

Senhora Ministra da Agricultura.
Ajude-nos, a sair desta amargura!
Desemprego, é mal insustentável.
Temos a Primavera à porta.
Virá depois, o Verão a que reporta,
Tragédia sazonal, não evitável:

A dos fogos, a do pesadelo.
Há que prevenir e combatê-lo!
Limpar os campos e as matas.
Trabalho, para quem não trabalha
Pois os inactivos estão na calha,
Dos vícios e situações ingratas.

Pagar, o que puder ser pago.
E quem colaborar, fique registado
No Centro de Emprego onde pertencer.
Para quem tal atitude assumir,
Se comprometa, para cumprir:
Na vaga de emprego, irá prevalecer.


Até pode criar-se um certificado.
"Colaborador do Portugal Melhorado".
Detentor desta prestimosa valia,
O portador, constará da listagem,
Dos que, abdicando de vadiagem
Terão a certeza da sua primazia.

Expliquei-me com clareza?
Há sempre esperança, na incerteza!

QUAIS CORVOS...

A entrada atrasada, em cena
das gentes constitucionalistas,
fez-me sentir a alma pequena.
Foram cenas, algo mal-vistas.

Lúgubres, os seus elementos!
Parecia cópia da Santa Inquisição
No negro dos maus momentos.
Quadro anunciador de punição!

De todo como que desnecessário.
Aquele suspense de cortar à faca.
Bastaria, o mando de um emissário
A ler despacho; coisa bem parca.

CONTEMPLANDO O ALENTEJO

Vindos do ar
acordes harmoniosos...
Música de anjos, se calhar...
A seara em movimentos caprichosos
tem consigo bailarinas a valsar.
São espigas, futuro pão
do alimento do corpo...
Estático e contemplativo,
ali estava eu, absorto
mas crente, de ter descoberto
que a Poesia,
como por magia,
se situava, por perto!...

terça-feira, 9 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

O presidente tão formal
Como conservado em formol
Porque nem bem nem mal
Já está ficando mole.

PASSADO E PRESENTE

Lembram-se da cassete
da Odete?
Agora, em formato DVD,
se vê,
aquele que não aturo:
o Seguro,
a exigir, novas eleições.
Os pregões,
têm a sua época.
Alguns, da era da récua!

FIGURINHAS

Cristina, perna torta
que à Têvê reporta,
subiu aos píncaros da glória!
É vê-la, qual imperatriz
ou celebérrima actriz
das que não ficam na História.

INVERDADES

O Presidente do Constitucional,
Dá, pelo colectivo o seu aval.
Sábiamente, de justa equidade.
O diz a sério, ou a brincar?
A quem se quererá comparar,
Se tem reforma, aos 40 d'idade?

MAU ORÇAMENTO

Reincidente no mesmo pecado
Nos revela um mau Estado.
Incompetência? Espertismo?
Ou brincadeira de mau gosto?
Só por tal, deveria ser deposto.
Não brinquem, com despotismo!

ELES PERDEM?

Deixe~m-se de vigarices!
Quem perde somos nós!
Não fossem as palermices,
Cantaríeis com outra voz.

A HORA H

Até quando
durará este pranto?
É chegada a hora!
Traz a voz e cartaz.
Quem se mostra incapaz,
deve ser deitado fora!

PIOR A EMENDA...

"Pior a emenda que o soneto"
Seremos, "assados no espeto"
Por novas medidas impostas
E que o Governo já programa.
Na fogueira, ateada a chama,
Será só, "grelhar-nos às postas"!

O SISTEMA

Mas que raio de sistema!
Os "grandes estão blindados"
Merecem protecção e pena.
Nós os pequenos, "lixados"!

SE...

Se eu mandasse, neste instante,
Acabaria com a idéia aberrante
Dos Partidos da Oposição.
Ao colaborar, dizem sempre não!
Sendo o tormento, bem nacional,
Qualquer ajudaria. Menos o "animal"!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Muito bem sentado
No cadeirão do Poder
Entre Deus e o Diabo
Não o vemos escolher.

PALRADORES

Comentadores à molhada,
A retalho ou por grosso.
É um "Reino da Bicharada"!
Tudo a chupar no caroço!

Senhores, isto é demais!
Por muito que sejam doutos,
Parecem uns canibais,
A comerem-se, uns aos outros.

Há tanto alimento no tacho
Que chegue para todos?
Do que houver, eu acho,
Ser um esbanjar, de bodos!

AO MODO POPULAR

"Separadas as comadres"
Se saberão as verdades,
Da sua "Santa União"?
A que unia dois seres,
Tão diferentes nos pareceres
E de compadrio, no senão?

SALDOS

Foi coroado de sucesso,
O saldo, bem expresso
Das cortadoras de relvas.
Tantos eram os compradores
Que se acabou, meus senhores,
Com a tal praga, das melgas!

PROVA DOS NOVE

Fica mais que provado:
Com estes, não vamos lá!
Seja tudo remodelado.
Sem demoras. Para já!

Políticos na prateleira.
Um Governo de Salvação.
Com boa gente, sem bandeira,
No salvar desta Nação.

Ide buscar os notáveis.
Figura ilustre, no Comando.
Arregaçar mangas; ágeis!
Meter na gaveta, o desmando.

E, p'rá frente com o exemplo,
De pessoas, limpas de pecado.
Este é o imperioso momento,
De enterrar, o mau passado! 

À BOA MANEIRA

À moda do Aleixo,
Também me queixo.
Ao Governo,
Sem meio termo:

Se não sabem onde "cortar"
Perguntem, a José Gomes Ferreira.
Pelo que lhe ouço comentar,
Vos indicará, a maneira.

QUANDO O CUCO CANTAR

Se ouvires o cuco a cantar,
Tortulhos não vás apanhar!
Nesta minha idade provecta,
Aprendi, incontestável verdade.
É uma grata novidade,
D'alguém do Fratel; não pateta!

MUDANÇA DA HORA

Seis e meia.
Hora sexual?
Ou só a peia
De algo trivial?

Foi o Passos,
Hoje o Seguro,
Nos mesmos espaços,
Do gesto casmurro.

Porquê, tal hora?
Dantes, era às oito!
Haverá penhora,
Ou melhor, para o coito?

FAMÍLIA

É nas cousas pequenas
Que se veem as maiores.
Gentes de falas amenas,
Ensinam verdades melhores.

P'la sábia doutrina da velhice,
Aprendi lições de vida;
O que nenhum mestre me disse.
Recebi-as, de mão estendida.

O saber que chuva vem
Porque a nuvem tal indica
E o vento, garante também,
No seu soprar que fustiga.

Universidade sem reitor.
Professores? Onde estais?
Passagem, de divulgar valor
Que se herdava de pais.

E falar então, dos avós?...
Tantas sabedorias guardadas!
Desatados, imensos nós,
Existências tão prolongadas.

Avós, pais, irmãos...Família!
Quem a teve, assim boa,
Crie a sua própria homília.
Cante aos santos, uma loa!

domingo, 7 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Nas águas sujas do bidé
Em dejectos de sanitários
Deposito toda a má-fé
Que vejo nesses plenários.

ELE É O CAMINHO

"Seguramente"a ansiedade
aumenta.
O actor mede a possibilidade
e comenta;
pela milionésima vez,
no mesmo gesto,
eleva a voz com altivez
e, indigesto,
diz ser ele o caminho!...

Lhe pergunto, sem afronta:
-Mas que caminho nos aponta?

TEATRO ABERTO

Drama, comédia,
Teatro puro!
Alguma tragédia,
Com actor seguro,

À caça de poleiro!
Um coelho caçado,
Por tiro certeiro,
No seu relvado.

Incrédula plateia
Vive o momento.
Nele se enleia.
Cresce o desalento.

Ao cair do pano
Desta fantochada,
Se aumenta o dano.
Também a pateada!

SEGURAMENTE...

Por castigo, lhe daria
As rédeas do Poder
Para, passado um dia,
O mandar,...amadurecer!

ABRIL ÁGUAS MIL

Neste Abril, a chuvada,
Manteve a relva alagada.
Tanto que apodreceu.
Ninguém chora o desastre.
Quando se perde um traste,
Logo o caso, prescreveu.

ALTA VOLTAGEM

O Governo ficou em choque
Com a decisão Constitucional?
Em comentário que me toque,
Choques sofro eu, com tanto mal.

É "alta-voltagem"de impostos
Que me derretem as finanças.
Salvos, alguns pressupostos,
Renascem pequenas esp'ranças.

Ao refazer-se do choque,
Procure o Governo ser coerente.
Não pense andar a reboque.
Governe! De modo decente!

MUITA PARRA...

Faço poesia muito variada,
Alguma, direi tradicionalizante;
De intervenção e motivada,
Pelos males do instante.

Por vezes, poesia sintética.
Poucas palavras, no compor.
Também emprego dialéctica,
Adequada a versos d'amor.

Quadras redondas em somatório,
Sextilhas variadas sem conta,
Falhas métricas, em purgatório.
Validade? De pouca monta!

FORA DE TEMPO

A descontento,
nasci fora de tempo.
Não este, o desejado,
antes ou adiantado.
Me sinto ser errante
porque nada garante,
alegria no simples viver,
de progredir, de querer!...

ACTUALIDADES

Entram e saem
pela porta do cavalo.
Pouco valem.
Se deles falo
é com lamento
neste momento,
sem que a aragem
substitua a vilanagem
e homens dignos,
nos sejam benignos.

sábado, 6 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Acreditar em todos vós
É como crer no ladrão
Que durante e nos prós
A tudo deita sua mão.

CRIATIVOS

Se a vossa criatividade
Em parir novos impostos,
Tivesse a mesma validade
De trabalho, em muitos postos,

Teriam todo o meu apoio.
Como tal não acontece,
Separo o trigo do joio,
E os mando,...que vos parece?

POLÍTICA DE CHOQUE

Seguro, diz estar disponível
para substituir Governo.
Seria muito mais plausível,
Uma ajuda, do estafermo!

TENHAM VERGONHA

Sintam vergonha, as Televisões!
Promovem todas, iguais sermões,
De manhã à noite, num fastio!
Copiadoras de má escola,
Metam no saco a viola
E cantem antes, ao desafio!

DESAFINADOS

Tocam na mesma orquestra
Que pouco ou nada presta
Por completa atrapalhação.
Trio, Relvas, Coelho e Gaspar,
Com tal música, a desafinar,
É mau o hino, desta Nação!

TENS CÁ DISTO?

O Fisco,
promove o confisco!
Onde já ouvi isto?
Naquele filme do Evaristo,
onde de dizia: -tens cá disto?

AQUI, A IMORALIDADE

Excelsos juízes conselheiros,
De eficiência um tanto duvidosa,
São de todos, os primeiros,
A comer, "papa gostosa".

Quarenta anos de idade
E apenas dez de serviço?
Ide! Gozai a vida àvontade,
Em reforma de paraíso!

Classes da portugalidade,
Não os há, só de primeira.
Estes, de "excelente qualidade"
Rebentam o ralo da peneira!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Uns queriam ser doutores
Outros, formados engenheiros
Para além da suas dores
Também não são verdadeiros.

MAUS EXEMPLOS

O inventor da Política
Tinha a mente paralítica.
Calão, alérgico ao trabalho,
Encontrou na falsa palavra,
O bom cultivo da lavra,
Sem ter de "bater o malho".

Vive e só, da conversa.
Disso, ninguém se esqueça.
Dali, nada nasce puro e são.
Assim, vá trabalhar madraço!
Sinta as dores no braço,
Pelo labor do "ganha-pão".

NA OPORTUNIDADE

VERSOS À SOLTA

O senhor Relvas pediu demissão.
Não tinha outra alternativa.
Que "tacho" agora lhe darão?
É a minha espectativa.

A falar tão "pianinho",
Mesmo sendo Presidente,
Não nos conduz ao caminho
Que alegre, a nossa gente.

Quatro moções de censura,
A contrariar um Governo
E na mesma legislatura?
São a prova de algo enfermo.

Com as intensas chuvadas
Que nos têm atormentado,
Licenciaturas aldrabadas
Deram cabo do "relvado".

Comentadores
Nascem como cogumelos
Em bom ano de chuva.
Alguns, são "caramelos",
Mau vinho de fraca uva.

Uma mentira piedosa
Por vezes não é gravosa
E pode alimentar esperança
Se for dita com intenção
De animar, dando a mão,
Com prova de confiança.

E VAI MAIS UM

Mais um caso p'ró jornal.
Neste país. tudo é natural!
Com aberração e alarido,
Um espião em tribunal.
Sem se apurar o mal,
Retoma, o emprego antigo.

Com retribuições a pagar!
Com que jeito ou maneira?
O bom juízo, aconselharia,
Julgar o sujeito-espião
E depois, decidir então,
Que direito lhe caberia.

"Carroça à frente dos bois"?
Não venham dizer depois
Que o povo não tem razão.
Julgá-los a todos vós,
Políticos de poucos prós,
Activos, sem válido sermão.

CARTA A GARCIA

A falada carta do P.S.,
À troika, dito remetida,
Não aquece nem arrefece
Pois não passou de "partida",

Própria do mês corrente,
Todo dado a mentiras.
Nele, tudo se consente
Em país, rasgado às tiras!

"Seguramente"só agora,
A mesma foi enviada.
Aquela gente, "anda à nora"
Ou gostam muito de tourada?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Sinto a minha mente
Em constante movimento
Quando algo me "atente"
O escrevo, a contento.

REFORMADOS E PENSIONISTAS

A maioria dos comuns reformados,
Os que não foram privilegiados,
E através de escasso desconto,
Conseguiram pensões douradas,
Sabe Deus, as artes aplicadas,
Fazem nascer, certo confronto.

No grupo onde estou incluído,
Grassa um silencioso ruído.
Tivemos, longa vida de trabalho.
Se deveria manter intocável e certo,
O montante a receber por decreto.
Tal não crê, quem é "paspalho"!

Nosso futuro está limitado
Ao que temos por alcançado.
Contas feitas ao resto da vida,
A desejamos, seja comprida
Sem sobressaltos, nem pecado.

Tivessem "eles", sensibilidade,
Veriam nisto grande verdade.
Procurassem nos "gordos" a fartura,
Do que não descontaram e recebem.
Políticos, se quiserem, o percebem,
Ao contrário de qualquer "cavalgadura"!




ELEIÇÕES ANTECIPADAS

Falar em eleições
antecipadas,
como quem vai
de caminho?
Seus parvalhões,
tenham juízinho!
Meçam as consequências
que viriam da situação.
Não moam as paciências.
O povo quer, é pão!

CONHECER A CONSTITUIÇÃO

Lanço um repto a jornalistas!
Tantos inquéritos e entrevistas
Sobre assuntos de menor impacto,
Porque não, focar coisas sérias,
Deixando de lado, as lérias
Que não interessam, de facto?

Perguntai aos semelhantes,
Ao questionar, nos instantes,
Se conhecem a Constituição.
Porque em verdade, a reclamar,
Há que saber e ajuizar,
Onde moram, quesitos à Razão!

IMAGINAÇÃO

Poderá soar a heresia,
O dizer. há poesia,
Nas labaredas de lareira.
Mas verdade, ao contemplá-las,
Me fico a imaginá-las,
Em poemas à "minha Beira"!

TUDO SE SABE

Vitor Louçã Rabaça Gaspar.
A sua "fama", remonta a 1993.
É o mesmo em que está a pensar.
Curiosamente, pelos mesmos porquês.

Seja, "não dá uma pr'a caixa",
Nos seus erros constantes.
Bem melhor, "meter baixa".
Dar-nos sossego, por instantes.

Indaguem, pela via informática.
Hoje em dia, tudo se sabe.
Quem actua, de forma errática,
Fecha a porta e deixa a chave!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Quando uma novidade
Dá lugar à rotina
Há uma certa verdade:
Por vezes se abomina.

ROMBO NO S.N.S.

Roubalheira incrível, escandalosa!
O Estado, lesado em cem milhões?!
Clínicos, em fraude danosa
E como? Não se atenta aos ladrões?

Tanto se paga aos organismos
E ninguém cuida, no fiscalizar?
Não admira! Tantos, os abismos...
E neste país, tudo se banaliza.

HÁ CIRCO NA FEIRA

No Grande Circo Portugal,
Onde há magreza de pão,
Em cartaz promocional,
Se anuncia, a diversão.

"Circo"a toda a hora!
Palhaços de várias cores.
De tanto rir se chora,
Vendo tão maus actores.

De Paris, "palhaço-rico"
Chegado há pouco tempo.
Trouxe, a "água no bico"
Sem novas, a descontento.

Limpar-se, da sua culpa,
Tipo, "anjinho abençoado".
Nada de mal fez! Catapulta,
O erro. A outros, destinado.

Gira, a Grande Roda da Feira
Onde o circo está incluído.
Estamos "fritos". Não há maneira!
O manjar é mal servido!

VOTO EM BRANCO

...e me pedem que vote?
que passe por aí e não note,
a vossa incompetência sem zêlo?
má retórica que ninguém convence,
despautério, o modo negligente,
tanto desperdício, no desmazêlo?

Vos direi, sem pranto:
Votarei, com voto branco!

PROGRAMA ALTERADO

Programei a minha vida
Para velhice descansada.
Ao momento, não sentida
Como possível de mudada.

O engano deu prejuízos.
Errei, nos meus propósitos.
"Rapazes"de fracos juízos,
Vão sacando, os depósitos.

Benefícios, como adquiridos,
Não valem, hoje em dia.
Estamos, simplesmente...cozidos
Em lume de "Banho-Maria".

Até onde iremos nós parar?
Estarei cá para poder ver?
Com este actual "navegar",
O meu futuro está no morrer!

RECADO ÁS FINANÇAS

Invólucro-Mensagem das Finanças.
Recebê-lo, dá-nos amargos de boca.
Sempre para pagar! Sem esp'ranças!
E um reparo, de coisa pouca:

Porque não trazem, aposta,
Data, em carimbo dos Correios?
De modo a que uma resposta,
Nela se cinja, sem rodeios?

REPÚBLICA DO PALEIO

Moção de censura na Assembleia.
Fala a Oposição e a bancada agradece.
Diz depois o Governo, volta e meia,
E o hemisfério no aplauso, estremece.

Imensas palmas e...muito bem!...
Agora deste lado, depois do outro.
É do pior que o nosso povo tem!
Mais vale pobre, que assim douto.

terça-feira, 2 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Á medida que a vida encurta
Os meus encargos aumentam
Condeno, os filhos da truta
Que do meu pouco se alimentam.

SERVIÇO PÚBLICO

O senhor Presidente da RTP,
Faz a "ponte"do que ouve e vê.
Interessa à estação, audiências!
Serviço Público, ele considera,
O "animal feroz"e com tal féra,
Subir, às elevadas conveniências!...

POR ISTO E AQUILO

Por alma peregrina,
Inteligência asinina
Ou ameaça velada,
Já se vai dizendo
Que mesmo sofrendo,
Este sofrer, não vale nada!

FÁBULA "À LA FONTAINE"

Galinha faminta de finanças,
Debica as fracas abastanças,
Grãos que não enchem o papo.
Assim continua, pica aqui e ali,
Enquanto o nababo sorri,
Dizendo - eu, bem me escapo!

DÁDIVA

Nascem violetas no meu jardim.
Expontâneas,
como oferta da Natureza.
Consentâneas,
com o meu conceito de beleza!

VOLVER À ESCRAVATURA

Impensável no Mundo Moderno
Mas caminhamos para o inferno,
No regresso ao tempo das escravaturas.
"Acorrentadas"com apelos e agravos,
O que roubam, transformam em escravos,
As espoliadas e frágeis criaturas.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

QUADRA DO DIA

Mãe que bem cuida
Do seu lindo menino
O proteja e lhe acuda
Vai dar-le bom Destino.

AVISO DA VENATÓRIA

Abriu, a caça à multa!
Por sistema, bem à bruta.
Vale tudo, no tirar olhos.
Seja qual for o incumprimento,
É chegado o bom momento:
"Pilim", como alecrim aos molhos!

Época, do fartar vilanagem!
Mês de Abril, na abirdagem,
À carteira dos contribuintes.
Tudo se paga! Devido ou inventado.
Se reclama, é mais penalizado.
Queda-te! Na "Legião dos Pedintes"!

A VERGONHA B.P.N.

Um banco, abre falência.
Empréstimos de duvidosa cedência,
Passam á tutela do Estado.
Não há ficção! É a verdade!
Haver tamanha impunidade,
E quem paga, é o inculpado?

AUDIÊNCIAS ( T V )

O vale tudo, p'rás audiências,
Conduz às maiores indecências.
Desde, a "Casa dos segredos"
Às várias telenovelas, pirosas,
Produções, reles ou manhosas,
Todas a contar pelos dedos!

MOMENTOS DA HISTÓRIA

Para quem entrou de rompante,
Com muitas promessas e impante,
A ajeitar, o seu belo penteado,
Realidades, infelizes e contaditórias,
Revogam, por más estórias,
Do que já está condenado.

Se ouve, um intenso vozeio.
Nas tertúlias, murmúrios e paleio,
Pedindo saída, do fulano de tal...
O qual, sem apoio de boa margem,
Até fez, criminosa chantagem,
Ao Tribunal Constitucional!