Fui um militar convicto
Honrando a farda que enverguei.
Jurei Dever. Estava escrito
E nunca a Pátria envergonhei.
Defendê-la até à morte
Constava de juramento feito.
Não foi necessário. Minha sorte.
Mas fiquei preso ao conceito.
25 de Abril, a Revolução!
Dos cravos, ficou registada.
Liberdade e alguma desilusão,
Aos anseios, pouco ou nada.
Dizem ter trazido a democracia.
Onde está? Qual a morada?
Nalgumas mentes em fantasia?
De democrata, só a palavra!
Permite sim, o falar fácil.
Hoje, muito se fala e barato.
Quanto ao resto, modo retráctil,
Para embrulhar, o caricato.
É necessário viver e sentir
Para avaliar em medida real,
Se não estarão a mentir,
Os que mandam em Portugal.
25 de Abril, já lá vão 40 anos,
E continuam, tantos os danos!...
Sem comentários:
Enviar um comentário