Uma vitória alcançada
À custa da desgraça alheia,
Jamais deve ser elogiada
Por que tem barriga cheia.
Vivemos um caso presente.
Multiplicam-se os louvores.
Não os aplaude quem sente,
O roubo dos seus valores.
À nossa custa, faz-se história.
Triste, cimentada com penúria.
Como cantar pois a vitória,
Quando a vida é de lamúria?
Prometem um novo futuro
Mas de promessas não se vive.
Pessimista, até vos auguro,
Mal pior do que já tive.
Já nada lamento por mim.
Por velho, estou dizendo adeus.
Peço, situação menos ruim
Para a longa vida dos meus.
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