sábado, 30 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Porque já não sou moço
Sinto em mim o cansaço
De um qualquer esforço
No tão pouco do que faço.

SÓ FALTA MESMO!

Roubam descaradamente,
são condecorados por Presidente
como ilustres desta Nação.
Tudo a girar ao contrário!
Só falta mesmo, um falsário
ser santo, em altar cristão!

MAS QUE BELO NEGÓCIO!

"Atlântida" por nome tem
o ferryboat da questão.
De novo à baila, aí vem,
como chamamento à razão,

Da mais completa trapalhada,
em que andou envolvido.
Não sendo a culpa apurada,
acabou por ser vendido.

Com lucro de cem por cento,
é pertença de noruegueses,
quando se destinava ao tempo
a navegar em mares portugueses.

Recusado pelo destinatário,
o Governo Regional dos Açores,
que invocou, factor primário,
a lentidão dos seu motores...

Da recusa se aproveitou
um gestor de larga visão
mas o "Zé-povinho" o pagou!
Vejam só, quanta contradição.

Agora, incansáveis diligências
tentam apurar os resultados
das tramóias e insuficiências
que envolvem todos os visados.

Tarde piaste ó justiça!
Quem o "ganhou"fica a rir.
Com malabarismos se enguiça
o que se desejaria no porvir!


Contas por alto em milhões:
O navio custou 50.
Foi vendido por 8
E revendido por 16.
Aproveitaram, os espertalhões!

COITADINHA!...

A direita anda muito ferida
porque é visada e ofendida
nos debates levados a efeito.
Quem a eles assiste, de fora,
vê perfeitamente onde mora,
a boçalidade e qual o sujeito.

Precisamente, na ofendida.
A sua rapaziada, tão divertida,
chaga a atingir a animalidade.
São três, pelo menos em festa
e não tendo os dedos de testa,
causam-nos apenas hilariedade!

TU CÁ, TU LÁ

Já estarão a construir
Gaiolas para os alojar?
Os "passarões" que a sorrir
Continuam a roubar?

Vais ficar a pedir esmola,
a construção terás de pagar,
e não penses que na gaiola,
o cuco, deixará de cantar.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 29 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Já estarão a construir
Gaiolas para os alojar?
Os "passarões que a sorrir
Continuam a roubar?

SÓ DÁ MESMO PANAMÁ

Andam a saquear o país.
Chupam-no até ao fundo da raiz
e a "seiva" que daí advirá,
vai para paraísos fiscais.
São a corja dos ditos "mais"
com papeis no Panamá!

UMA QUESTÃO DE PAPEL

Há por aí uns senhores,
mui ilustre doutores
que, com traição ao país,
transferem dinheiros adquiridos,
mantendo-os bem escondidos
em "paraísos" de falsa matriz. 

Há quem ande ao papel,
como aquele pobre do Manel,
para angariar subsistência.
E é tão pobre, o coitado,
que nem sabe, que é roubado
pelos ditos, de excelência!

TU CÁ, TU LÁ

Sorria, sorria sempre
Um sorriso de prazer
Alegra quem o sente
Desejoso de o receber.

Há sorrisos em caras feias
mais lindos que nas bonitas,
os sorrisos de que anseias
remete-os não te demitas.* 

* Raul Taveira

quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

SORRIA, SORRIA SEMPRE
UM SORRISO DE PRAZER
ALEGRA QUEM O SENTE
DESEJOSO DE O RECEBER

SINAIS DOS TEMPOS

VIOLÊNCIA NO CAIS DO SODRÉ

Nos velhos anos já idos,
os desafios eram vencidos
dentro do preceito legal,
ditado por regras e leis
duras, como no tempo dos Reis,
os senhores de Portugal.

A educação nascia no berço,
por religião a reza do terço
e na escola, a continuidade.
Se alguém "saía dos eixos"
e pisava caminho com seixos,
tinha "à perna"a autoridade.

Quem tinha posses, estudava.
Não havendo, na Primária ficava.
Uns seriam futuros doutores,
os outros aprendiam um ofício.
Beber um copito, único vício.
Começavam cedo os amores.

O casamento, uma consequência
e os filhos nasciam, na sequência.
Vidas modestas sem tropelias.
Circulava-se pelas madrugadas
vendo as montras engalanadas,
sonhar, vivendo boas alegrias.

Cumpria-se o Serviço Militar.
A seu tempo, ninguém iria faltar.
"Reguila" que se julgasse superior,
sentia da disciplina o bom efeito.
 Mudava para melhor, um mau sujeito,
obrigado a cumprir com rigor.

Cumprida a "tropa", a nova vida, 
garantia emprego de seguida.
Os Cursos Industrial e Comercial,
por muitos seguidos, anteriormente,
davam mão d'obra conveniente
às necessidades, de modo pontual.

Estupidamente terminados
Só deram maus resultados.

E hoje, como estamos?
Bem mais ricos...sem danos?
Vida fácil, fartura desmedida.
Casam e descasam os meninos
cheios de despropositados mimos,
sem saberem o custo da vida.

Para quem sempre foi cumpridor
sem entraves na ordem superior,
desconhece grandes melhoras.
No que de badalado se criou,
na escala onde tudo se avaliou,
Compreendo porque choras!

O DEDO NA FERIDA

Sendo os senhores banqueiros
Apontados como ladrões
Porque não são dos primeiros
A ocupar as devidas prisões?

Aliás, basta que se veja
Não há um que seja à "sombra".
Se a justiça fraqueja,
O "Zé-povinho" até zomba!

TU CÁ, TU LÁ

Nós os velhos, com efeito
Pouco ou nada fazemos.
Compramos tudo já feito
E pouco nos cansaremos.

Estás velho com efeito
e boa vida levaste!
Se compras tudo já feito,
boa "massa" arrecadaste.*

* Raul Taveira


quarta-feira, 27 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Nós os velhos com efeito
Pouco ou nada fazemos.
Compramos tudo já feito
E pouco nos cansaremos.

DESENGANO

ALVITO NÃO PASSA DE MITO

Feita esta introdução,
um convite à análise da questão:
Sessenta anos de um sonho
animaram as gentes desta Beira
que assim via uma boa maneira
de ter futuro mais risonho.

Entre avanços e recuos,
de compreensões e de amuos,
num "faz que anda mas não anda",
chegou-se a ter uma conclusão:
Haveria barragem na Foz do Cobrão!
Expropriações, de quem manda.

Tal, até chegou a ser feito,
ficando sem terras qualquer sujeito
que tivesse o seu bocado na área.
Bem pagos, segundo se diz
e o Governo que tal quis,
desenvolveu obra vária.

Estrada de acesso conveniente,
postos de altíssima corrente,
tudo a embandeirar em arco!
Só que, governo mudado,
e tivemos o "caldo entornado"!...
Do todo feito, não vale pataco!

Divulgada agora a decisão final.
Excluída do plano energético nacional,
irá ficar apenas na imaginação,
um desejo sonhado de muitos anos,
reduzido a grandes perdas e danos,
por culpa de incompetências da Nação.

Certo e sabido. Pagarei para ver.
O que se perdeu já não iremos ter.
As velhas oliveiras do Ocreza
deixarão de receber o devido trato.
Aumentarão o rude espaço do mato,
pois o novo dono, não as cuidará, de certeza!

O que ganhámos com estas inteligências
que mal governam nas suas vigências,
esquecendo o já feito e o gasto?!
Quantos milhões deitados à rua,
à nossa custa, à minha e à tua?!
Este país parece um pasto!!...

DA BARRAGEM FICOU A MIRAGEM

AQUELE MÊS DE ABRIL

Abril foi o mês da revolução.
Aquele que nos fez sorrir
No criar da sonhada ambição
De ver cravos rubros a florir...

Ao primeiro, dos mais comemorados,
Quantos mais já passaram?...
Dos perfumes então aspirados
Apenas resquícios ficaram...

A plena liberdade alcançada,
Pela conquista da razão,
Do tanto que se esperava,
Algo ganhámos. O todo, não!

Pois se ditadura foi tormento
E ter país novo uma esperança,
Na imposta sujeição do momento,
O sonho é ainda uma criança!

Este ano, não porei cravo na lapela.
Ficarei a vê-lo passar, à janela.

TU CÁ, TU LÁ

Quem não come
Por já ter comido
Sentir a fome
Não faz sentido.

Decerto não é cristão
tem o pecado da gula
se é assim tão comilão
a cabeça não regula.*

* Raul Taveira

terça-feira, 26 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Quem não come
Por já ter comido
Sentir a fome
Não faz sentido.

NESTE LUGAR, SARNADINHA

Aqui criei as raízes
que me firmaram à terra.
Aqui passei momentos felizes
que uma longa vida encerra.
Por aqui quero ficar,
em cinzas, que pedirei
a alguém para espalhar,
nestes sítios por onde andei.
E se o futuro antevejo,
um querer agora expresso,
pois que repouse no leito do Tejo.
Por favor, é quanto peço!
Encaro a morte com naturalidade,
tal como a vida, nesta simplicidade!

MANIFESTO DE ABRIL

Com o passar de 40 anos
é menos intenso o perfume
dos cravos, e seus enganos
verdade que aqui se assume.

Foi lindo o desejado sonho
concretizado no mês de Abril,
pensado como bem risonho.
Só promessas, mais de mil!...

Mais um que celebramos
já com duvidosa alegoria.
De longe, não o comparamos
ao primeiro da tanta alegria.

As culpas, quem as terá?
Não o povo, certamente!
De olhos vendados, andará
a aceitar quem lhe mente.




E é tão triste este aceitar...
Quem se deixa até submeter
à podridão que dá lugar,
ao não cumprido, no prometer.

Da imensa e gloriosa conquista,
feito o balanço, frio e duro,
como querem que se assista,
a tanto vergonhoso perjuro?!

A bem do povo? Qual bem?
Engano de ladrão engravatado
que nada tinha e muito tem
e todo esse, nos foi roubado?!

RESCALDO DO 25 DE ABRIL

ATÉ OS CRAVOS MURCHARAM

Tão vergonhoso discurso
Naquele festivo momento
Prova o ignóbil mau uso
Que utilizou. O lamento!

E direita assim ressabiada
Na voz daquela mulher...
Mais baixa que peixeirada,
O negue, quem tal quiser.

 Nem os momentos escolhem
Para demonstrar mau perder.
Se julgam que algo colhem,
Sintam-se, mais longe do Poder!

TU CÁ, TU LÁ

Chegou finalmente
O Sol da Primavera
Deixa-me ficar contente
Após tão longa espera.

Ficaste alegre após espera
lá se foram as "águas-mil"
tens o Sol da *Primavera
e o "FULGOR" do Mês da Abril.*

* Raul Taveira

segunda-feira, 25 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Chegou finalmente
O Sol da Primavera.
Deixa-me ficar contente
Após tão longa espera.

A "REVOLUÇÃO DOS CRAVOS"

Nas quatro décadas de existência
Eliminou muitos agravos
Mas não atingiu a excelência,
Aquela "Revolução dos Cravos".

Cantaram, alegremente
"Grãndola Vila Morena"
Sem que a boa semente
Germinasse de forma plena.

Citam-se as bem-aventuranças,
Advindas de acto revolucionário,
Sem que algumas das mudanças
Tivessem carácter prioritário.

A liberdade tão desejada
Deu lugar a muita libertinagem.
Dizem que democracia mal usada
Conduz a crimes de malandragem.

Em jeito de balanço final,
No registo do Deve/Haver,
Afastou-se um certo mal
Mas resta muito para fazer.

Por exemplo:
Que se trate de condenar
Quem ABRIL ande a atraiçoar!

TU CÁ, TU LÁ

As más verdades são cruéis.
Da Ditadura à Democracia
Levaram-nos muitos anéis.
A Globalização fez a razia.

As verdades são amargas,
é um velho rifão, 
e tristes são as pagas,
na tua composição.*

* Raul Taveira

domingo, 24 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

As más verdades são cruéis.
Da Ditadura à Democracia
Levaram-nos muitos anéis.
A Globalização fez a razia!

ARROTOS DE FARTURA

Será que ninguém vê?
O senhor que mexe na EDP
com um aumento colossal?!
E a juntar ao que já tem?
O que pensará o "Zé-ninguém"?
Decerto mal, muito mal!...

A QUESTÃO DO CARTÃO

Cartão do Cidadão,
ou será da Cidadania?
Vejam só a grande questão!
E a provocar tanta alergia.

Gastos com ninharias
deixam as carteiras vazias!

Porque não pensar ao emitir?
Andaram todos a dormir?!

QUADRAS AO VENTO

METÁFORA DA ÁRVORE

Criadas as raízes fortes
que me ligaram à terra,
cresci com as boas sortes
que o ciclo não encerra.

Sou já árvore vetusta
de muitos e longos anos
a que a vida não assusta
mas já vai criando danos.

Assim sendo é natural
as minhas folhas irem cair
no repetido passar outonal
sem dúvidas no porvir.

Não sinto a menor pena
pois nelas eu me revejo.
Cada uma será poema
nas quadras que versejo.

Parte delas aqui estão.
É só apanhá-las do chão!...

TU CÁ, TU LÁ

Não me venham ralar
Deixem-me ser assim
Nunca irei mudar
Mesmo  perto do fim.

Pára vê e escuta
os que te querem ralar
faz com eles a permuta,
não voltares a rabujar.*

* Raul Taveira

sábado, 23 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Não me venham ralar
Deixem-me ser assim
Nunca irei mudar
Mesmo já perto do fim.

DIA MUNDIAL DO LIVRO

Meu bom velho Livro
De ti fiquei cativo
Quando me ensinaram a ler
E como foi assim relevante
Tudo o que aprendi no instante
Nas tuas páginas do saber.

Hoje é o teu dia celebrado
E de tão velho já considerado
Como uma luz do conhecimento.
Com toda a justiça te venero.
Continuarei a ler-te, como espero
Recebendo de ti, ensinamento.

TU CÁ, TU LÁ

Quando muda o Governo
Alteram-se as vontades.
É o país quase enfermo
À custa das nulidades.

Não alteram as vontades
ajustam as conveniências
têm as mesmas afinidades
para nossas maledicências.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 22 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Quando muda o Governo
Alteram-se as vontades.
É o país quase enfermo
À custa das nulidades.

"ALVITO POR ÁGUA ABAIXO"

Plagio o título de "Reconquista"
para trazer de novo à estampa
esta resolução tão mal-vista,
que de certo modo não encanta!

E mais se admira, isso e aquilo
que todos os "politiqueiros",
chorando lágrimas de crocodilo,
evocaram como causas e efeitos.

Tenho cada vez mais convicção,
de que nunca teremos um bom país.
Com estes brilhos de actuação,
ele nunca passará de um petiz!

E fica-mo-nos, simplesmente assim?
Nada fazendo...esperando o fim?!...

GRANDE VERGONHA

Recente "Grande Reportagem"
Deu-nos a ver, a péssima imagem
De como vivem as forças policiais.
Da  PSP e Guarda Republicana.
Se a visão não nos engana
A clarividência é por demais!...

Pergunto, como muita inocência:
As chefias, conhecem a evidência?
E não denunciam, batendo forte?
Exigindo para os seus subordinados
Melhorias e meios mais adequados,
Para quem vive tão má sorte?!

Sim! É uma pura ingenuidade.
Até sei como seria, na realidade.
Pró "olho da rua" os Comandantes.
E tudo continuaria igual a sempre:
A pagar por todos o inocente,
"Tal como dantes, em Abrantes"!


ABUSOS ILUSTRADOS

O que é abusivo enjoa.
Tantas vezes nos jornais
Só porque é muito boa?
Irra! Chega a ser demais!...

SIMPLES COMO ISTO

VENDER MAIS
COMPRAR MENOS
SIMPLES POR DEMAIS
E NÃO O ENTENDEMOS?

COMO?

Comissões de Inquérito? 
Nunca passam do pretérito.
Muito se fala, nada se apura.
Sorri a visada personalidade,
Nunca se saberá a verdade,
Safando, a tal reles criatura!

TU CÁ, TU LÁ

Citando pintor afamado
Não suba a Dona Catarina
Acima de qualquer calçado.
Tenha calma, minha menina.

Anda descalça a Catarina?
Mas calçado não lhe falta!
Sente-se bem pequenina
diz não querer, parecer alta.*

* Raul Taveira

quinta-feira, 21 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Citando pintor afamado
Não suba a Dona Catarina
Acima de qualquer calçado.
Tenha calma, minha menina!

O DONO DO PODER

Se tivesse o poder de mandar,
quando alguém fosse nomear,
imporia, regra simples e dura:
Analisar, a criatura no momento,

desde a data de nascimento,
até ao tempo da investidura!

Dois exemplos, aqui à perna,
referem a Administração Interna.
Lembram-se daquele tal Macedo
e da senhora que lhe sucedeu?
O primeiro foi embora cedo
e ela, nunca nos convenceu.

Motivos dúbios por demais
nesta "República de Maiorais"
onde motivos são tão repetidos
e indiciam prática corrente.
Não se escolhe o competente,
apenas os compadres e amigos!

Pela andar da carruagem
quantos mais, nesta viagem?


TU CÁ, TU LÁ

Por tantas terras andei
Tanto mundo conheci
Mas por aqui ficarei
Neste lugar onde nasci.

Por muitas terras andaste
muito mundo conheceste
falta aqui o que pensaste
"Sarnadinha" onde nasceste.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 20 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Por tantas terras andei
Tanto mundo conheci
Mas por aqui ficarei
Neste lugar onde nasci.

AQUI NA FOZ

Aqui na Foz,
onde o Cobrão se junta ao Ocreza,
perto de todos vós,
comungo uma grata certeza:
A de que é bom ser Beirão!
E viver assim em terra boa.
Ainda que pobre, único senão,
na vida de qualquer pessoa.
Ao xisto pouco arável,
arrancar o sustento do dia
em esforço tão louvável,
a confirmar o quanto valia.
Era pouco,  mas bastava
naqueles tempos do passado.
A gente da terra aqui se quedava
sem grande sonho sonhado.
Viver apenas o cada dia,
pedindo as graças do Senhor
e com toda a fé se pedia,
andar bem longe o Doutor!...
Era o temor da doença,
pesadelo maior das pobres gentes
que guardavam a pequena tença
para acudir a males urgentes.
Ainda restam sinais à vista
da procura do bom tesouro.
É nas conheiras que se regista,
o garimpo na procura do ouro.
Tenho essa grata recordação,
de assistir a prática tão antiga,
ali no Ocreza, aqui na Foz do Cobrão,
nesta aldeia de gente amiga!
Por aqui brinquei em criança,
já homem sempre a procurei,
esta Foz onde desagua a esperança
e se vive, pacificamente com lei.
Ao passado das dificuldades,
até no tortuoso acesso,
há hoje boas novidades,
vindas de notório progresso.
É a saída do anonimato.
Agora, aqui ocorrem os visitantes.
Fez-se da Foz, um belo retrato
e já nada é como era dantes.
Tão bom que assim seja!...
Dar a conhecer a nossa Beira,
e que do seu todo, tudo se veja,
mesmo de singela maneira!

Como esta, a que fiz
e pela qual me sinto feliz!

Mundial da Poesia - 2016

TU CÁ, TU LÁ

Mudados os tempos
Falseadas as verdades
Hoje só maus momentos
São tristes realidades.

E os tempos mudaram
onde verdades não há
os mentirosos avacalharam
neste mundo ao deus-dará.*

* Raul Taveira

terça-feira, 19 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Mudados os tempos
Falseadas as verdades
Hoje só maus momentos
São tristes realidades

DESENGANO

ALVITO NÃO PASSA DE MITO

Feita esta introdução,
um convite à análise da questão:
Sessenta anos de um sonho
animaram as gentes desta Beira
que assim via uma boa maneira
de ter futuro mais risonho.

Entre avanços e recuos
de compreensões e de amuos,
num "faz que anda mas não anda",
chegou-se a ter uma conclusão:
Haveria barragem na Foz do Cobrão!
Expropriações,  de quem manda.

Tal, até chegou a ser feito,
ficando sem terras qualquer sujeito
que tivesse o seu bocado na área.
Bem pagos, segundo se diz
e o Governo que tal quis,
desenvolveu, obra vária.

Estrada de acesso conveniente,
postos de altíssima corrente,
tudo a embandeirar em arco!
Só que, Governo mudado,
e tivemos o "caldo entornado"!...
Do todo já feito, não vale pataco!

Divulgada agora a decisão final.
Excluída do energético plano nacional,
irá ficar apenas na imaginação,
um desejo sonhado de muitos anos,
reduzido a grandes perdas e danos,
por culpa de incompetências da Nação!

Certo e sabido. Pagarei para ver.
O que se perdeu já não iremos ter.
As oliveiras do Rio Ocreza
deixarão de merecer devido trato.
Aumentarão o rude espaço do mato,
pois o novo dono, não as cuidará, de certeza!

O que ganhámos com estas inteligências
que mal governam nas suas vigências,
esquecendo o já feito e gasto?!
Quantos os milhões deitados à rua,
à nossa custa, à minha e à tua?!
Este país parece um pasto!...

DA BARRAGEM FICOU A MIRAGEM

ADEUS, VAIDADE

Fazer o que quero e gosto.
Ninguém me verá mal disposto
se aceitarem as minhas condições.
Tão simples como as declaro:
Não admito ouvir reparo,
muito menos, severos "sermões"!

Fui assim e assim continuo.
Tudo às claras, detesto o escuro,
das hipocrisias não me calo.
Vivo em serena simplicidade.
Já lá vai o tempo da vaidade.
Também a tive. Sei do que falo!

TU CÁ, TU LÁ

Ao tempo da longa ditadura
Sucedeu o arco da governação
Uma só pérfida criatura
Deu lugar a imensa legião.

Sabes tu, eu e poucos mais
que foi a austera criatura
tinha legião de anormais
que viviam "da" penúria.*

* Raul Taveira

segunda-feira, 18 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Ao tempo da longa ditadura
Sucedeu o arco da governação.
Uma só pérfida criatura
Deu lugar a imensa legião.

MALEITA D'AMOR

Vivo em constante pressão
sofrendo de inquietude,
desconhecendo a razão.
Porque será? A que alude?

Não sujeito a problemas,
além daqueles inevitáveis,
escassas são as minhas penas,
consideradas invejáveis.

Estranha pois, esta postura
de tão acelerado movimento.
Sou apressada criatura
sem descanso, ao momento!

Psicologia? Nem pensar!...
A especialidade é cara.
Prefiro deixar-me andar
neste ritmo que não pára.

Meu coração bate forte
mas saudável, diz o doutor.
Vou resignar-me à sorte.
Isto deve ser mal d'amor!...

Mundial da Poesia, 2016

A QUEM VESTE SAMARRA

Pele de raposa na gola
Em samarra tão original!...
Mas mete-se o "pé n'argola"
Ofendendo o Mundo Animal!

E o que diz o PAN?
Hã?!...

TU CÁ, TU LÁ

O ganho em democracia
Perdeu-se na globalização
O que antes era azia
Passou a grave indigestão.

Não há fome que não dê em fartura
diz o povo e tem razão.
Quem ter mandou criatura
ser assim tão glutão?*

* Raul Taveira

domingo, 17 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

O que foi ganho em democracia
Perdeu-se na globalização.
O que antes era simples azia
Passou a gravosa indigestão.

PENSAMENTO DOMiNICAL

... e eu a pagar pelos tais
com "papel" em paraísos fiscais?!

TU CÁ, TU LÁ

Os "passarões" já podem voar
Para onde bem desejarem
Quem sabe se com tal aliviar
Saiam para não mais voltarem...

Deram asas para voar
a passarões da geração
decerto que vão voltar
não são aves de emigração.*

*Raul Taveira

sábado, 16 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Os "passarões" já podem voar
Para onde bem desejarem.
Quem sabe se com tal aliviar
Saiam para não mais voltarem...

O SER VELHO

Ser velho nada me custa.
Direi mesmo, nem me assusta.
Sinto até um certo prazer
Neste sentir do que alcancei:
O longo caminho que andei
E o que me falta percorrer!...

A VOZ

Quis Deus que a tivesse
bem clara e altisonante
para que dela fizesse
um bom uso, no instante.
Louvar o Bem, criticar o Mal
e sendo ouvida por todos,
como sendo um sinal,
isenta de falsos engodos!

Porque hoje é o seu dia
não fica mal esta alegoria.

TU CÁ, TU LÁ

Sinto-me como andorinha
Voltando ao ninho onde nasceu
Quando vou a Sarnadinha
Berço que o destino me deu.

Tocam sinos na igreja
alvoroço em Sarnadinha
senhor padre nos proteja
dessa tão velha andorinha.*

*Raul Taveira

sexta-feira, 15 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Sinto-me como andorinha
Voltando ao ninho onde nasceu
Quando vou a Sarnadinha
Berço que o destino me deu.

MALDITA POLÍTICA

Lembram-se, "maldita cocaína"?
Pertence ao passado distante.
Hoje o que avilta e domina
De forma bem perturbante,

É qualquer coisa atípica
que cresceu de modo galopante
e chamada de ... política!
Por vezes, tem efeito dopante.

E em casos de subterrâneo,
tão perigosa como o urânio!

Seus servidores, políticos,
deixam tanto a desejar
que já nem os críticos.
os conseguem classificar. 

É uma classe enlameada,
unida como clã ou seita.
Trabalho, pouco ou nada.
Mal se vê, obra bem feita.

Expedientes por norma sujos
garantem o seu bom sustento
e os ilustres, os ditos cujos,
engordam sempre o rendimento.

Cena recente, emporcalhada,
no mar poluído da fábula,
uma "lula" bem "emalhada"
é alvo de tosca rábula!

Tentar vestir a capa da imunidade
para fugir ao castigo da sociedade?!

O que é isto, 
meu Santo Cristo?

PODERÁ SERVIR DE MOTE

Raízes tão fortes
me prendem à terra
que nem ventos nortes,
vindos da serra,
as conseguem danificar.
Pelo contrário, fortaleceram
com a idade no passar.
E nesse passamento,
num balbuciar de melodia,
ouço o gentil chamamento:
- Volta! Aqui nasceste, um dia.

Foi em Sarnadinha,
Aldeia que digo, ser minha.

DIÁLOGOS

Qualquer debate "à portuguesa"
dá-nos a indiscutível certeza
de que redundará em "peixeirada".
Sejam ministros ou vulgares pessoas
Todos pensam: "quanto mais soas
mais válidas as razões apresentadas"!

A "chinfrineira" extravasa
sem classe. Gente estupurada,
berrando a plenos pulmões,
em conversas de mistura
sem tento, nexo ou textura.
São apenas, piadéticas sessões.

E nunca há mediador à altura
que cale a boca à estúpida criatura!

SIGNIFICADO DE SILVÉRIO

Meu nome deriva de "selvagem".
Não vejo nisso desvantagem
Mas define como me apresento:
Simples com toda a certeza,
Pois selvagem é a Natureza.
Coincidências,...acrescento!

E sendo ainda do signo Leão
Tudo em si me dá mais razão!

AS MINHAS VERDADES

Quem nos deveria defender,
Prevenir e até preservar,
São afinal os de temer
Por aquilo que vão roubar?!

Paraísos fiscais?
Eu diria, infernos!
Diabos muitos mais
Do que anjos ternos.

Algus com tanto
Muitos em dificuldade
É este o actual pranto
Da nossa sociedade.

Já começa um cheiro...
No Governo que nos assiste
Quando o mal é verdadeiro
Não haverá bem que resiste

Tantos os buracos abertos
Neste País esburacado
Onde só os mais espertos
Têm acesso ao bom bocado.

Cheira mal em Portugal
Todo o País fede
A corrupção tornada banal
Mas condenação não se pede.

TU CÁ, TU LÁ

Adeus Mundo cada vez pior
Já o ouço dizer desde menino
De facto não estará melhor
Apesar de haver mais Ensino.

Fica-te mundo cada vez pior,
é provérbio popular.
E assim é, não está melhor
e pior irá ficar.*

* Raul Taveira

quinta-feira, 14 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Adeus Mundo cada vez pior
Já o ouço dizer desde menino
De facto não estará melhor
Apesar de haver mais Ensino.

PERGUNTA SIMPLES

Vencidos em duras batalhas
Apesar da nosso pequenez
E tu "hermano" só atrapalhas
Tudo o que é bem Português?

Derrotado com a tranca
Queres desforra com a Banca?!

COMO É?

Andam a brincar 
aos banqueiros
ou fazem parte da
escumalha
que rouba nossos
dinheiros
com suas artes
de maralha?!

PEÇO DESCULPA

Não sou homem de letras
pelo que certas gralhas
ou composições obsoletas
escapam às minhas malhas.
Por elas peço desculpas,
ao sabichão e ao letrado:
- Vê lá se me indultas
ao ler este verso quadrado!

TU CÁ, TU LÁ

Um beijo não tem preço
Mas é doce e desejado
Há um que nunca esqueço
O primeiro, de namorado!

Há os com preços e medida
supostamente os primeiros
que vendem uma Vida
apenas por trinta dinheiros.*

*Raul Taveira

quarta-feira, 13 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Um beijo não tem preço
Mas é doce e desejado.
Há um que nunca esqueço,
O primeiro, de namorado!

SENHOR DEPUTADO EUROPEU

A sua "finura do gesto"
Não liga com o resto.
Cortado o som ao que diz,
Olhando o maneio gestual,
Ficamos com a ideia geral
De que em si, nada condiz!

UM DOS MUITOS MAIS

Tem à perna, casos de sobra
Mas continua a sorrir.
Sujou as mãos, na "obra"
Que não chegou a concluir.

Submarinos, Moderna, sobreiros,
60 mil cópias digitalizadas...
Num país de "cegos e ordeiros" 
Que desculpam, "almas danadas"?!

Sempre haverá más pessoas
Com as portas bem fechadas,
Obtendo para si coisas boas
À custa das arcas encouradas!

E, nunca mais é sábado?!...

A MODA DOS BARBUDOS

Noto com certo gozo
que os rapazes da política
talvez por achar jeitoso,
são barbudos, coisa típica.

Melhoram assim o visual
no seu conceito duvidoso
ou julgam ser intelectual?
Alguns, com ar de piolhoso.

Barba raleta, mal aparada,
não dá classe, pelo contrário.
Parecem homens da valeta,
talvez do signo Sagitário!...

Dá trabalho rapar o pelo?
Já os carecas, aboliram o cabelo.

TU CÁ, TU LÁ

Corrupção em alto nível
Pelos bem instalados na vida
Como será isto possível
Tendo eles "boa comida"?

O que se instalou na vida
é visto como normal.
Imoral? Ninguém duvida,
mas, seu feito natural?*

* Raul Taveira

terça-feira, 12 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Corrupção em alto nível
Pelos bem instalados na vida
Como será isto possível
Tendo eles "boa comida"?

MAIS UMA NOVIDADE SUJA

Pago com"língua de palmo"
Tenho os impostos em dia
Acreditem não fico calmo
Acho injusto, sinto arrelia!

E agora a descoberto
Sabe-se que ao corromper
Qualquer ricaço esperto
Pode deixar de o fazer.

Subornar as nossas finanças
Nas pessoas dos servidores
E as minhas fracas poupanças
A pagar dívidas dos senhores?!...

É caso para perguntar:
Onde é que isto irá parar?

TALVEZ SÓ O PAPA

É caso para perguntar:
Onde é que isto irá parar?
Quem, credível de aceitação
Se a própria alta finança
Já não merece confiança
E pactua com o ladrão?!

O FENÓMENO

Ouvi dizer a comentador
Que corrupção é fenómeno
Da era actual. Um horror!
Acho o dizer, anómalo.

É sim e antes uma praga!
Contagiosa, compensadora
De tal forma que a paga
Seduz o cavalheiro e a senhora!

Não tem cura prevista.
O mal nasceu com o Homem.
Duvido de quem resista
Vendo o bom que outros comem!...

NAS ENTRELINHAS

Quando a pálida senhora
Pede que haja transparência
Concordo com ela na hora
É uma louvável exigência.

Vou mais longe no pedir:
Seja a limpidez bem igual
Aquela que fez submergir
Os submarinos de Portugal.

A navegar em águas turvas
Vem mau cheiro das "furdas"!


HÁ DIAS ASSIM

Eu tenho dias...
Até o sou de apelido.
Mas por vezes sinto arrelias...
Mais valia não ter nascido!

Exagero? Sim, na verdade.
É bom dizer, estou vivo.
Porém há tanta maldade
Que viver se torna castigo.

E não praticando o mal
Porque o terei sem merecer?
Nem a um simples animal
Se lhe dá um mau viver!

TU CÁ, TU LA

Impor a austeridade
Ganhando uma fartura
Só prova a animalidade
De quem manda e tortura.

Mantemos a perenidade
dar milhões aos embusteiros
quando toca a austeridade
pra pagar, nós os primeiros.*

* Raul Taveira

segunda-feira, 11 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Impor a austeridade
Ganhando uma fortuna
Só prova a imbecilidade
De quem manda e tortura

METÁFORA PORCINA

O Mundo é um chiqueiro
onde se chafurda em dinheiro.
Quem o tem em volume,
tenta com artes criminosas,
aumentar as contas gostosas
mas a culpa nunca assume.

Colocam a "vianda" a salvo
de modo a aumentar saldo,
em pocilgas de nomes pomposos
ou furdas, também mal cheirosas,
 com lindos nomes de rosas,
os tais paraísos...manhosos!

E os porcos vão engordando
à custa de quem é brando.
O cheiro de dinheiro sujo
alastra, crescimento aumentado,
envolvendo até qualquer Estado
governado por ignóbil sabujo!

PRURIDOS

...então, quando recebo a missiva
do senhor Director das Finanças,
 a dar conta de forma activa,
do pagamento, sem tardanças...

Sinto os cabelos em pé
e vocifero mil palavrões,
contra toda essa ralé,
visada nas muitas opiniões.

Pois se pago os impostos,
do que como, gasto ou uso
e certos fulanos, bem-postos,
fazem disso um escuso?!

Eu que ganho "mijareta"
e não chega o que desconto,
chega o tal IRS da treta...
Paga mais tanto, a pronto?!

Vem depois o mau IMI,
Imposto Mais Injusto,
porque me privei e construí
passo a inquilino, de susto?!


TU CÁ, TU LÁ

Chegou de modo hesitante
A tão desejada Primavera
Sem o calor do instante
De pouco valeu a espera.

Não sejas precipitado
esperar é uma virtude
o calor que é esperado
te chegará em plenitude.*

* Raul Taveira

domingo, 10 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Chegou de modo hesitante
A desejada Primavera
Sem o calor do instante
De pouco valeu a espera.

TU CÁ, TU LÁ

Tudo gira à volta do "papel"
Há aquele que tudo compra
Outro que o pobre do Manel
Recolhe e tenta pagar a conta.

A ganância ao "papel"
faz o mundo guerrear.
Há por aí muito "manel"
com boas contas a dar.*

* Raul Taveira

sábado, 9 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Tudo gira à volta do "papel".
Há aquele que tudo compra
Outro que o pobre do Manel
Recolhe e tenta pagar a conta.

LAMÚRIA

"Pai, já não sou Ministro"!
"Herdei de ti o mau feitio"
"Porque não pensei nisto"?
"Sinto-me agora num vazio"!...

PAPEL SUJO

Não têm, nunca tiveram...
negam com todos os dentes!...
As fortunas que fizeram
são de pessoas decentes(?).

Falta de vergonha latente
faz-me rir, dá que pensar.
Aos papéis anda a gente
Com o vosso sujo enganar!

EXCELENTÍSSIMA SENHORA

Muito riso
pouco siso
diz o rifão popular
rir tanto sem ser preciso
será falta de juízo
ou gosto de enganar!

FILOSOFIA BARATA

Enquanto se morre por
carência
Há quem tenha tanta
abundância
Que não haverá uma 
ciência
A solucionar tal
substância!

TU CÁ, TU LÁ

Quem faz tais nomeações
Com motivos duvidosos
Sofre depois desilusões
E castigos bem penosos.

Dúvidas não são motivos
pra sofrer desilusões
e quem já sofreu castigos
por ter feito nomeações?*

*Raul Taveira

sexta-feira, 8 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Quem faz tais nomeações
Com motivos duvidosos
Sofre depois desilusões
E castigos bem penosos.

COMO EU GOSTAVA...

Tanto gostaria de poder
concretizar um bem-fazer
que alegrasse alguém.
Esse alguém necessitado
e dar-lhe eu o desejado,
aquele que pobre não tem!...

ANGOLA (JÁ NÃO É NOSSA)

Apenas o petróleo, porquê?
Outras fontes ninguém vê,
Ou falta apenas a vontade
De extrair as riquezas
Que constituem certezas?
Quem denuncia a verdade?

SE EU FOSSE O JUIZ...

Dessa questão em causa
Não faria qualquer pausa
Nem hesitava na pena aplicada.
Aos intervenientes da cena
Daria uma explicita pena:
Aos três, grande bofetada!!

Soube agora, um redimiu-se.
Melhor dizendo, demitiu-se!

TU CÁ, TU LÁ

A ética, ponto assente,
Perde-se no simples acenar
De proposta conveniente
Que aumente o bem-estar!...

O homem tinha deveres
para com seu semelhante
foram-lhe dando poderes
tornou-se num bom tratante.*

* Raul Taveira

quinta-feira, 7 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

A ética, ponto assente,
Perde-se no simples acenar
De proposta conveniente
Que aumente o bem-estar!...

NUNCA MAIS É SÁBADO?

Terminada a "Operação Marquês"
Será que saberemos de vez
Haver ou não alguns culpados?
É que, com tanta demora,
Uma prescrição vinda na hora,
Daria nova vida aos visados!

EU SOU...

Sou dono da minha preguiça.
Ninguém me tira tal permissa
De fazer o que quero e gosto.
Assim, sempre bem disposto
Em cada dia e hora que passam
Sentindo as fadigas que maçam!

LADRÕES DE FRAQUE

O "Escândalo Panamá"
Revela como o Mundo está:
Miserável e muito sujo!

"Abutres" ditos humanos
Causam tantos e tais danos
Que apetece dizer, eu fujo!

Quando o dinheiro tudo vale
Do resto, ninguém se rale!

SEJAM ABENÇOADOS

Felizmente há investigação.
Abençoados os seus autores.
Acabada a ocultação
São conhecidos os mal-feitores.

Uma vez bem identificados
E para ultimar o processo
Que sejam todos condenados
Sem hesitação de retrocesso!

A pena a ser aplicada
Sem direito a perdão
Seja a fortuna bem taxada
Ao enganador figurão.

Retirados os seus bens
Deixá-lo a pão e água.
Saber que com vintéis
A vida é cheia de mágoa!

Claro que é uma fantasia.
Isto acontecerá, algum dia?!

AINDA A A14

Ter de pagar portagens
em tais autoestradas
são feias vilanagens
por nós mal suportadas.

Já nos basta
o ter de pagar
agora causa nefasta
esta sim, de espantar!

Grande buraco...
mais um dos que destapo!

CASO POLÉMICO

Deve ser mal de família
"Quem sai aos seus não degenera"
Mas provocar tal quezília
Foi atitude muito "bera"!

Ficou deveras mal...
... assim tão boçal!
A época da "bordoada"
já está ultrapassada.

Arruaças só no PS?
Não creio...mas parece!

TU CÁ, TU LÁ

A razão da voz do povo
É uma força indestrutível
Saber usá-la de novo
Terá resultado discutível.

Povo é quem mais ordena
impingiram-lhe a cantilena
já lá vai a quarentena
e não sai da lengalenga.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 6 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

A razão da voz do povo
É uma força indestrutível
Saber usá-la ou não,
Terá resultado discutível.

MAUS ACTOS CONTINUADOS

Não dá para entender
como continuam a acontecer
assaltos à bomba a multibancos.
Farão parte do quotidiano
e todo o grande dano
não lhes causa espantos?!

Até parece haver interesse
no drama que assim acontece!
Então o tingir as notas
será difícil, custa tanto?
É melhor deixar em pranto
pessoas com as vidas tortas?

Montem lá o dispositivo
e coloquem visível aviso:
POUPA O GAZ!
DAQUI NADA LEVAS, MAU RAPAZ!

E pronto!
Só quem é tonto...

DIFERENÇAS TEMPERAMENTAIS

Justiça "à islandesa"?
Se aplaude, na certeza

Do que pode um povo:
Correr com mau ilustre
E isso nada lhe custe.
Por cá, seria caso novo!...

GANÂNCIA POR DINHEIRO

Capitalismo global
Perspectiva infernal
A merecer um punição
Há quem ande ao papel
Para conseguir farnel.
Outros roubam a ração!

TU CÁ, TU LÁ

Andaram durante anos
Todos "a dormir na forma"
Agora só temos danos
Sem previsão de retoma.

Bem cedo eu preveni
no que isto ia dar
cada um pensando em si
e continuam a pensar.*

* Raul Taveira

terça-feira, 5 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Andaram durante anos
Todos " a dormir na forma"
Agora só temos danos
Sem previsão de retoma.

PAPEIS SUJOS

Previsível, imaginado,
de modo incrível, denunciado...
O Mundo está um horror!
A ganância dos poderosos
no seu pior!
Tal o encher dos odres
dos mafiosos
no intragável sabor
de ovos podres!

Morram de enfartamento!
Levem consigo o que roubaram
e apodreçam, sem lamento,
no lamaçal que criaram.

E com toda a calma...
não direi: Paz à tua alma!

TU CÁ, TU LÁ

A raiva vos faz bramar
Mas cá estaremos para ver
Se a verdade os fará calar
Porque não souberam fazer.

Andamos à espera de ver
à espera de ver o quê?
Todos bramam que vão fazer
mas depois nada se vê.*

* Raul Taveira

segunda-feira, 4 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

A raiva vos faz bramar
Mas cá estamos para ver
Se a verdade os fará calar
Porque não souberam fazer

ACONTECEU NA A14

Construir a autoestrada
Sob o leito de uma ribeira
Criaria situação delicada.
Aí  temos a real asneira.

E culpados, quantos são?
Apuram-se responsabilidades,
Ou como sempre o perdão
Se atribuirá ás nulidades?


TU CÁ, TU LÁ

Considera o seu Partido
"Vocacionado a reformar"
Pois aceite o nosso pedido
Trate de ir já descansar.

Se for já descansar
não pode tratar de nada
se reformas não reformar
fica a dele arruinada.*

* Raul Taveira

domingo, 3 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Considera o seu Partido
"Vocacionado a reformar"
Pois aceite o nosso pedido
Trate de ir já descansar!

PENSAMENTO DOMINICAL

Quando dá jeito, argumentam:
Se compromete, não comentam!

POR FALAR DE ARROGÂNCIA

Sobre a anunciada arrogância,
estamos muito bem conversados.
Só quem lhe devota importância
Não denuncia os seus pecados!

Com devolução, à "coelheira"!

A UM VELHO AMIGO

De seu nome, Raul Taveira.
Disse, da minha ida à Beira:

À TUA SANTA TERRINHA

Transbordei de paz a alma,
enbrieguei meu coração, 
com poemas e vida calma
em Vila Velha de Ródão.

Anda em mim a cogitar
o desejo de ser feliz
se um dia puder voltar
à minha profunda raiz.

Terra linda pura e bela
onde me viram nascer
vive-se sim, em bagatela
e por isso, o gosto de lá viver.

Raul Taveira, 28.3.2016

JULGAMENTO DE ILUSTRES

As contas são de diminuir.
De dez anos passou a seis.
Ainda terão de lhe deduzir
Metade do que já sabeis...

Algum dia irá prá cadeia?
Tirem isso da vossa ideia!

O CONGRESSO Nº.36

Ao seu discurso de eloquência
me permita, digna excelência:
Se tudo o que disse é imperioso
que se previna e se realize,
porque não inverteu a crise,
durante o seu mando glorioso?

Ilustre orador, jovem rapaz:
Bem pregou como Frei Tomás
mas não fez o que devia fazer.
Pelo contrário, só deu pobreza
e aumentou muito a tristeza.
Nada lucrámos com seu Poder!

Ao ouvi-lo, confirmei , isso sim:
tem uma "lábia"... sem fim!
E já agora, com certa graça,
por onde andava, na desgraça?
Terá esquecido ser o "condutor"
daquela orquestra sem valor,
na sua natural teimosia...
...pois até detinha a maioria?...

TU CÁ, TU LÁ

A Social Democracia
Guardada na gaveta
Não passa de fantasia
Ou é apenas uma treta?

Não é treta nem fantasia
nem se guarda na gaveta
há "quarenta" quem diria
que era água pra sargeta.*

* Raul Taveira

sábado, 2 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

A Social Democracia
Guardada na gaveta
Não passa de fantasia
Ou é apenas uma treta?

FINAL DA JORNADA POÉTICA

À FOZ DO COBRÃO
        
Eu já conheço a Foz
desde os temos d'avós!
(vejam, há quanto tempo!...)
Sendo agora já bem velhote
poderei dizer na verdade,
quase uma eternidade!
Era ainda um rapazote...
Aldeia de que sempre gostei  
pois bem diferente a achei
no seu sobe e desce peculiar.
Tem boa gente, igual à minha
daqui perto, de Sarnadinha.
Faço questão de o frizar!
Ambas as aldeias, pobres
mas do passado tão nobres,
no conceito do saber viver
com o pouco que Deus dava.
Mas msmo assim se louvava
nas rezas e no benzer.
Mudaram os tempos e melhoras
vieram aliviar algumas penhoras.
Hoje, Foz do Cobrão está diferente.
Seus filhos, dedicados à terra,
dão-lhe o bom que ela encerra
à vista de toda a gente!
Com o esforço do trabalho
e as poupanças do ganho,
a Foz tornou-se tão airosa
que o presépio declarado
deu lugar a novo estado
e a torna mais formosa!
Mantém vivas as matrizes
porque são fortes as raizes
que a fixam à terra dura.
Fresca pelas águas do Ocreza
é hoje uma inegável certeza
de bom achado a quem procura.

Procurei assim, dar-vos a vós,
naturais e conterrâneos, na Gafoz,
o tanto gosto agora vivido
por aqui estar em partilha,
dizendo como lição de cartilha,
"Amigo! É bom estar contigo!"

Nesta amizade, um por um,
todos juntos cabeis bem.
Não esquecendo nenhum
nem excluindo alguém!

Mundial da Poesia, 2016


sexta-feira, 1 de abril de 2016

QUADRA DO DIA

Ele mandou nisto tudo
Durante quarenta anos
Entretanto e sobretudo
Continuam os enganos.

ÁS GENTES DE PERAIS

Vos saúdo, beirões e naturais
desta aldeia de Perais.
Também perdão vos peço
pois na minha longa idade
nunca tive a oportunidade
de aqui estar. Me confesso!

Para tudo há sempre um dia
e hoje, por força da Poesia,
venho visitar-vos com prazer.
Sou "poeta da simplicidade".
Esta é a minha verdade,
a sentireis  no meu dizer.

Versos simples das nossas gentes,
costumes e usos, alguns vigentes,
outros já pertenças do passado.
Mas nós, os genuínos beirões,
sabemos guardar as recordações
para as transmitir em todo o lado!

Hoje aqui e em boa hora
por obra e GRAÇA de uma senhora
que dirige de forma admirável,
a biblioteca da nossa vila.
A ela, por deferência se perfila
o meu bem-haja. É louvável.

Convosco, neste dia,
festejando com gosto,
O Mundial da Poesia

Março, 2016


NUNCA É DEMAIS RECORDAR...

Esta não será uma casa santa.
Mas é a Santa Casa
da misericórdia garantida,
ás gentes da nossa terra.
Toda a nobreza que encerra,
deverá ser bem enaltecida.

Dela sei pelo que conheço,
o zelo e carinho sem preço
dedicado aos seus utentes.
Convosco aqui estou neste dia
para dizer e ouvir poesia
e ficar-mos todos contentes!

É pouco o que tenho para dar.
Dizei-me o quiserem ofertar
e como estamos, naquela idade...
a de ser-mos de novo pequeninos,
segundo dizem velhos ensinos,
aceitemos isso como verdade.

Podemos brincar e até fingir
para o objectivo se atingir,
dizendo que a Santa Casa de Ródão
é uma protectora "galinha pedrês"
e os pintainhos sois vocemecês!...
Será mesmo que concordam?

Ora oiçam a minha historieta
a propósito e sem peta:

A GALINHA PEDRÊS
In "É Absolutamente Certo".




TU CÁ, TU LÁ

Espinotear com patadas
Guinchando tais impropérios
São prova de que nas coelhadas
Choram a "queda dos impérios".

Quando os coelhos falavam
no império das trapalhadas
em fábula animais aceitavam
a exuberância das coelhadas.*

* Raul Taveira