À FOZ DO COBRÃO
Eu já conheço a Foz
desde os temos d'avós!
(vejam, há quanto tempo!...)
Sendo agora já bem velhote
poderei dizer na verdade,
quase uma eternidade!
Era ainda um rapazote...
Aldeia de que sempre gostei
pois bem diferente a achei
no seu sobe e desce peculiar.
Tem boa gente, igual à minha
daqui perto, de Sarnadinha.
Faço questão de o frizar!
Ambas as aldeias, pobres
mas do passado tão nobres,
no conceito do saber viver
com o pouco que Deus dava.
Mas msmo assim se louvava
nas rezas e no benzer.
Mudaram os tempos e melhoras
vieram aliviar algumas penhoras.
Hoje, Foz do Cobrão está diferente.
Seus filhos, dedicados à terra,
dão-lhe o bom que ela encerra
à vista de toda a gente!
Com o esforço do trabalho
e as poupanças do ganho,
a Foz tornou-se tão airosa
que o presépio declarado
deu lugar a novo estado
e a torna mais formosa!
Mantém vivas as matrizes
porque são fortes as raizes
que a fixam à terra dura.
Fresca pelas águas do Ocreza
é hoje uma inegável certeza
de bom achado a quem procura.
Procurei assim, dar-vos a vós,
naturais e conterrâneos, na Gafoz,
o tanto gosto agora vivido
por aqui estar em partilha,
dizendo como lição de cartilha,
"Amigo! É bom estar contigo!"
Nesta amizade, um por um,
todos juntos cabeis bem.
Não esquecendo nenhum
nem excluindo alguém!
Mundial da Poesia, 2016
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