Grão a grão
A galinha enche o papo
E cada cêntimo então
Ao Governo engorda o saco.
Prisioneiro das Finanças
Qualquer país definha
Porque morrem esperanças
E se perde o que se tinha.
Um preso em cadeia
Ser candidato presidencial
Não acho boa a ideia
Pelo contrário bem mal.
Alentejo quando te vejo
Tão mirrado pelo Estio
Cresce em mim o desejo
De curar tão mau feitio.
Condenados e à solta
Que cena mais patética
Com tão visível afronta
Até torna a coisa épica.
Tais leis feitas assim
Levianas e sem nexo
Passam a não após sim
Como mudança de sexo.
Mudam os tempos
Alteram-se as vontades
Crescem os lamentos
Com as más novidades
Arguidos não têm conta
Condenados nem um só
Como suportar a afronta
De Justiça que mete dó?
Nos casos mais badalados
Só punem o "peixe miúdo"
Estará sempre salvaguardado
O "tubarão" mais graúdo.
Tenho a mão deformada
Pelo muito que escrevo
Não a vou deixar parada
Pensar nisso nem atrevo.
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