quarta-feira, 8 de agosto de 2018

SEXTA-FEIRA NEGRA

"O combate tem sido notável"
Tal disse o senhor Ministro.
Querendo eu ser respeitável
Medito e desde logo, registo.

O que político apregoa
Não se deve levar a sério
Por muito que lhe doa
Há sempre, um mistério…

No encerrar da tragédia
À crítica que dela sobre
Irão fazer contas e média
Mas o país fica mais pobre.

Máquinas abrindo estradas
Que já deveriam existir?
A tantas mentes paradas
Que culpas irão atribuir?

Não ter meios seria pecado
Mas tê-los não utilizáveis
Por pensamento retardado
Faz pensar em actos culpáveis.

Atacar fogos a balde
E bombardeiros com retardante?
Não há ordem que salve
O mau esquema do instante.

Seis dias é muito tempo
Imensa gente no ataque
O culpado é só o vento?
Portugal está a saque!

Uma e meia daquela tarde
Quando soou o alerta:
A Serra de Monchique arde
Mente que dorme não desperta?

Tudo indica que não
Porque se tal acontecesse
Em força e na prontidão
Talvez nem tanto ardesse.

Cada minuto que passa
Aumenta sempre a desgraça!

Incompetentes e em função
Só nos trazem prejuízos
Comandar mal uma missão
E repetir, os maus juízos?

Portugal é um pasto
Onde o perigo aumenta
E as máquinas de arrasto
Fora de tempo se lamenta.

Tantos os meios aéreos
Quando o fogo descontrolado?
Antes e sem mistérios
No início era aconselhado.

Cenas tão dramáticas
Inerentes à situação
Pedem medidas práticas
Como seja a prevenção.

Tantos hectares ardidos
Bens de pobres queimados
Todos serão socorridos
Ou apenas ignorados?

Tantos idosos capazes
De manter uma função
Em vez dos maus rapazes
Que causam mal à Nação

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