"MANEL CAUTELEIRO"
(Irmão do Zé Cacilheiro, na
minha imaginação)
Quando eu era já velhote
e andava num virote
a apregoar lotaria
desde Alfama à Mouraria
dava corda aos tacões
e prometia milhões.
Era um dia bem chuvoso
vinha eu apregoando
no meu jeito habitual
e vi no Casal Ventoso
um pobretanas ser Rei
com a taluda do Natal.
REFRÃO
Sou cauteleiro
e vendo o bilhete inteiro
ou em frações mais pequenas
aquela gente
aquela gente bem pobre ... ai ...
que quer ser rica à força
nem a porca o rabo torça.
Na lotaria da vida
para uns curta outros comprida
há que saber bem jogar
nem que seja numa cautela
e se a má sorte mudar
pode ter uma vida bela.
REFRÃO
Sou cauteleiro
e vendo o bilhete inteiro
ou em frações mais pequenas
quando a guita já escasseia
aquela gente
aquola gente plebeia ... ai ...
que quer ser rica à força
no encher o "pé -de-meia"!
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