Não há crime que tanto oprime
como cumprir pena sem ter culpa.
Quem desta forma se exprime,
sabe bem, no que resulta.
Neste caso, por pandemia,
um ser menos escorreito,
sente em si, a agonia,
de ter sido, um "eleito.
Na escolhya selectiva
dos tidos como mais fracos,
a quem coube a triste vida,
de sofrer, tantos maus-tratos.
Isolamento forçado,
quiçá, a própria morte.
E, qual foi o seu pecado?
Por acaso, menor sorte?
Faço parte do registo,
dessa diária memória.
Com Deus, ainda resisto.
Não sei, o final da estória.
Penso e, não compreendo.
Neste Portugal, tão pequeno,
ninguém se vai entendendo,
de modo seguro e sereno?!
Somam-se as mortes,
crescem, os desnortes ...
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