Meu Deus! Que ansiedade!...
Nem durmo por tanto pensar
Na hipotética possibilidade
De ser o felizardo a ganhar,
Aquele tão belo automóvel...
Que as "queridas Finanças"
Instituem, tal "Prémio Nobel"
A quem lhe encha as "panças".
No palheiro imenso, uma agulha
Me espera, em duzentos milhões!...
Sair do fundo da tulha,
O meu cupão? Ó ilusões!...
E admitindo que sim senhor,
Serei eu o feliz contemplado,
Como gerir tão grande valor,
Vivendo no limiar hipotecado?
Sustentar um topo de gama?
Já analisei quem fez contas.
Se é que ninguém me engana,
Isto é prémio de gentes tontas!
A solução, está no vender.
E, quem ficará a ganhar?
O Estado, está bem de ver!
P'la transacção a pagar!
Havia tantas boas maneiras
De alcançar o mesmo fim.
Se outras mentes, verdadeiras
Quisessem, que fosse assim!
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