quinta-feira, 30 de abril de 2020

"QUADRASTANTAS"

Entre burro e cavalo
Diferença na garupa.
Aquele, podes montá-lo
Este, carregas à bruta.

As contradições são tantas
Que nos obrigam a pensar
Mandante que nos espantas
Revê o modo de mandar.

Como foi possível matar
Homem como Jesus Cristo?
Não me canso de pensar
De pensar tanto nisto.

Ao defenderes o teu bem
Pensa também no dos outros
Por vezes quem muito detém
O pode perder aos poucos.

Harmonia na capoeira
Canta o galo no poleiro
E a galinha prazenteira
Põe ovos o ano inteiro.

Sinto ter sisdo usado
Para benefício d'alguém
E depois ser descartado
Prejudicando o meu bem.

Tudo fiz do que pediram
Com algum sacrifício
Para logo me "despedirem"
Do meu simples "ofício".

Quem semeia tantos ventos
Irá colher tempestades
Assim paga os lamentos
Das suas grandes maldades.

Em boa cama te deitas
Se tiver um bom colchão
E as pernas bem direitas.
Vê lá não caias ao chão.

A Ministra do Social
Defende o ministério
Com sorriso que por sinal
Deveria ser mais sério.

O amor que alguém sente
Lhe dará grande alegria
Coração bate contente
Com mais força, quem diria?

Alguém sentiu a surpreza
Dos infectados migrantes?
Ninguém de plena certeza.
Que dizem os governantes?

Já não é pessoa amiga
Nem me alimenta o ego
Pois então deixe que diga
Por mim também a renego.

Olhar giestas no campo
Ao chegar a Primavera
Só por si são um encanto
E a Natureza se esmera.

Estamos no mesmo barco
Mas em águas diferentes
Nós com rendimento parco
Vocês, sempre exigentes.

Neste compasso de espera
A que um mal nos obriga
A vida é só quimera
Pois mal pode ser vivida.

Antes que a vaca tussa
Ou o burro dê coice
Qualquer que seja a repulsa
Vem tudo a talhe de foice.

Noiva vestida de branco
E com filho na barriga
À ética gera pranto
E má língua incontida.

Ser como as peixeiras?
Só lhe falta a canastra.
Menina tenha maneiras
Ouvi-la? Coisa nefasta.

Estar parado não é p'ra mim
Mas o tão pouco que faço
Irá dar-me um triste fim
Hei-de morrer de cansaço.

Teus olhos verdes tão lindos
São lindos da cor do mar,
Por nós mesmo desavindos
Não os quero ver a chorar.



PORQUÊ ASSIM?

Distanciamento Social.
Soa bem mas parece mal.
Distância física, pois não?
Este, o nosso parecer
Mais fácil de compreender,
Pelo simples, cidadão.

AQUILO QUE SE VÊ

A verdadeira Caridade
Está na sua humildade.
Praticada sem alardes
Na evidência dos factos
Ou que constem de relatos.
Despida dessas vaidades.

Longe das fotografias,
Fugindo das maiorias,
Silêncio na cumplicidade
De quem dá e a recebe.
Fica feliz, quem concebe
E distribue, Caridade!

ASSIM, SIM

Grande aplauso aqui fique,
Porque nos seus intervalos,
Aquele canal da Sic,
Divulga, bons regalos:

Imagens de Portugal,
com vistas, sem igual!

IMPORTANTE

A saída é que importa.
No entreabrir a porta
Há que ter muito cuidado.
Experiências anteriores
Relataram os horroreds,
Já vividos, no Passado.

A FRASE

Na defesa imunitária,
Uma laranja, diária.

ADMIRÁVEIS CAMARADAS

E, nos momentos d'aflição,
A tropa serve a Nação.
Militares em desprezo
Nos tempos da vida calma,
Chamados, de corpo e alma,
A demonstrar, o seu peso!

Atitudes a averbar,
Na "Caderneta Militar"!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

EVIDÊNCIAS

Desanuviar solidões?
Proponho às Televisões:
Revejam, vossas grelhas.
Saturantes, repetidas,
As imagens transmitidas,
Só lembram, as coisas velhas.

O PROBLEMA DOS MIGRANTES

Agora, "trancas na porta"!
Rastreios a efectuar.
Atitude que vem torta,
Após o mal se alastrar,

"ELES E ELAS"

A Ministra do Social,
Defende o Ministério
Com sorrisos que, afinal
Deveriam ser mais sérios.

PARA INGLÊS VER?

A protecção dos idosos.
Porque sois tão mentirosos?
Apenas, o que nós vemos,
Palavras ocas, sem nexo
Que não traduzem reflexo.
Cada vez, valemos menos!

DEMOCRACIA À PORTUGUSA

À maneira portuguesa
A Constituição, dispõe.
O Governo, com esperteza,
Simplesmente, se impõe!

E o Zé, não se queixa.
Obedece e tudo deixa ...

QUERO, POSSO E MANDO?

Contra a Constituição,
manter-me nesta "prisão"?
Nunca assim, senhor Primeiro.
Sou dono da minha vida,
dela disponho, à medida,
apesar de ser ordeiro.

terça-feira, 28 de abril de 2020

LARES DE IDOSOS

Quem conheça certos lares,
provará que os "azares"
não são um simples acaso,
Tão variadas as razões
Que criam as más situações.
Algumas são, de "arraso"!

Centros de reter, ócio.
Para alguns, só negócio.
Quantos mais se alojarem
Maior o lucro obtido
E. o que foi prometido,
Apenas e só ... esperarem!

Todos "ao molho, fé em Deus",
Maltratados como plebeus,
A olharem-se entre si,
Sem qualquer actividade,
Ausência de Caridade,
Em certos lares, isso vi!

Decerto, tudo melhorou
Mas alguém houve que pecou.
Que se faça a distinção.
O dinheiro que tudo paga,
Nunca a diferença, não vaga,
De quem usa, boa intenção!

Sobre higiene, que dizer?
Bastam cheiros para saber
Que não será das melhores.
Falo, de um modo geral,
Do que se passa em Portugal.
Pés a caminho, senhores!

Ver e crer como o tal Santo,
Preparados para o espanto,
A compreensão, surgirá.
Assistência aos idosos,
Um dos problemas gravosos,
Pelo pouco, que se lhes dá!

Nós velhos, somos encargo,
Alguns, um enorme fardo,
Mais ou menos suportável,
Conforme a Família,
De certeza, a quezília,
Chega a ser, indesejável.

VALERÁ TUDO?

"Artistas" que nos lesaram
Quando então governaram,
Escolhidos pelas Têvês,
Como comentadoristas?
Bem melhor, longe das vistas.
Vamos lá saber, dos porquês! ...

MISÉRIA

635 de salário, cretino!
Com os da cor, a aplaudir,
Os "bafejados" do destino
Nem sequer se viram sorrir.

A quem bateu palmas,
Gostaria de perguntar:
Do fundo das vossas almas,
Como se iriam governar?

Nessa reles exorbitância,
da aumentada, importância?

Como governar uma vida
Com 635 euros mensais?
A resposta fica pedida,
Aos doutos governamentais

Em sua própria consciência,
O que fariam com tal valor?
Não seriam, nem excelência
E muito meno0s, Doutor!

OPORTUNISTAS

Como se abrem portas
a certos  oportunistas
que, por linhas muito tortas,
por mal, deram nas vistas?

Vê-los na Televisão,
causa-me, má impresão!

segunda-feira, 27 de abril de 2020

NÃO CONSIGO ESQUECER

Sozinho, naquela Praça
Em comovente oração,
Forte imagem, a que passa
E conforta, um Cristão!

MINI VERSO

Morte inglória
Quem diria?
Triste estória
De pandemia.

E, RESPONSÁVEIS?

No esquema da prevenção,
esqueceram, a migração?
Dispersos, ou "à molhada",
terá ficado esquecida,
essa gente empobrecida.
Sobre o caso, se diz, "NADA"?

Mandar cumprir
e não prevenir?!

O REI DAS VESTIMENTAS

Hoje, ocasionalmente, parei
No tal, "Você na TVI"
E, sinceramente, pasmei
Com aquela figura, ali.

Vestido de zebra, o Gouxa.
Ordenam e ele, "amouxa?"

CRÍTICOS

Os mais papistas que o Papal
já estão a barafustar,
contra medida, bem normal,
de a febre, virem tirar.

Contra a privacidade,
dizem os "especialistas".
Mas que raio de maldade,
nessas medições previstas?

domingo, 26 de abril de 2020

COM IRONIA

Pretendendo ser popular
E com isso nos enganar,
Até acede ao Gouxa,
Bem assim, à tal Cristina.
Mas a verdade, ensina.
E, cá pra mim, não sou trouxa!

FINAL DA FESTA

Três Presidentes eleitos.
Virtudes e seus defeitos,
Na sessão da Assembleia.
Sampaio, porque doente
Não pôde estar presente.
O Cavaco, que ideia? ...

Eanes sempre exemplar,
Como distinto Militar,
Vincou bem a patente,
"Obedecendo, ao mando"
Fosse qual fosse, o Comando.
Respeitou. Ponto assente.

Já o Marcelo, em funções,
Não teria outras opções.
Marcou o ponto mais alto,
Apesar das divergências
Havido entre, excelências
E a causar, sobressalto.

Na 46ª. edição,
O Sim e o Não!"

PROPOSTA

Sou, um fazedor de Quadras,
Comparável ao Aleixo.
São tantas e variadas
E sua oferta, aqui deixo.

No preencher a solidão,
As direi a quem quiser.
Sem nenhuma compensação,
Caso isso vos aprouver.

A quantidade é tanta,
Variada de conteúdos ...
Acreditem, até espanta,
Dos mais novos aos graúdos.

"QUADRASTANTAS"

A rabiça do arado
Bem segura, à maneira
E fica o campo lavrado
Pronto p'rá sementeira. 

Moleiro, na sua azenha
Moi o trigo e o centeio
E ainda o mais que venha,
Como milho, de permeio

Trata bem o teu porquinho
Na melhor das intenções.
Bom presunto e toucinho,
Os terás, às refeições.

Resineiro dos pinhais,
Tua vida era bem dura
N'outros tempos, ancestrais.
Agora, não tens procura.

Pescador das águas turvas
Lança o tresmalho, devagar.
Com águas assim, "tam ludras"
Nem peixe, há p'ra pescar.

Santos da mesma capela
Dividem esmolas entre si.
Comem todos da panela.
Não duvidem, bem os vi.

Se formosura mandasse
Em toda a causa e efeito
Você, com esse disfarce
Não seria, um eleito.

Menina da trança loira
E de corpinho bem feito
Na idade casadoira
Só quer, um noivo perfeito.

Somos todos Portugueses
Mas nem todos somos iguais
Uns comem como burgueses
Outros têm fome demais.

Qualquer mal que se suporta
Poderá ser precavido.
Bastará fechar a porta,
Deixar aberto, o postigo

Nas grandes calamidades
Há sempre o oportunista
Que se vale das maldades
Para nos roubar, à vista.

Para além da pandemia
Temos o pandemónio.
Aquilo que não se via,
Escondido pelo Demónio.

O drama do corte do IVA
Das nossas contas da luz?
A ideia não cativa
Nem por tão pouco os seduz

Um bem que foi alterado
Para situação pior
Terá de ser revogado
De repente e com rigor.

Sou do género, "deixa andar"
Quem sair, feche a porta.
Cada qual no seu caminhar
Nem que a estrada seja torta.

Após o mal ocorrer
Tentar rápida solução
Se eu tivesse de escolher
Pois teria essa opção.

LOGICAMENTE

Máscaras e desinfectantes
com o IVA reduzido.
Forçados pois, os mandantes.
A melhorar, mal-entendido!

Não fora, a contestação
Nem haveria, redução.

"PRISÃO FORÇADA"

Na verdade, não vos minto,
Estou cumprindo uma prisão
Mas solidão, nem a sinto,
Tenho sempre, ocupação.

Tenho ainda o meu jardim
Onde "cultivo" o lazer.
E representa para mim,
Uma forma de bom viver.

OBSERVADOR

Aula de Português na Telescola.
Após explicação, a "sotôra", consola,
Com rotundo esclarecimento, OK?
Que tal? Cá para mim, nem sei ...


RESCALDO

Polémica instalada.
Eu, que sou, pouco ou nada,
já tinha anunciado,
como devia ocorrer,
a tal cerimónia, a saber.
Leiam, se vos der, cuidado.

Foi, a 20 de Abril, então
com título, "Sugestão".

sábado, 25 de abril de 2020

FIGURA BIZARRA

Excelència, és negaça.
Nada te dará, a graça.
Nem mesmo, cravo ao peito.
Obsoleto, controverso,
Um autêntico, reverso.
Pena, teres sido, eleito!

NÚMEROS ...

Através da oração,
Representou a Igreja.
Maior que uma Nação.
Para que o Mundo veja,
Por cá, foram noventa,
A comemorar revolução.
Difereça se comenta.
Ultrapassa qualquer razão.

OS TAIS ...

Até conheço, uns tantos,
contrários a outros tantos
que pela força do mando,
defenderam a Nação.
Cobardia, a sua opção,
"cozinhada", em lume brando.

Os que foram e voltaramj,
uma revolução criaram
e dela, "nasceram cravos".
Mas as honras e as glórias,
foram dadas às escórias.
Essas, dos antigos agravos.

Final da triste estória:
A tal citada escória,
regressou à sua origem
e, por força do paleio,
maningâncias de permeio,
subiu ao alto. Vertingem ...

Comem, em mesa bem farta.
O bom, entre si, se reparta.

OPINIÃO

Não haverá boas razões
Para quaisquer celebrações.
Bandeiras a meia-haste,
a liberdade contida ...
Ultrapassar a medida,
um só motivo que baste.

DISTINÇÕES

A "finíssima estirpe",
da máscara, é isenta.
A diferença, se clarifique,
muito mal se apresenta.

Não parecerão "palhaços"
nem escondem a "beleza".
Alguns, de tão finos traços,
muito lhe devem. Certeza.

Mais uma triste verdade:
Há falta de equidade!

O EXEMPLO

O Papa deu o exemplo.
Representou a Igreja.
E vocês, no Parlamento
Com mal que se veja?

Porque, 90 serão de mais
Quem afinal vos julgais?

ESSÊNCIA DOS CRAVOS

Abril é já agora,
quando a Revolução comemora,
a essência de cravos vermelhos.
O momento tão desejado,
eleito em clima temperado,
numa espera ... de velhos!
Poeta o disse, "Valeu a pena".
Não temos, "alma pequena".
Mas a missão, por incompleta,
diz-nos que há mais a fazer:
Nós atados, por desfazer,
ovos, para "cozinhar" a omeleta.
Forma simples, esta de o dizer.
Melhor, não o saberia fazer.
Opinião sincera, bem pessoal.
O nosso Povo ainda espera,
ouvir, acima da vencida quimera
e todos, com vida igual!

Enquanto não acontecer,
a Revolução, não dá prazer.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

NO AMANHÃ

"Meu General",
como o admiro!
Justo e frontal,
assim afiro,
a vossa atitude
não vacilante.
Do Militar, a virtude:
obedecer, a "mandante".
Neste caso, o convite
a que irá "obedecer".
Mas permita que medite:
"Será que o vão merecer"?

ANTEVISÃO

Não haverá boas razões
Para quaisquer celebrações.
Bandeiras a meia-haste,
E liberdade contida,
Ultrapassar a medida,
Há o motivo que baste?

ATITUDES

O Marcelo na vigência,
Eanes porque militar,
honram a Presidência
de forma protocolar.

Já o Sampaio doente,
não marcará a presença.
Cavaco, que nada sente,
qual será, a desavença?

Ele, não se compreenderá
ou, melhor se entenderá?

Em acto comemorativo,
nós não faremos por menos.
À centena, sem motivo,
o Abril, celebraremos.

A louvável qualidade
não estará na quantidade!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

PRISÃO ABERTA

Estou preso, isso sim
Mas nesta minha prisão,
Tenho pequeno jardim
Que quebra, a solidão.

BASTA!

Como se não nos bastasse,
constantes Noticiários,
o tema, esse refaz-se,
n'outros programas diários.

JULGO QUE SIM

Terminada a pandemia
Virá, o pandemónio?
Eu, até arriscaria:
"Sob a forma do Demónio"!

Basta depreender,
do que ouvimos dizer.

PERSPECTIVA

Em período consequente
No após a pandemia,
O mal que será presente
Virá, da Economia

Pois, quem nada puder comer
Decerto, irá falecer.

ASSEMBLEIA

Irritado, o Primeiro
quando lhe "Chegam" perguntas,
em jeito, "tiro certeiro"
e são, muito mais que muitas.

Azedume bem notório,
é também do Presidente.
Quando fala, o "finório",
até murmura, entre-dente.

E, não dá "baldas" ao tempo:
"Faça favor de terminar".
É o que noto e contemplo.
Aos outros, é deixa andar ...

"ELE HÁ COUSAS"!...

Mistério a esclarecer
Ou benesse d'enaltecer,
Vila Velha sem doenças
na presente pandemia.
Com poluição, quem tal diria.
Porque tem, as "Benquerenças"?

Mesmo falando a brincar,
A situação é de louvar.

"DIA DO LIVRO"

O tempo já me escasseia
Mas mantenho na ideia
Escrever, o segundo livro.
De Quadras e, variadas,
Todas elas, bem rimadas.
Creio ser, um bom motivo.
.
Sem contar com Editor
Que me cobraria valor,
O meu livro, original,
De que fica uma amostra,
Assim ficará suposta,
Como Obra, virtual!

Seu títuloo, "QUADRASTANTAS"
Pois as tenho às centenas,
Porque tu, Musa, me espantas.
Não publicar? Sinto penas.

Como o Aleixo, me queixo,
Tal o Bordalo, não calo.

Era já noite cerrada
Dizia a mãe para o pai
Estarei eu enganada
Ou o teu amor já lá vai.

Três vezes nove vinte sete
E mais um vinte e oito.
Se tiveres um canivete
Serás homem bem afoito

O nosso amor foi primeiro
E nasceu na meninice.
Cresceu tanto, prazenteiro,
Já atingiu, a velhice.

Barriga a sentir fome
É um sinal de pobreza
Aquele que muito come
Não a sente, com certeza.

Em cada estrela do céu
Mora um recém-nascido,
Inocente que morreu
Sem a vida ter vivido.

.........................................

Autor : Silvério
Com rigor, sem mistério.




quarta-feira, 22 de abril de 2020

NO LOGO APÓS

Terminados tantos sustos,
avaliados os custos,
há que pensar em prevenir
e o futuro, melhorar.
Não poderemos esperar.
Outros males, irão surgir.

HOJE

Dia Mundial da Terra
E é nela que vivemos.
No seu seio ela encerra
A essência, do que temos.

"MEA CULPA"

Reconheço, exagerar
naquilo que tenho escrito.
Por força, terei de mudar
e, sobre isso, medito.

Um tema, tão debatido
acabará por saturar.
Fica aqui o prometido:
Um dia, irá acabar!

Isto é fruto do ócio
e manter activa a mente.
Por vezes, "mau negócio"
que a situação consente.

Para que eu vos sossegue,
quem farto, que me relegue!


ENJOO

Noticiários em cadeia
Sempre com o mesmo tema?
Mas que ridícula ideia.
Tanto? Até me dá pena.

A FRASE

Pouca alegria nos resta
Neste viver que não presta.

ESQUECIDOS?

Pensando bem, com sensatez,
Responder, a certos porquês.
Porquê, tanta "vozoaria"?
Por acaso, esquecemos,
O tanto que sofremos,
Além desta pandemia?

Tuberculose, malária,
Cancro, doença vária ...
Quantas mortes nos provocam?
Só porque são faseadas
E pelo Mundo espalhadas,
Assim sendo, não se evocam?

Tenhamos pois muita calma.
Dêem-nos, sossêgo à alma!

INCÓMODO

Sinto, certo desconforto
Quando vejo, altas patentes,
Ouvirem, com ar absorto
Políticos, displicentes.

Como que subordinados,
A ilustríssima classe,
Dos tantos "iluminados",
Alguns, de puro impasse.

Ao que chegámos, com pena!
Triste virar da História.
Ter a alma, tão pequena,
Àquela, d'outra memória!

Acomodados à situação?
Jámais! Nunca! Não!!

ESTRANHEZA

São, cento e trinta e oito
Infectados num só hostel.
Pergunto com ar afoito:
Quem desempenhou mau papel?

Que situação dos utentes,
Qual a origem, da gente?
Tantos assim, tão doentes,
Surgiu tudo, de repente?

Algo não baterá certo.
Que o diga quem for esperto.

ESSE TAL, "COVID"

Chegou sem bater à porta,
Complicou a nossa vida.
Ela está agora torta,
Sem peso, fraca medida.

Mas até o tempo mudou.
Tantas são as alterações
Que mesmo o vento, virou.
Invernos, são agora Verões.

Só nós sentimos diferença.
Vivemos tempos antigos.
De longe, nossa nascença,
Agudizou, os sentidos

"Adeus Mundo, estás pior"
Já dizia, um tal senhor!

O QUE FAÇO

Junto letras, sai palavra.
Intercaladas em verso,
Vem, Poesia rimada.
É assim, o meu começo.

O que parece não ter fim.
A Musa, tomou conta de mim!


NÃO ESTÁ CERTO

Os heróis do mau momento,
Médicos e Enfermeiros,
Não irão ter o aumento,
Auferido por terceiros.

Lapso na Informática
Que regula o Ministério.
Quem sofre, na prática,
São eles ... sem mistério!

terça-feira, 21 de abril de 2020

"QUADRASTANTAS"

Barriga a sentir fome
É um sinal de pobreza
Aquela que muito come
Tal não sente com certeza.

Ter a vida desgraçada
Sem saber qual o caminho?
Ser pobre é não ter nada
Nem um pouco de carinho.

Com Sol a fazer "pisca-pisca"
Tendo as nuvens de permeio
Qual o valente que arrisca
Dar o seu belo passeio?

Ter sido um importante
Com importância gorada
Faz-me crer que no instante
Veles pouco ou nada.

Na música sois maestros
Mas o gesto não é tudo
Apesar de muito dextros
Fazeis lembrar o "faz-tudo".

Uma essência de cravos
A perfumar nossas ruas,
Abafando os desagrados
Um vestir as almas nuas.

Todos se queixam por igual
Quem não fica afectado?
Só os ladrões de Portugal
Pelo que têm roubado.

Semeia e irás colher
O fruto do teu cansaço.
Também terás um bom comer.
Á fome morre o madraço.

Diziam, antigamente
Aquele que não "trabuca"
Mesmo tendo um bom dente
Decerto nada "manduca"

O tempo não vai de feição
Quero passear na rua
Libertar-me desta prisão
Poder contemplar a Lua.

É nas madrugadas
Quando o sono não vem
Que as tenho lembradas
Avó e a minha mãe.

Morte assim em rotina
Tão triste e vulgarizada?
A verdade nos ensina:
Não valemos mesmo nada.

Mártires do nosso País
Os que foram sem regresso
Em poesia simples quiz
Elogiá-los no verso

Sois campeões do gesto
Como forma de esconder
Pouco valho nada presto
Falo, sem nada dizer.

Mais uma crise a somar
A tantas que eu já vivi
Bem difíceis de suportar
Porque cedo assim nasci

No País dos "lambe-botas"
"Curvar a espinha" dá jeito
Quem tiver as contas tortas
As melhora no defeito.

Eu sou apenas como sou
E não sou como desejas
Do que tenho tudo te dou
Será pouco o que vejas?

Em cada estrela do céu
Mora um recém-nascido
Inocente que morreu
Sem a vida ter vivido

És o Antes e o Depois
O Presente e o Passado
Juntos estamos nós os dois
Neste amor não terminado.


UMA VERDADE

Estão cumprindo missão,
Informar, o seu ofício
Mas com um pequeno senão:
O exagêro, é vício.

À MODA DE FREI TOMÁS

Isolamento Social,
severamente exigido.
Nem para todos igual.
O dever, não é cumprido

Em acto governamental,
servido como exemplo,
foi visto, no Telejornal,
como este, que contemplo:

Laboratório Militar,
com ministro da tutela,
Um mar de gente, fez juntar,
ultrapassando, a tabela!

TU E EU

És, o antes e o depois,
uma estrela entre mil sóis.
No Universo que nos une
e o amor está presente,
isso será, ponto assente,
cada um de nós, se assume.

"BOCAS"

"Tem de ser
e vai ser celebrado"
Mas pode acntecer,
alguém ficar infectado.

Tenha isso na ideia,
Presidente da Assembleia.

COMEMORADO

Foi, "Dia Internacional
dos Monumentos e Sítios,.
Por cá, no nosso Portugal,
acusamos, certos vícios.

O deixar ao abandono,
tantos legados ancestrais
que parecem não ter dono
e foram, legados de pais?!

PERGUNTA:

Os migrantes, infectados,
de número alarmante,
não merecerá, recado
de direito, no instante?

Só foram lembrados,
quando já, contaminados?

SINTÉTICA

PANDEMIA,
PANDEMÓNIO,
ASFIXIA.
UM DEMÓNIO!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

ADEUS AMIGO

ESTA RUA DA TAPADA
ESTÁ HOJE ENLUTADA.
UM NOSSO AMIGO,FALECEU.
FICARÁ SEM DESPEDIDA
PORQUE NÃO É PERMITIDA.
A TRISTEZA, ACONTECEU.

NASCIDO EM 1934

Pertenço à tal geração
que se encontra em aflição
e merece, muito respeito.
Por aquilo que vos dei,
respeitando a nossa grei,
pelas causas e o efeito.

Nasci, talvez fora de tempo
mas nem por isso lamento.
Das guerras, sofri precalços.
Lhes consegui, sobreviver.
Fomes e sustos, de morrer,
não foram, alarmes falsos.

Relegando o Passado,
p'lo direito conquistado,
rejeito os ameaços.
Estou falando no singular
mas pensando bem no plural.
A História, irá julgar,
aqueles que nos tratam mal.

LEVIANDADE

Regresso à vida normal.
Quem o afirma, fará mal.
Um enganar, simplesmente.
A desgraça quando é grande
Não poderá ter garante,
Dado, levianamente.

DIZERES ...

"Somos um milagre vivo".
Mas já com muitas mortes.
Nem tudo passa no crivo.
Por vezes, temos desnortes.

SUGESTÃO

Comemoração de Abril?
Só assim, de modo subtil:
Os Presidentes e Primeiro,
Mais, os líderes das bancadas.
Boas medidas tomadas
E ... poupança de dinheiro!

Sem banquete oficial.
Talvez não ficasse mal.

domingo, 19 de abril de 2020

SEGREDOS GUARDADOS

O "Pirata Informático"
Tem segredo guardado.
Mas de modo enfático,
Estaria, a ser ignorado.

A quem tal servirá?
Pois, assim, não dá!

CENAS CAMPESINAS

Canta o galo, prazenteiro,
Acordando, o galinheiro,
Antes mesmo do Sol nascer.
Começar cedo, uma lida,
Será bem, na nossa vida,
Que devemos, enaltecer!

RECEIOS ...

Cento e trinta na Assembleia?
Mas que riqueza d'ideia!
Deve ter, continuidade.
Está provado que a fartura,
Em tempos de vida dura,
Não revela, qualidade!

ENGANOS

Austeridade? Nem pensar.
Era ontem, p'ra sossegar.
Temos hoje, nova versão,
No "virar bico ao prego".
É isto que eu renego,
A mudança d'opinião!

"QUADRASTANTAS"

Tanto é o alarmismo
Que a todos muito assusta.
Manter um certo optimismo,
É salutar, nada custa.

Envolve, rico e pobre
Não distingue, importantes
Para que nada nos sobre
Todos somos, ignorantes.

Posso estar farto da vida
Uma forma de o dizer
Mas tem sido bem vivida.
Então, quem pensa em morrer?

As contradições são tantas
Que nos obrigam a pensar.
Mandante que nos espantas
Revê, o modo de mandar.

Tenho na voz, património
Por particular, muito meu.
Sem querer ser possidónio,
Agradeço, ao Deus que a deu.

Cenário assustador,
Querem confinar os velhos.
Isolados e com rigor,
Segundo os seus "evangelhos".

Sou do género, "deixa andar"
Quem vier que feche a porta
Cada qual no seu caminhar
Nem que a estrada seja torta.

Quem me poderá vir roubar
Liberdade de direitos?
Pelo crime, irá pagar,
À custa dos seus defeitos.

Menina de feia cara
Mas de alma assim, pura
Pode ser, jóia bem rara,
Água fresca, na secura.

Só não entendo, o riso
Mesmo a falar da desgraça.
Ganhassem todos. juízo,
Ou rindo, só da chalaça.

Mártires do nosso País,
Os que foram sem regresso.
Eu, poeta simples, bem quiz,
Elogiá-los, em verso.

O fazer, contrariado,
Dará obra imperfeita.
Sê homem bem esforçado.
Terás, a vida direita.

Um bem que for alterado
Para situação pior.
Terá de ser revogado
De repente e com rigor.

Quando a Política nasceu,
Foi tanta a nossa desgraça.
Até a decência morreu
E a maldade. se disfarça.

Ao sentir dificuldades
Seja qual for o motivo
Por Deus, não te acobardes.
Ser pobre, é só castigo.


VELHOS DOS OITENTA

Sem famíla,
Longe dos amigos,
Em vigília
E com prúridos...
Que raio de vida esta?
Viver assim, não presta!

FUNERÁRIAS

A situação é tétrica.
Diverda conforme a sorte.
Medida pela métrica,
alguns, estão em desnorte.
Os que perdem o emprego,
todos os que adoecem
e neste desassossego,
quantos males, acontecem?
A morte, é a mais grave.
Das falências em sucessão,
arrepia, que não trave,
a "indúsrtia do caixão"

Muito dói, saber,
quantos irão morrer.

sábado, 18 de abril de 2020

TRISTE REALIDADE

Nós os velhos, morrendo
e vós, pouco fazendo,
para evitar tal desgraça?
Idosos também sereis
e parece que não sabeis.
O bom tempo, também passa!

EU E ELA

Eu e ela, somos um par
que a Vida fez juntar.
Desde crianças, que fomos,
caminhando lado a lado,
sem nunca olhar pró lado
e agora, velhos já somos ...

Mais unidos, por pandemia!
Por mal assim? Quem diria?

FALANDO DE APOIOS

Apoios à Comunicação,
a tal, dita Social?
Apoiar, é boa razão
mas para todos em geral!

BONS EXEMPLOS

No surto da pandemia,
Sobressai, a mais valia
Das acções de Caridade.
Há quem doa, o que produz.
Np "acender" de uma luz,
Se regista, a Bondade!

FELIZARDO

Se sentes o calor do Sol
E sonhas, olhando a Lua,
Estás incluído no rol.
Que felicidade, a tua!

sexta-feira, 17 de abril de 2020

A QUEM POSSA INTERESSAR

SOU, UM FAZEDOR DE QUADRAS.
COMPARÁVEL AO ALEIXO.
SÃO TANTAS E VARIADAS
E SUA OFERTA, AQUI DEIXO.

A PREENCHER A SOLIDÃO,
AS DIREI, A QUEM QUISER
SEM NENHUMA COMPENSAÇÃO,
CASO ISSO, VOS APROUVER.

A QUANTIDADE É TANTA,
VARIADA NOS CONTEÚDOS ...
ACREDITEM, ATÉ ESPANTA!
OS MAIS NOVOS E GRAÚDOS.

VIVER A MEU JEITO

Sou velho, quero usufruir,
Vida a que tenho direito.
Ninguém poderá proibir
Que a viva a meu jeito.

Se a querem ver mudada,
Dêem-me, os bons motivos.
Sejam, muito mais que nada,
Mantendo os bens, cativos.

O GESTO É TUDO?

Nos seus repetidos gestos,
não são, decerto, canhestros,
os eleitos políticos
que vemos no dia-a-dia.

Será, defeito ou mania
Mas todos são, bem típicos!

A SESSÃO

Com que veemência,
aquela ilustre excelência,
manda "terminar", o Ventura?
Desigual, aos outros Partidos.
faz pensar nos prúridos,
de que sofre, a criatura?

AMNÉSIA?

Por vezes podem esquecer
Quem deu, a Liberdade.
Nós,  Militares, é bom saber!
Vivam com essa Verdade,

No vosso bem aproveitar,
Não a queiram, menosprezar!

UMA RAZÃO?

Tantos, morrendo nos lares
E, o porquê dos azares?
Muito fácil de perceber.
Eles não são alojados.
Estão só, amontoados
Para o negócio, "render"!

Quantos mais, os que couberem
Maiores lucros se auferem ...
Se não há fizcalização,
Será "encher" até mais não!

OBSCENO

Distribuir os dividendos
Das nossas grandes empresas,
Revela, que maus intentos,
Não constituem, surpresas.

A vilania, no pior.
Diferença que não separa,
A vergonha de ser, maior
E a qual, ninguém repara!

QUEM MUITO FALA ...

Aldrabem, mas não tanto assim.
Mintam, menos descarados.
Não iremos, a bom fim,
Nem dormimos, descansados.

ANULAÇÃO DE PENAS

Poderei estar enganado
Mas haverá, condenado
Que preferiria não ser,
Solto, por gesto benigno.
Porque, mesmo sendo digno,
Nem terá, onde viver!

JUSTIÇA CEGA?

Inocentes, condenados,
criminosos, por julgar?
Honestos, ficam pasmados.
Onde iremos nós parar?

quinta-feira, 16 de abril de 2020

CELEBRAÇÃO

É "DIA MUNDIAL DA VOZ"
E A QUE TENHO, BEM FORTE,
COMO SINAL DOS MEUS PRÓS,
BENDIGO A DEUS, POR SORTE

UMA PETIÇÃO

Não é tarde nem é cedo
nem sou homem de medo
e quero pedir um favor,
em jeito de petição:
Façam pausa nessa função,
encerrem portas, ao horror!

Aos Domingos, bem isentos,
não falando em tormentos.
Com o vírus bem trancado
como se nem existisse.
Nem calculam, a "chatice"
do vosso palavreado!

Não lembrem velhos pecados.
Deixem-nos viver, sossegados.

MODERAÇÃO - P.F..

Senhores comunicadores,
prestativos jornalistas,
senhoras e senhores,
sejam todos, realistas.
Sobretudo, moderados,
explícitos, sem exagêro.
Sereis bem escutados,
não causando, desespero.

Porque, quem muito faloa,
erra, pela forma e na escala!

CRUELDADE

Vírus mortal, implacável
Que reduz, ao mesmo estado,
País rico, a miserável,
Apesar do seu cuidado.

NO 25 DE ABRIL

A sessão em Assembleia
Com terço de Deputados?
Olhem só que bela ideia!
Com desejos, continuados.

SINTÉTICO

INFORMAR?
É PRECISO.
EXAGERAR?
TENHAM JUÍZO!

MÃE-NATUREZA

A Natureza, boa mãe,
Dona de tanta riqueza
Distribui todo o seu bem.
Disso, podem ter certeza!

NASCER DO SOL

O Sol de todos os dias
Não tem preguiça ao nascer.
Alheio, às pandemias,
A todos, virá aquecer.

CÁ PARA MIM

O que é de mais, enjoa.
Com a vossa insistência
Tantas notícias, à toa?
Tiram-nos, a paciência!

OPINIÃO

Esse sorriso no rosto
Revela o seu mau gosto
Ao falar da pandemia.
Eleve, o Ministério
Com um ar bem mais sério
Sem usar, a mais valia.

A bonomia, aparente,
não curará, o doente!

quarta-feira, 15 de abril de 2020

SUPOSTAMENTE

Para lá do arco-íris,
infindável Universo,
sustenta meus gestos víris.
Longínquo e disperso,
o que sou na realidade?
Estrofe de um só verso,
submetido a Caridade?
Dizem ser filho de um Deus,
criador de tudo isto.
Teve em Cristo, um dos seus,
evocação que registo.
Seja o que for, serei eu,
tu e uns quantos mais.

Hereje, quem assim cresceu,
o deve, apenas aos seus.

O "MEUEDEN"

Felizmente, tenho um jardim.
A solidão, não dá cabo de mim.
Flores nascem, porque semeei,
Crescem, os arbustos plantados
E quando, por ali, sentados...
Considero-me, um pequeno Rei!

Assim, não custa ficar em casa
porque tenho quem me quer bem
E juntos, no bom que extravasa,
Esquecemos, o mal que lá vem ...

SABER VIVER

Vivo a vida, neste instante,
Como "máquina" de produção
Pois, na inspiração, constante,
Faço versos, sem contenção.

De valor, um tanto pobre
Pouco têm, que lhes sobre!

E, VÃO MAIS DUAS:

Supranumerários, nós
velhos? Tenham muita pena.
Apelamos a todos vós,
caso tenham, alma serena!

Como posso acreditar
que o álcool se esgota.
Alguém nos venha falar
desta completa anedota!

PETIÇÃO

"Domingos, sem Covid - 19".
Silêncio em todos os canais.
Apesar da missão que vos move
Estamos saturados, de mais!

Um pouco de sossego e de paz.
Quem, de tal, será capaz?!

PALRADORES/AS

Gostarão tanto de se ouvir?
Sinceramente, aborrecem!
Há regras que têm de cumprir
Ou das lições, já se esquecem?

Pragmáticos, sintéticos
Sem palavreado acrescido.
Sejam todos e todas, ecléticos,
Não tormem o ofício, aborrecido.

Por falarem demasiado,
Poderá surgir, asneira.
Foi, mais uma vez provado
E de forma, bem grosseira

Na TVI.
Pecou, por si.

QUEM SABE ...

Quem sabe, é momento ideal
para equilibrar, o tanto mal?!
Passada, a presente pandemia,
manter as actuais exigências ...
Assim queiram, as excelências,
congregar-nos em harmonia.

Como já ouvi, a alguém:
"Há males que vêm por bem"!

PODERÁ ACONTECER

No meio desta desgraça
Alguém, encherá o baú
E sua maldade disfarça,
Dizendo, estar pobre e nú.

NO LOGO APÓS ...

Esta maldosa epidemia
que ninguém previa,
dará lugar, a quê?
Quem tem a resposta?
Será que alguém gosta
de falar, mas nada vê?

VIVER ONLINE

Vivemos, "uma vida digital".
O que antes, era natural,
Agora, deixou de o ser.
Os convívios, à distância,
Tudo sem importância ...
É, bem triste, este viver!

terça-feira, 14 de abril de 2020

SÃO VIDAS ...

Não sinto estar imune,
Bem antes pelo contrário.
Sem alardear queixume,
Sou frágil, octogenário.

De que valerá, queixar-me,
Vendo tantos de partida,
Neste constante alarme,
"Ceifados", na flor da vida?

As minhas, todas somadas,
São já tantas, felizmente!...
Mas quando, terminadas,
Sei que deixaram, "semente".

Filhos e neto, prosseguirão,
O nome que nos define.
Já a "bisneta", essa então,
Seria a benção ... sublime!

Iremos confiar,
No tempo que nos restar.

QUESTIONO:

O Homem, ser inteligente?
Quem tal disser, mente.
A inteligência é viral.
Aparece sem ser anunciada
E de repente, tão propagada,
Tudo transforma, no final.

Faz, o que humano não sabe,
Progressivamente, com alarde:
Reduz, a camada do ozono,
Transforma, cidades em desertos,
Tira empregos, a seres espertos,
Impérios, ficam sem dono!

Baixa a produção do crude,
Desmistifica, o que se alude
E, não distingue classes sociais.
Joga com tudo e a eito
E num provocar, mau efeito
Faz-nos a todos ... IGUAIS!

MÁSCARAS?

Obedecer a terceiros
Do que devemos nós fazer?
Pobres serão os obreiros,
Muito terão, d'aprender!

FEITIOS ...

Criticas o que eu digo,
O que faço é mal feito,
Um viver neste castigo
Não nos dará, bom efeito

A MINHA DEFESA

Minha casa é casulo
Que me defende sos medos.
Quem não tem casa, calculo,
Uma vida com degredos.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

"QUADRASTANTAS"

Três vezes nove, vinte sete
E mais um, são vinte e oito.
Se tivesse um canivete
Era homem bem afoito.

Quero viver, não me deixam
Por causa da pandemia.
Os meus sentidos se queixam
Num viver sem alegraia.

Os familiares sabem disso,
Os amigos não desconhecem.
Portanto, sem ser omisso,
Páscoa Feliz? Todos mereçem.

Tratam os idosos como pesos
Que lhes custam suportar
Mas estes, ainda tesos,
Muito têm para vos dar.

São as maleitas da idade
No conceito mais simplista.
Mas para além da realidade,
Muita verdade, não é vista.

O que será de mim
Quando um dia me faltares?
Lá por ser um homem ruím
E por isso me ralhares?

Por morrer uma andorinha
Fica mais vazio o ninho.
Também uma pobre velhinha
Sente a falta de carinho.

Nascem flores no meu jardim
Quando chega a Primavera
Elas florescem para mim.
Todo o ano? Quem me dera!

O nosso amor foi primeiro
Que nasceu na meninice.
Cresceu tanto e prazenteiro
Já atingiu, a velhice.

Como querem que acredite
Se até o álcool esgota?
Haja alguém que medite
E critique tal anedota.

Supranumerários, nós
Velhos? Tenham muita pena.
Apelamos a todos vós,
Mantenham, alma serena.




UM ESPANTO

Meu "irmão" alentejano,
que bom saber-te sem dano!
Salvaguardado na tua singeleza,
És um mistério por esclarecer.
Mas é tão bom ficar a saber,
Seres, de "boa raça, portuguesa"!

BOAS PRÁTICAS

Nós idosos, marginalizados?
Não descarto tal penalização.
Mas sugiro, bem tratados,
Sem provocar, indignação.

Criem, boas condições de vida.
As merecemos, na recta final.
Não a "cortem" por ser comprida.
Um "rebuçado"? Que bom sinal ...

Termas e descanço saudável,
Compatíveis com rendimentos.
Atitude caridosa, amável.
Aceitai depois, cumprimentos.

domingo, 12 de abril de 2020

TRISTEZA

Amigo, em proximidade,
atentou hoje, contra a vida.
É, a triste realidade,
desta "peste", intrometida.

Isolado, mesmo com meios,
mas perdidos, entes queridos,
talvez, não suportando anseios,
nestes momentos, mais sofridos.

Esperamos a recuperação.
A morte, nada resolve, por si.
Que se tire, uma ilação:
Saber que a Vida, sempre sorri.

O MEU VOTO

OS FAMILIARES SABEM DISSO
OS AMIGOS NÂO DESCONHECEM,
PORTANTO, SEM SER OMISSO,
"PÁSCOA FELIZ". TODOS MERECEM!

REFLEXÃO EM TEMPO DE PÁSCOA

O envelhecimento em Portugal,
assim tratado e... tão mal?!
Faz-nos pensar, com desgosto,
pela tanta insensibilidade,
de quem. com pouca idade,
tenta esquecer, futuro "posto"!
O de ser velho, mais tarde
e esperar, que nessa verdade
seja tratado como deseja.
Pobre que não tenha património,
viverá, sob as leis do Demónio!
Que tal cenário não se veja!

VIDAS PARADAS

Já nem os cães consigo ouvir
Se alguém passa na rua.
É só silêncio, só dormir.
Vidas más, minha e tua!

sábado, 11 de abril de 2020

TRADIÇÕES

Uma iguaria Pascal:
Cabrito assado no forno,
forma bem tradicional,
este ano, sem retorno.
Degustá-lo, na aldeia,
da forma mais usual,
ainda a tenho na ideia,
pelo gosto,,, sem igual!
Este ano, nada feito!
Um tal malefício ...
Prende-nos em casa, sem jeito.
Que grande, desperdício!

DESPERDÍCIOS

E, de repente
o que tenho, presente,
deixou de ser usado.
Para quê, os bens,
se tu, que os tens
não os podes ter gozado?

Neste momento de reflectir,
talvez possamos sentir ...

POBRE CIDADÃO

Que raio de país é este,
onde resolver, a questão
cria, um ambiente de "peste"
e origina, tanta confusão?

Falta de planeamento
ou há visão obscura,
ao criar, tal momento,
desse mal, sem cura?

O MOMENTO

SÁBADO DE ALELUIA
SOB O VÍRUS DE PANDEMIA.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

SEM LAMENTO

Sou apenas, um "prisioneiro"
Sem mais queixas, a lamentar.
Penso, nos que sem dinheiro
Tanto lutam para se salvar.

PÁSCOA

Páscoa da Ressurreição,
momento em que tradição
nos levava à aldeia natal.
Hoje, com pena, em suspenso,
por imposição de bom-senso,
tentando evitar, o mal.

Páscoa, era vivida na rua
mas a verdade, nua e crua,
sitia-nos agora, entre-portas.
Será pior, neste cativeiro,
pensando na saúde, primeiro
num viver, de horas mortas!

QUEM SABE ...

Se o Pinto,
cantar de galo,
até já sinto,
certo regalo!

A FRASE

Nas crises, o pequeno, ajuda.
Os grandes? Deus nos acuda!

OBEDIÊNCIA

POR BOA CAUSA
EU FICO EM CASA
MAS ESTA PAUSA
PÕE-ME EM BRASA!

MOMENTO DA VERDADE

Forte explosão eclodirá,
abafando, o mal presente.
Então, o Mundo acordará,
seguindo, de modo diferente

Assim queiram, os mandantes,
conscientes da realidade,
relegando, tão maus instantes
que desiquilibram, a sociedade.

Se isso não fizerem, eu pasmo.
Classificarei o Homem, um asno!

A RESPOSTA

Faz-nos pensar,
como tal calamidade,
conseguiu alterar
toda a Humanidade.

Nunca, tal e assim,
os outros flagelos.
Jamais terão fim,
os nossos pesadelos?

Se a vida é bela,
porque se contraria?
Quem tiver a tutela,
nos responda, um dia!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

QUE ASSIM SEJA

ENTÃO, QUE A SOLIDARIEDADE,
NÃO SEJA APENAS DO MOMENTO
E, APÓS TAMANHA CALAMIDADE
ELA PROSSIGA, EM TODO O TEMPO!

ECOS DE INTERNAMENTO

Mentalmente
e, também de viva voz,
agradeço, naturalmente,
a quem tratou, de nós.
Desde a primeira presença,
a do abrir as janelas,
função nada tensa,
que lhes competia, a "elas".
A higiene pessoal,
e outra equipa de zelo,
pronta, bem profissional,
no saber, como fazê-lo.
Terceira leva, das curas,
administração medicamentosa,
em turnos de amáveis criaturas,
competentes, prestimosas ...
Finalmente, as Enfermeiras,
"pombas brancas" em hospital.
Das últimas, sempre primeiras,
na função, essencial.

A todas e todos eu disse:
Bem-haja,
quando terminou a "chatice"
e curado, regressei a casa.

AO TEMPO

21 DE MARÇO:

Andou triste, a Poesia
porque nesse seu dia,
perdeu, protagonismo.
Contigência de malefício,
deixou de estar em exercício
e não louvada, por egoismo.

Não a olvidei.
Poeta  menor mas com lei,
que a mim próprio imponho.
E, aqui lhe deixo mensagem,
como a prestar vassalagem,
pelo seu dia, risonho.

CONTRASTE

A imagem exterior
do Curry Cabral
é, autêntico horror,
naquele hospital.

Não há a tinta
que tudo repinta?!




NECESSÁRIO

Muito pode e, deverá
Mudar, após a pandemia.
O Mundo, mudará,
Criada nova harmonia.

PERGUNTO

Agora, só se fala na dezanove.
Por outras doenças, ninguém se comove?

SUCESSO

O "hacker", Rui Pinto,
a colaborar com a PJ?
Algo de bom eu pressinto.
Outros, sentirão a derrota.

MAL DO MOMENTO

Agora, não vivemos a vida.
Ficamos apenas à janela,
como se a tivéssemos perdida,
não fazendo, parte dela.

A desejo, mais enriquecida,
não sustentada por trocos.
Em promessa, bem prometida,
o celebrarei, indo prós copos!

Quando tudo isto terminar,
a isso te irei, convidar!

EM SUA CASA

Por vezes, vestem a senhora
Como se fosse um espantalho
E a "princesa-palradora" ...
Apenas merece, enxovalho.

Hoje, com 3 saias azuladas ...
tão pouco, apropriadas.

O QUE VEJO

Fechado em casa, vejo tudo,
Ocasionalmente, o bom e o mau.
Assim, estou vivendo no Entrudo
Que não vale ... um carapau!

TÉTRICO

Arrepia, só de pensar
que neste penoso momento,
a indústria mais vulgar,
fabrica caixões, em aumento.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

APROVEITAR O MOMENTO

Ultrapassada a calamidade,
criem, a nova realidade
de um Mundo mais justo.
No aproveitar da "embalagem"
desfazer toda a miragem,
vivendo juntos, a igual custo.
Jamais permitir os descalabros
dos milionários ordenados,
destabilizando o bom-senso.
Deixem-se, de loucas fantasias,
tirando aos "marajás", mordomias.
Moderação em tudo. É o que penso!

TEMPOS DE MUDANÇA

Muito pode e tal deverá,
Mudar, após a pandomia.
O Mundo, só melhorará,
Criada, a nova harmonia

UMA LÁSTIMA

Governo garante testes suficientes.
Mas faltam ... os reagentes!

Dá para entender, minhas gentes?!

BISBILHOTICE

A Televisão, intrometida,
nas suas transmissões,
foca a miséria da vida
de certas situações.

Mixordice.
melhor que não se visse.

POR CARIDADE

Ser idoso
é perigoso
em tempo de pandemia.
Esperamos o zelo
por julgar merecê-lo,
pedindo mais-valia!

CELEBRAÇÃO

CELEBRAR NO PRESENTE
O "DIA MUNDIAL DA SAÚDE"
TENDO O MUNDO, TÃO DOENTE,
NÃO DEIXA DE SER, ATITUDE!

FECUNDAÇÃO

Eu, dei-te a "semente".
Fecundaste no ventre,
Os frutos do nosso amor.
Foram dois e perfeitos,
Obtidos com ternos jeitos
E com ... saboroso sabor!

Cujo nome, foi ... AMOR!

SABER PEDIR

Não peças demais à vida
Do que ela tem para dar.
Seja curta ou comprida,
Só o Destino irá julgar.

Pede, em modos brandos
E nunca com azedume
E ferverá, sem desmandos,
A panela que está ao lume.

INSISTO

Dê os bons dias à chegada
E até logo, na partida.
Dirão, é pessoa educada,
Com boa postura na vida!

PIRATA INFORMÁTICO

Não serei bruxo mas pressinto
Que aquele moço, o Rui Pinto,
Se abrir, a "Boceta de Pandora",
Virá a lume um forte temporal,
Revelando, os podres de Portugal.
Quantos, irão chorar, na hora?!

Daí, a contenção
Que esconde, a razão!

REBALDARIA

Quando um "deles" entrar na cadeia,
nesse preciso dia,
defenderei, a ideia,
de que vivemos, Democracia!

Até lá, viva a rebaldaria!

NESTA FASE DA PANDEMIA

Recuperam-se, hábitos antigos,
Ligamos a velhos amigos
que andavam em esquecimento,
ao dar, uma volta ao mal
que de modo ocasional,
nos trouxe, um tal momento.

AO AMIGO ALBANO

Tivesses tu a minha voz
Eu, os teus conhecimentos
E, todos diriam de nós:
São, autênticos portentos!

Mas nas nossas condições,
Ambos somos, "Bons Beirões"!

terça-feira, 7 de abril de 2020

"SANTA EUGÉNIA"

Minha mulher é uma Santa
a que só falta o altar.
Seu desvelo me encanta,
com cuidados para me dar.

Ela é, um "ai-Jesus",
nos momentos de aflição.
Tenta livrar-me da cruz,
como a minha, salvação!

NO LAZER, FAÇO QUADRAS

As palavras e os gestos,
tão repetidos assim,
moderados, por canhestros,
ou mesmo, se tivessem fim...

As gestuais, necessárias,
a quem sofre de doença,
já as outras, arbitrárias
tentem dar-lhes, dispensa.

Entrou sem bater à porta,
deram-lhe nome, "pandemia"
e todo o mal que transporta,
roubou, a nossa alegria.

Se a conversa curasse
estaríamos todos curados,
aqueles que na má fase,
ficaram, contaminados.

Pouparam na prevenção,
desleixaram, boas medidas,
agora, procuram a solução,
enquanto se perdem, vidas.

Diga, bom dia ao chegar,
até logo, ao sair.
Como não tem de pagar,
faça isso, mas a sorrir.

Sou pouco simpático,
agressivo e muito crítico?
Poderei ser ... carismático
e dito isto, aqui me fico!


UM POUCO DE SOSSEGO

Confinado a "prisão forçada",
obediente e levando a sério,
começo a ter a alma ralada
e não faço disso, um mistério.

Todos estão falando demais,
as repetições são de loucura.
Uns e outros, todos iguais,
tentando esclarecer, a cura.

Fazem-no, à sua maneira,
contradizem-se, no dizer.
Já chegámos à pasmaceira
sem ter noção do que fazer?

Organizem-se. Criem o Centro
com criteriosas deduções,
dadas para fora, de dentro,
e sossegando os nossos corações.

ROTINA

É, saltitar da cama
à cadeira de repouso
pois o cansaço clama
e esforços, nem ouso!

DESCONFIANÇA

"Podemps confiar na Banca"
Tal disse, o Senhor Presidente.
Mas a mim, nada me espanta
E já tivemos, um antecedente.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

DIA DE CHUVA

MORO NA RUA DA TAPADA
UMA DAQUELAS SEM SAÍDA.
AGORA, TRISTEMENTE PARADA
PARECE QUE PERDEU  VIDA.

PARADOXO

Se houver neve a cair,
logo se encerra a Estrela.
Pois quem lá queira ir,
só de longe, fica a vê-la!

QUEM TAL DIRIA?

Dizemos, com pleno acerto,
"Há males vindos por bem".
Pois, nesta hora de aperto,,
Uma prova, daí advém.

Se é nosso mal, estar "preso",
tiremos daí a ilação,
pensando, no menosprezo
que dedicámos, sem razão,

A alguém e, nesta altura
para corrigir o defeito,
telefonar, a essa criatura,
saber de si, o que tem feito? ...

O CASTIGO

A tristeza caíu sobre a Terra.
Cenário, jamais pensado,
demonstra que o Homem erra
e lhe é devido o pecado

Em forma da dita pandemia,
o Sol deixou de nos alegrar.
O mal que aconteceu, no dia,
todos teremos de o pagar!

DIVAGANDO

"Iremos ficar bem".
Quem o pode garantir?
Perdido o que se tem
Não apetece, sorrir.

Tão crédulo não serei
Ao ponto de acreditar
Que, sem uma "nova lei"
Este Mundo irá mudar.

Quaresma do recolhimento,
A Páscoa em antecedência.
Este, será bem a preceito,
Já a festa, sem audiência.

O que nos obrigou a "parar"
Deverá ser bem reflectido,
Melhor forma de evitar,
O erro que foi cometido.

O que penso é pessoal
Outros, dirão por si
Mas é de todos o mal
Pois até eu, já o senti.

Confinados à triste sina
Que nos advém da nascença
Ou, à Providência Divina,
Depende, a nossa presença.

domingo, 5 de abril de 2020

DESABAFO EM TARDE DE DOMINGO

Quem serei, no imenso Universo?
Um lapso apenas, minúsculo reflexo,
no completo de milhões de humanos,
a que se juntam, múltiplos, os animais
e tanta, a diversidade dos vegetais ...
Todos unidos, viveríamos sem danos.
Gerados em perfeita harmonia,
quem, alguma vez ousaria,
prever, uma tão grande calamidade?
Esta, a que penosamente nos prende,
em reclusão imposta e, nos pende,
a prolongar-se, sem validade?!
Pois, serei pouco ou nada, é certo
mas vivo, pensador e circunspecto.
Magico nas conclusões a tomar,
quando esta "pandemia" for embora,
deixando só desgraças, na hora,
e nos obrigue a todos, a pensar ...
Se o pensamento for  correcto,
se a "besta" do Homem, jogar certo,
um novo Mundo poderá surgir.
Mais aberto e igual para todos nós,
onde até caibam, os velhos avós,
com direitos que os façam sorrir! ...
Morte declarada à ambição desmedida,
dos que não sabem do mal da vida,
igualdade na sopa que se come,
pois se alguns, arrotam forte,
gozando da sua imensa sorte,
outros o fazem mas por fome!
Somos seres todos iguais.
Desigualdades, só para os "animais",
a quem a ganância dá perversidade.
Que pelo Direito, tudo se obtenha
e ao torto se induza uma campanha,
de obrigações, perante a Sociedade.

Homens honestos,
Juristas sérios,
Políticos não canhestros,
Mandantes sem mistérios,
Todos, reunidos em Assembleia
A ditar leir e cumpridas sejam.
Há que irradiar a errada ideia
De serem poucos, os bons que se vejam!

A HORA É DE MUDANÇA.
NOVOS VALORES, NA BALANÇA!

QUANTO VALE UMA VIDA?

A triste condição humana,
exposta de modo tão cruel,
revela, a maldade humana,
em episódios de "cordel".
Quanto valerá uma vida,
ou valeria, em tempos idos?
Só que agora, assim perdida,
os valores, foram vencidos.
Uma só epidemia bastou
para nos relegar ao primário.
Vida que lentamente se criou,
é apenas, registo de obituário! ...

Acresce, o momento deprimente:
Um corpo à cova e ninguém presente!

MERECE CASTIGO

Quem se aproveitar
da presente situação
e com isso, especular,
não poderá ter perdão.

SATURAÇÃO

Que a rejeição aqui fique:
NÓS, estamos saturados
Dessa publicidade, Sic.
Tentem, ser mais moderados.

Os exageros na Televisão
São constantes e prementes.
Há uns anúncios, então
Que até nos põem doentes!

DOR QUE SE SENTE

Mortes que não nos comovem
Por tantas e repetidas
Foram vidas, um bem
Que vemos agora, perdidas!

TER FÉ

No meu caminhar,
pé-ante-pé,
gostaria de sonhar,
mantendo a fé,
de que tudo mudará
e muito para melhor.
Alguém mais o pensará?
Iluminai-o, Senhor!

sábado, 4 de abril de 2020

PÁSCOA FELIZ

A quem me segue, um voto breve:

Pela Páscoa, o ir à terra,
prática antiga e bem Cristã.
Hoje, essa verdade de encerra,
por uma trágica "questã"!

Ficar em casa, um dever,
a que obedeço, contrariado.
Mas que mais posso fazer?
Terei de me sentir, castigado.

Deixo porém, o meu voto:
"Páscoa Feliz", em geral,
quer seja ou não, devoto,
mas meu irmão, em Portugal!

SEMPRE EM FRENTE

NÃO, NÃO ABDICO.
CONTINUAREI A LUTA.
CALADO NUNCA ME FICO
E ATÉ, ERGO A BATUTA!

DOCES E AMARGAS

Viver assim na contigência,
por declarada e imposta,
será, uma triste vivência,
da qual, pouco se gosta!

Máscaras, sim ou não?
Até nesse pormenor,
Surge a contradição?
É desnorte, no seu pior.

Pois se no Mundo Animal
nada se confundo ou altera,
o Homem, como ser racional
para se moderar, o que espera?

Não me custa esta prisão
porque te tenho a meu lado.
Só não encontro a razão
porque assim, fui condenado.

FELIZMENTE ...

Felizmente, tenho um jardim
onde flores, crescem para mim,
suavizando a prisão imposta,
por calamidade indesejada.
Mesmo com a vida "parada"
e a alma. algo indisposta!

Felizmente, tenho uma morada
e dentro dela, a namorada
de uma vida, inteirinha ...
Ambos reclusos, pelo senão,
conseguimos alegrar o coração.
Eu sou dela e ela, é minha.

Felizmente, não estamos enfermos.
Ultrapassámos os maus termos
e recuperámos do menos bom.
Unidos por Santa Paciência,
pedimos no entanto, com urgência,
Da vida, um melhor tom!

sexta-feira, 3 de abril de 2020

PORQUE SIM ...

Porque fui militar,
sempre o serei!
Como que, a confirmar,
tudo o que dei.

Ultrapassado pela idade,
vencida a normal reserva,
agora, em disponibilidade,
a idealogia, se conserva.

A Pátria, jurei defender
em sessão bem solene.
No fim, cumprido o Dever,
mantive a palavra perene.

Mas ainda hoje e agora,
se por falta me quiserem,
estarei pronto na hora.
Lá irei... Por mim, esperem!

Pois quem foi militar um dia,
o será sempre, em qualquer "dinastia"!

PERGUNTO

QUE MAIS PODEREI FAZER
SE JÁ TENHO TUDO FEITO?
GOZAR APENAS O LAZER
OU VIVER A VIDA A EITO?

quinta-feira, 2 de abril de 2020

EM MÁ HORA

AJUDA COMO PUDERES
AQUELE QUE NADA TEM
POUCO, O QUE LHE DERES
SERÁ SEMPRE, UM BEM

TRISTE QUIETUDE

Minha rua está deserta.
Nenhuma janela aberta
e as portas estão trancadas.,
Silêncios de causar receios,
sujeitam-nos a fracos meios.
Temos as vivências paradas.
Algo nascido a Oriente,
transformou, o modo vigente,
de como a vida decorria.
Então, acabou o sossego.
Composição, tal como um lego,
Desabou, apenas em um dia!

E, quem no-lo diria,
ser assim, e tão persistente?
Num mundo de fantasia,
nada será, consistente.

CERTO E SABIDO

Nomeações por compadrio
Trazem as más consequências
Aos ilustres, que sem brio
Revelam as suas competências.

VIVA

Viva, a fabulosa corrupção!
Ninguém lhe deita a mão.
A percentagem de arquivamentos
ultrapassa os noventa por cento.
Aos honestos, cresce o lamento,
aos corruptos, os rendimentos.

MORRER SEM DONO

"Cospem" no prato
onde vos sirvo,
o alimento farto
e de letras, cativo.
Versos originais, repentistas,
renegados por indiferenças,
não lhes lançais as vistas
e eles morrem, sem pertenças!

Hoje em dia, ser poeta
num país de ignorantes,
será, manter a mente aberta,
num viver, pior que d!antes!

NESTE DIA DE SOL

DÊ UM SORRISO
E PEÇA O TROCO.
RIR É BEM PRECISO
AINDA QUE POUCO.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

LADAINHA PESSOAL

Sinto a mente preparada
para suportar, a "prisão forçada".
Por imperiosa, assim a aceito.
Mas também penso e bem,
que a culpa será d!alguém,
no mais linear conceito.
Forço o cérebro na meditação,
esperando obter a solução.
São tantas, as várias opções
que me retraio no resultado,
ao querer, ter um culpado
e justificar, as suas razões.
Tendencioso, culpo o HOMEM,
Ser inteligente, assim o tomem,
não lhe negando a responsabilidade
que toma em seu favor,
esquecendo, sentimentos como AMOR
e cair assim, na vulgaridade.
Será ele, o principal visado,
deste problema ora criado
e a que dão nome de "pandemia"!
Alimentado por ambição sem medida
não lhe bastando a fartura obtida,
suficiente para tanta regalia ...
Procurou o mais e tal conseguiu
espezinhando, sempre assim agiu
e criou em si, o próprio mal.
Alimentou um vírus no ventre
e uma multiplicação, consequente,
contaminou toda a Humanidade.
Segundo relatos vindos do prelo
esse HOMEM, do "perigo amarelo"
foi vítima, da sua crueldade!

Os flagelos, sucedem-se entre gerações
Quem os provoca? Quais as razões?

O equilíbrio da Natureza?
Poderá, ser essa, outra certeza?

O RENASCER DA PRIMAVERA

Este ano, com pena minha,
tanta vontade eu tinha,
de te receber, bela Primavera!
Ansiosamente te aguardei
mas por culpa própria, o sei,
não pude estar à tua espera.

Senti, no leito, a presença,
em cama, curando doença,
ao clarear do teu nascimento.
Bafejou-me o sol, pela janela
e vi, como vieste, tão bela...
Tu, a Primavera do momento!

CONDENAÇÃO

As "bestas" que nos "roubaram"
um tão precioso património
e dele, não se regalaram,
devem arder, sob fogo do Demónio.

Três hospitais, de bandeja,
dados sem contrapartida?!
Mal esse, quem tal o veja,
será sempre ... má medida.

É agora, na crise presente
que ao arrepio da decência,
se propõe, uma lei vigente,
de reformar, a malidicência?

E, porque não?
Direi eu, porque sim!
Aos infames da Nação,
se lhes dê, o pior fim!