domingo, 17 de maio de 2020

NEM TODOS IGUAIS

Corpo exposto à metralha,
num "ai Jesus que me valha".
Senti a sede e a fome,
conheci o paludismo,
dos mêdos tive baptismo
e saudade, que não torne.

Mas militar de primeira,
tive sorte, à minha beira,
contrariando sacrifícios.
Regressei e, escorreito.
No corpo, algum defeito,
pelos adquiridos vícios.

Fumei, compulsivamente.
O pior, infelizmente!
Ainda sofro a valer,
mesmo sem já "tabaquear".
O mal veio para ficar,
foi lição para aprender.

Apenas um, de muitos tais.
Contas não peço. Jamais.
Fui militar de carreira.
Mas os outros, os Soldados,
esses serão recordados
e não, da melhor maneira.

Cumpriram, por "obrigados"
E jamais, recompensados!




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