Um de muitos, tantos somos,
sob o manto da velhice.
Só nos restam os assomos,
velho assim, que "chatice"!
Somatório de "maleitas",
locomoção moderada,
para o lado que te deitas,
lá vem a dor, retardada!
Resta a tal consolação
da memória preservada
que nos traz a recordação
de boa vida, passada.
E, se "recordar é viver",
do tão pouco que nos resta,
o mesmo está no dizer:
"desliga, do que não presta"!
Filosofia barata
de quem teve parcos haveres
e aqui, bem se retrata,
para então, o conheceres:
"Pois, eu sou o Silvério,
casa dos oitenta e cinco,
honesto e sem mistério,
comigo, tão bem me sinto!
Louvo a natalidade,
sou um Beirão, na verdade!
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