sábado, 16 de maio de 2020

VIVER EM PANDEMIA

O planeta adoeceu
e comigo, aconteceu,
sofrer, sem ter contágio.
Alterei a minha vida,
pela forma exigida,
assim ... à moda de plágio.

Forçado a uma prisão
sem grades e o senão
de manter as distâncias,
aqui estou, quedo de mais,
igual a outros que tais ...
Nas mesmas circunstâncias.

Hábitos tão alterados,
mentalmente renegados,
obrigam-me à imagem,
do que gostando, fazia.
Sinto agora, agonia
Nesta vida em paragem.

De mim, não sendo já dono,
aumentei horas de sono.
Dediquei-me à leitura,
Televisão mal suporto.
Sou, um triste peso-morto,
penitente criatura.

Proíbido de esforço,
também nem sou já um moço,
não trato bem o meu jardim.
Viro-me então para e escrita,
um tanto, pouco erudita
mas ela, faz parte de mim.

Rotina, dia após dia,
na já falada agonia.
Espero a "libertação".
Sou homem de "céu aberto"
E, enquanto não me liberto,
maldigo, esta prisão.

Para a qual não contribui,
pois nenhum mal, cometi!

Sem comentários:

Enviar um comentário