O planeta adoeceu
e comigo, aconteceu,
sofrer, sem ter contágio.
Alterei a minha vida,
pela forma exigida,
assim ... à moda de plágio.
Forçado a uma prisão
sem grades e o senão
de manter as distâncias,
aqui estou, quedo de mais,
igual a outros que tais ...
Nas mesmas circunstâncias.
Hábitos tão alterados,
mentalmente renegados,
obrigam-me à imagem,
do que gostando, fazia.
Sinto agora, agonia
Nesta vida em paragem.
De mim, não sendo já dono,
aumentei horas de sono.
Dediquei-me à leitura,
Televisão mal suporto.
Sou, um triste peso-morto,
penitente criatura.
Proíbido de esforço,
também nem sou já um moço,
não trato bem o meu jardim.
Viro-me então para e escrita,
um tanto, pouco erudita
mas ela, faz parte de mim.
Rotina, dia após dia,
na já falada agonia.
Espero a "libertação".
Sou homem de "céu aberto"
E, enquanto não me liberto,
maldigo, esta prisão.
Para a qual não contribui,
pois nenhum mal, cometi!
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