sábado, 23 de março de 2013

GUERRAS

Senti os efeitos de guerras passadas.
Da "Grande"a extremada carência.
Se viveu, dos poucos e dos nadas.
Racionamentos? Tive a experiência!

O desejado que não se comia,
Pão que se pedia, por Caridade,
Simplesmente, porque não havia...
Quantas vezes, incontestada verdade?

Do Ultramar, participação directa:
India, Moçambique, também Guiné.
Voltei, sem a mazela que afecta.
Carente, sofrido, mas pelo meu pé.

Se esta foi, minha cruz a carregar,
Verdade seja dita, conheci Mundos
Que de outra forma, nem imaginar!...
A Deus, agradecimentos profundos.

E hoje, esta "guerra"impensável,
Económica, global e estúpida,
Gerada na mente de um miserável,
Propagada, como praga impúdica!

Consequências, nos gastos inúteis,
Com obras, só de começo e paradas,
Empresas falidas, por causas fúteis,
Vivências balofas, só com fachadas!

Muitas, as amontoadas falcatruas
Dos parasitas que as guerras criam.
Dinheiros mal gastos, deitados às ruas,
Idéias e cofres, se esvaziam,...

E, nesta "maldita guerra"
Porque a alma não é pequena,
O povo, em uníssono berra,
"Grândola, Vila Morena"!

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