Terra do Sol forte,
Oposta ao lado Norte,
És, p'ra além do rio,
Um Alentejo de carências;
Sofredor d'ausências,
Mirrado pelo Estio.
Do teu Passado,
Celeiro, feito a arado,
Tudo deste ao senhor
Em condenada missão;
Na labuta, ganha-pão
Com juros de suor.
Pecaste! Pela miragem
Ao querer uma aragem
Que te fizesse crescer;
Mal guiado pelos pares,
Ganhaste, apenas azares,
Das quais, estás a sofrer.
Tenta, voltar ao Passado.
Cada qual, com o seu Fado!...
Que te fique de lição!
Nega-te, às vãs promessas
E, sobretudo, não esqueças:
Nasceste para dar o pão!
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