quarta-feira, 29 de junho de 2011

EM HORA DE SEPULTURA

Os "coveiros", já debandaram;
Expostos, os despojos que ficaram!...
A turba, contempla, silenciosa:
Os esqueletos, o vazio, a incerteza
Do que resta, à gente portuguesa,
Desperdiçados, os bens, de forma falaciosa.

Agora nós! Como ficamos?
Seguiremos em frente ou pasmamos
Na inércia que nada oferece?
Tens a palavra! Temos a palavra!
E, é certo: Quem não lavra,
De muita fome padece.

No entretanto, tudo como dantes;
Ou pior, no dizer dos governantes.
Os "outros", passados à História,
Vão gozar o bem bom da vida;
Nenhuma culpa lhes foi atribuída.
Connosco, é diferente! Somos escória...

Iremos pagar por um mal alheio;
O que não fizémos, por receio
Pois, justos, cumprimos o dever 
De todos os encargos sustentáveis
Dum país, cheio de miseráveis.
Esses sim! Esses, deveriam sofrer!

Sem comentários:

Enviar um comentário