O menino, tão carente,
ouviu falar do Natal.
À noite, na cama pouco quente,
sentiu, aquele sinal...
Sonhou, cheio de fé!
E uma dúvida sem mal:
se não tinha chaminé,
como entraria, o Pai Natal?
Limpara bem o seu sapato,
já "cambado" pela duração.
Na lareira, o caseiro gato,
era dele, o guardião.
Na manhã do "Dia Santo",
mal dormido pela ansiedade,
aquele supremo encanto,
da prenda feita verdade!
Modesta, à sua medida.
Ao pobre, bem pouco basta,
a tanta alegria sentida
que nada nem ninguém afasta!
É assim, o encanto do Natal.
O dar, pouco que seja.
Se esquece e perdoa o mal,
conforme manda, a Santa Igreja!
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